Rio
Rio 453 anos
Meu Rio que sorrio e te abraço, e te encontro no Rio de Janeiro e te faço, um sorriso de samba, no pôr do Sol da praia, na festa, do Copa e da Lapa, da escada que te leva e faço, e trago pra ti ... Aquele abraço!
O RIO
O rio não volta à sua nascente,
Mas isso não diminui sua beleza,
Que vai, como uma sinuosa serpente,
A um dos mais belos encontros da natureza -
O encontro com a maré.
Um longo caminho teve que percorrer,
De modo algum se deixou vencer.
Sol, seca, vento,
A chuva, seu maior alento.
Através de suas correntezas
Demonstra suas proezas,
Transmitindo paz e suas bravezas.
O rio não volta à sua nascente,
As leis naturais o exigem,
Deixa para trás sua origem,
Mas que o moldou até o presente.
O rio não volta à sua nascente.
Fim.
Ivan F. Calori
Parar de pensar é como cortar a fluência de um rio! Pensar é um filme gratuito que a vida te dá. ou você sai da ficção e entra para a realidade!
COISAS DE RIO
Riu, riu, muito, dou gargalhadas
rio água, rio deságua, rio apaga...
Água doce, água límpida,
corre fria e vai desaguar no mar...
Conheço peixes que dão rabanadas
em sua correnteza,
em suas águas... E peixes...
Que vão lá, p'ra delirar.
Rio, rio... E aqueles meninos
que de seus barrancos
correm no pique, dão salto?
Pulam em ti... E saem felizes,
existe dando braçadas,
sem nunca ter tempo de ensaiar.
É rio... As suas margens
são flores de raras belezas...
São encanto em sua fortaleza,
encantando o nosso olhar...
O revoar das borboletas
em sua beirada...
O chilrear dos pássaros,
os pássaros em sua volta...
são fortalezas, de vida
que só você pode propagar.
Lá vai o canoeiro em sua canoa,
em seu leito, levando gente boa
a garça com sua alvura,
se assenta na proa...
Manhãs de neblina, tarde de garoa
o mundo se move uma vez e outra chove.
Em sua volta, você sem porta aporta
tudo que por ti pode passar...
Em suas águas, passou boi, cavalo boiada
passou reza, procissão,
cortejos... Certidão de casamento
beijo suspiro paixão...
Noiva concretizando sonhos,
sonhos sonhando do coração.
Antonio Montes
Como um rio
Você é como um rio,
Um rio de muitas águas me cobre,
Você vem em meu leito como um rio que leva
Minas ansiedades.
Como Rio você vem,
Com uma água tão limpa,
Como um rio profundo,
Cheio de vida me inunda,
Como um rio você me inspira a viver e eu respiro,
Como um rio você me submerge, e me assente a vida, quero mergulhar e ir bem fundo, saber que em você me sinto seguro do mar de ira.
Água que mata minha sede,
Que me molha os ossos,
Rega alma, me deixa tranquilo,
Águas que acalmam minha dor.
Em voce quero nadar,
Sentir seu toque,
Me afogar em seus braços,
Braços de um rio que corre dentro de mim.
Me leva como peixe nas suas ondulações tranquilas.
Me protege do sol.
Me deixe navegar em suas aguas borbulhantes.
Navegar nas Aguas CRIStalinas deste rio
Me deito as tuas margens
Penso no futuro de certezas flutuantes.
Deixo minhas pegadas em suas margens,
Pra você me encontrar.
O sol que te ilumina prateia sua face
Suas curvas entre as pedras se insinuam
Entre as rochas ladeiam sua formosura
Seus braços esculpem as montanhas
Aguas que recebe outras águas,
desce as encostas dos montes um a um,
Engrossa suas vagas, e cresce,
Galga os penedos, e espuma entre suas fendas
E galopa repleto de vida
De força; de vaga em vaga,
Chega aos vales e planícies larga o seio,
Rasga a terra e o campo alaga
Encovas as minhas raízes em tuas margens
Faz crescer meu tronco em direção as tuas águas
Mergulho minha seiva e te fecundo de vida
Pra plantas minhas semente nas várzeas que te apraz.
Que te aprouve a minha terra regar?
Seus braços encontraram terra seca
A vida floresceu em minhas margens
Deus te recompensara com água celestial
A quem te queima face
Foge ao sol abrasador
Minhas folhas te ladeiam
Que desliza sem rumor.
Deságua em mim, me molha a boca
Acaba com a sede que me emplaca a alma
Meu corpo seca esta seco
Preciso de ti, meu rio formoso
Quero deslizar em suas curvas, mergulhar profundo
Quero do teu rio, me asfixiar, serena em mina face
Quero me afogar no seu deleite
Nas águas tímidas serei arvore frondosa
Me encharca o tronco, lambe minhas folhas
Espuma em minha raiz, que me venham as correntezas
Ficarei firme plantado em conduto entre seu leito
Enquanto sou embebido por seus irrigues.
Depois do encharco me banhe com águas tranquilas
Acalma minha força, com sua lentura
Me coloque em apego
Pra eu jazer em seus braços meu rio
Você é como um rio,
Um rio de muitas águas me empulha,
Guardei nas tuas águas meus desejo
Em arvore no seu leito me transformei.
Se sob este chão
De uma mina brota o rio
E ela é invisível
Como o vento, o som e o frio
O sopro de uma brisa
Insiste em nos dizer
Que o que é real
Nem sempre é o que se vê
Para mim tem que acreditar
Milagres só vem de sonhos sem fim
É como estar no final do dia e aguentar o caos, euforia.
Um rio de nós se vai todo dia; o fim de nós dois.
O fim da noite depois.
"Ansiedade”
Talvez seja o vazio
Imenso em meu corpo
Tão passageiro como o rio
Que pela floresta deságua sozinho
Ou seja
Da ansiedade
Que bebo da fonte
Na felicidade
Que nunca a sinto aos montes
Talvez seja eu tão frio
Se calhar seja a água sem rio
O relógio é a minha casa
E o tempo a minha morada
Ansiedade
Vontade de ter o que não é a realidade
Ficção deixando-me entre a mentira e a realidade
Mundo tão sarcástico para me entender
Olhar tão hepático para não te ver
“Aquela Porta”
#MauroDarg
#DyexZayn
Moisés atravessou o Mar Vermelho. Josué cruzou o Rio Jordão. Davi venceu o gigante Golias. Jesus venceu o Diabo. Prossigamos na fé!
VALE
Pra ficar mais perto,
vale olhar pro céu,
vale nadar no rio,
vale suspirar e respirar fundo,
vale fechar os olhos e dar as mãos,
vale banho de lua,
vale vento no rosto,
vale cantar desafinado,
vale rir à toa,
vale escrever versos,
vale fazer trilha sonora
Só não vale perder a esperança!
PASSADO...
Deste me a lua
Tiraste me o luar
Deste o rio
Tiraste me o mar
Deste me o riso
Tiraste me o juízo
Deste me paixão
Tiraste me a ilusão
Deste me tristeza
Tiraste me a alegria
Deste me a certeza
Do que eu não queria ...
Bela Da Silva
03-12-18
Talvez eu não deva me arriscar tanto.
Talvez deva ficar na minha e deixar o rio seguir seu curso.
Talvez eu nunca mais encontre alguém com a mesma energia e intensidade que a minha.
Talvez eu seja egoísta demais em querer isso.
Talvez nem exista alguém assim.
Talvez eu só esteja fantasiando demais.
Talvez eu só estou alimentendo uma falsa esperança de que tudo pode mudar quando eu menos esperar.
Talvez o Universo esteja me testando, vendo até onde eu vou.
Ou
Talvez eu esteja errado sobre tudo!
Talvez...
A cachoeira
Numa linda cachoeira
as gotículas d'água,
beijam as pedras do rio
louvando a natureza
... em cio!
-- josecerejeirafontes
Certamente...
O caudal do rio Ave a descer,
a temperatura do ar, a subir !
Quando a primavera vier,
estará o Inverno a ir !
-- josecerejeirafontes
Assim vai o rio Ave
Apesar de todo o que de mal te fizeram...
As tuas margens, para nós, continuam sorrindo!
-- josecerejeirafontes
O QUE CEROL DE NÓS?
Eu, menino, mirinzinho ainda, voinha me levou para conhecer o Rio de Janeiro.
A gente ficou no bairro de Duque de Caxias, na casa de uma amiga dela, D. Arcanja, que aliás fazia jus ao nome (e sobre quem no futuro contarei algo).
Ocorre que fiquei na frente da casa vendo os meninos empinarem arraias naquela rua de barro.
De repente, um monte de carioquinha veio correndo em minha direção, e - súbito - uma pipa caiu no meu colo.
Tentaram tomar de mim. Aí segurei a arraia com cara de medo e gritei:
- Oxe, oxe, oxe, oxe! Nada! É minha!!!
Aí um deles falou:
- Vc é baiano?
- Sou!
- Oi! Eu sou Arimam!
- Luís.
- A gente vai te liberar, baiano, mas vc vai ter que empinar essa arraia!
Nos dias seguintes, fiquei vendo os meninos temperando a linha - o cerol - para a batalha aérea que aconteceria no dia outro.
Era fascinante ver a algazarra mitológica que a gurizada empolgada fazia. E, quando uma linha era cortada, pequenos troianos fluminenses corriam para ver quem pegava o prêmio. Uma espécie de alegre agressividade coloria o evento... Rsrsrs
Eu não tinha linha nem aprendi a receita do tal cerol. Mal sabia empinar, a não ser o meu nariz, como blefe de valentia (rsrsrs). Então, numa atitude criativa e desesperada (às vezes o desespero é um start para a criatividade...), fui catando um monte de resto de linha velha que via pelo caminho, fui remendando uma na outra e fiz o meu carretel "frankenstein".
Na véspera do retorno à minha Bahia, fiz a arraia ganhar o espaço com as linhas de bagaço.
Arimam já era o meu melhor amigo e me orientava no combate espacial.
- Vai, baiano! Vai, baiano! Puxa! Solta! Vai!!!
Os outros davam risada, pois entendiam que linha remendada, velha, usada, desgastada não garante nada.
Eles entenderam errado...
Consegui cortar a arraia dos meninos da outra rua!
Fui carregado como herói da meninada!
No dia seguinte, a despedida... Ia chover, mas Arimam desenhou um sol no meio da rua de barro... As nuvens respeitaram a majestade solar...
Todos fizeram uma vaquinha e compraram geladinho com broa de milho. Foi uma das melhores festas da minha vida.
Voltei à minha Bahia com a minha voinha.
Isso aconteceu há 39 anos...
Hj não mais menino, lembro essa história e percebo que minha vida é um carretel de linhas remendadas cuja arraia ainda está no céu...
Ainda está no céu...
Sobre o que virá depois?
Não sei mais nada.
A única certeza é que, embora forte e imprevisível, chegará a hora em que a linha será cortada...
E eu correrei em alguma rua do infinito da memória com a meninada.
Obrigado, Arimam!