Rio
"Se for pra chorar
Chore agora
Porque não tem hora
Pro rio transbordar
Transborda de amor
Transborda de alegria
Transborda de tristeza
Com a mesma sintonia."
tudo o que rodeia vira ódio
Até o profundo azul do seu olhar
Foges de mim como um ramo no rio
E que desaparece nas profundezas do mar
A vida no Rio de Janeiro anda muito ameaçada, mas tem muita resistência também. Especialmente contra essa mão de controle pra cima de corpos favelados. Hoje a gente tem o temor e aí, quem aqui vigia os vigias? Quem presta contas?
Às vezes me sinto como um barco sobre um rio sinuoso... balançando em direção a um mar negro sem fim. Me afastando mais e mais de onde eu quero estar... de quem eu quero ser.
Mariana, Brumadinho, Barão de Cocais, Nova Lima, Macacos, Itabirito, Rio Acima, Itatiaiuçu, Ouro Preto...
Em Minas, horizonte
era a curva protetora
das serras e montanhas
serenas, quietas
emoldurando o azul do céu
em Minas,horizonte
agora é castelo de areia
que desmorona
a cada sirene que toca
no meio da noite
ou que não toca
e no meio do dia
destrói sonhos e vidas
levados por ondas de lama
em Minas, horizonte
agora é banhado
por rios de lágrima e água suja
em Minas, horizonte
agora é medo...
Nuvens refletidas fazem do Velho Chico, rio de chantilly...
Vista de algum ponto do céu do nordeste.
Amar-se é ser rio e margem,
é fluir e também parar.
É cuidar do próprio curso
para depois se entregar.
Quem se ama não se perde,
não foge, não se desfaz.
Encontra, dentro de si,
a calma que o mundo traz.
Amo-me sem medo,
sem culpa, sem razão.
Pois só quem se ama inteiro
pode doar o coração.
Leve-me como as correntezas de um rio. Arrebata-me de uma só vez; e me prenda se for capaz. Me fazendo de teu, em teus anseios, pós minhas juras, são tuas, meu amor.
A santidade não pode ser fragmentada. Assim como você rejeitaria um copo d’água com uma gota do Rio Tietê, Deus também poderia rejeitar uma vida que já conhece a verdade e ainda assim está contaminada e dividida entre o certo e o errado.
As opiniões que seguem a corrente são como carcaças de animais lançadas ao rio: inertes e em processo de putrefação.
Vou-me embora pra Monguba
Lá serei feliz de fato
Tomarei banho de rio
Comerei fruta no mato
Jogarei bola na chuva
Andarei de bicicleta
Dormirei com o cheiro do gado.
Acordarei com as galinhas
Criarei gato, cachorro, raposa...
Armarei rede no alpendre
Correrei pelo sobrado
Beberei leite "mujido"
Sem sequer ser questionado.
Vou-me embora pra Monguba
Se Pasárgada tinha um Rei,
Monguba, tinha um Reinado.
Para desaguar em você
Eu queria ser um rio
pra desaguar no teu mar,
Ser o sol que ilumina
o brilho do seu olhar
Enfrentar o desafio
De ao seu lado viver
Partilhar a alegria
E para sempre aqui lhe ter
Te amar e de nostalgia
Não mais padecer.
Nem ficar longe de você
Que alegra o meu ser.
ser a fonte que sustenta
o brilho do seu olhar.
À transbordar alegria
Em cada novo despertar.
Nostalgia
Conta pra tua tristeza
Que ela é um rio,
Que deságua, em alto mar,
E, por vez, parece forte,
Como se fosse zarpar,
Entremeando a brisa fria,
Em busca do horizonte.
Meia noite, meio dia,
Sol que nasce atrás do monte
Neblina turva e brilhante
Cai na madrugada fria,
Lua cheia, lá no céu
E em meu peito nostalgia.
Pensa que não sei lhe esquecer
E acha que ainda sofro por você
Mas não vê que eu
Não estou ligando
E ficou até me perguntando,
Como eu pude perder tanto!
Tempo com você?
Que não sabe o que é querer
Que não sabe dar valor.
Ela é rio de águas profundas, segredos e sonhos. É mulher menina e a menina mulher, que tem suas fases como estações. Em cada fase uma beleza diferente.
Em especial, nos momentos das tragédias, como a que está ocorrendo no Rio Grande do Sul, eu paro e reflito sobre a espécie humana e tento reconsiderar a minha avaliação sobre ela (a espécie na qual estou inclusa), tentando crer que a mesma não é tão hipócrita e com fortes tendências malignas, narcisistas, oportunistas e egocêntricas como se vê explicitamente, no cotidiano e por trás dos filtros, no ambiente virtual, tamanha a mobilização nacional para ajudar a socorrer e minimizar o sofrimento das vítimas.
Aí eu lembro da existência de certos(as) políticos(as), certos(as) influencers digitais, certos(as) supostos(as) Coachs e certos(as) cidadãos(ãs) comuns, ativos nas redes sociais, que sem muito esforço, e às vezes com um enorme prazer satânico, que possuem um poder imensurável de estragar tudo e de reiterar o lado sombrio e covarde do ser humano.
Graças a Deus que há exceções. São nelas que a gente precisa se agarrar, para não se igualar aos demais.
Deus nos salve, dessa gente de "bem".
Solidariedade convém!
Essencialmente o bem...
...transborda oceano,
revitaliza um rio,
corrente de afago, paz, ...
e amor para todos.
O amor é tudo!
Reascende a equidade,
de uma fraterna humanidade.
Rir é algo que me apraz
Rio-me de figuras excêntricas
de comportamentos inusitados
de imitações grotescas
de chacota sobre acontecimentos correntes de histórias engraçadas
de piadas e de caretas
Rio-me de mim mesmo
da minha seriedade
da minha confiança em minhas certezas da minha fraqueza
da minha mediocridade imaginativa
dos meus erros
Rio-me quando me divirto
quando danço, canto e brinco
numa festa, num velório, num motel em qualquer lugar
Algumas vezes rio-me de tristeza, de medo
de raiva e de desespero
outras vezes rio-me da miséria
do sofrimento e da morte
Porque rir é algo que me apraz
Rio de Janeiro, 10 de março.
Renascer é ser parte da cena do amanhecer. Estar vivo é, além de respirar e poder prosseguir na carne, é saber observar a Estrada percorrida e fortalecer os passos para continuar caminhando pela parte desta Estrada que ainda está desconhecida. É se redescobrir, a cada pequena fatia do Tempo existida e experimentada, como um ser em eterna transição. É unir o amanhecer e os pedacinhos do Tempo já percorridos e ter a mais absoluta certeza de nunca ter estado só, e que, apesar da idade cronológica avançando, não passamos de embriões na visão do Universo e de eternos curumins travessos, na Terra.
Mais um ano que eu, na contagem do calendário solar, me faço presente no chão deste planeta e me ratifico como parte integrante da eternidade.