Rio
[Vales do silêncio]
nos vales do silêncio há um rio que corre - o rio sempre seguem seu curso. Sem barulho ou ruído, um ensurdecedor caminho a percorrer. nos vales do silêncio, muitas coisas são ditas sem palavras.Gritos internos. Dores pra alma.nos vales do silêncio ouve-se gritos
A MINHA BÊNÇÃO
Vida nua... mariposa das noites, fria
Qual um rio corrente, sem nada,
Sem destino e desvairada,
De caminho torto... de ardentia...
Vagueando curvas de pecados, fugidia
Em preces dolentes, maculada
Rompendo o sol, e desgraçada
Como as rochas vagas... de agonia...
Silêncio de bênçãos... branca alma
Arrastando saudades... sem talma
Poisando os pés descalço em dor...
Vida além... Ah, pobre vida além...
A vaguear no mundo... sem ninguém...
No mendigar dum só pouco amor.
Vem, vamos seguir em frente, como as águas de um rio, que jamais retrocede. Seguindo, deixaremos um pouquinho de nós no caminho, qual a água do rio, que encharca suas beiras, hidratando árvores e plantas rasteiras, dando vida enquanto se despede do seu lugar original, se lançando a imensidão do oceano, de igual modo, nos adrentaremos na imensidão do acaso, no porvir, onde tantos quantos foram, não retornaram para nos contar como estão, que a vida é intensa em lapsos temporais, momentos únicos que não voltam jamais. Portanto, vida = viver intensamente direção ao além.
O rio corre sem barragem,
limpo é margem corrente, nascente para viver sossegadamente; primo sempre à excelência de uma nova vida.
sobre os laços do rio verde
sois aquela foi a liberdade,
num sonho que vive na eternidade,
sois dia que pega fogo inconsciente
ador que mata a terra ainda ri
sobre mando escuros dos céus,
lastimas que percorrem o veneno,
clamar entre suas auroras feitos anjos
se esculpe decepções ainda se faz feliz...
nas magoar que deixar o que será do futuro,
árido mundo, o vento trará lembranças
na angustia da vida... para acreditar no futuro,
o sopro e o sussurro, lagrimas que secaram de sede,
ainda sim será nosso mundo,
o que temos nunca foi roubado, apenas queimado,
por mil vez tentaram calar a noite a tornaram o dia
no final dos tempos aplaudam a loucura daqueles que o amam...
na esperança deixo a navegar em rios pujantes
frio esquecimento sua morte a beira do mar bravio,
o julgo eterno esbraveja sobre os sinos do apogeu...
Dias de luz
Sair da rotina, virar menina, correr sem parar, em um rio se jogar , fazer loucuras sem pensar, talvez pular corda e só brincar, voltar a ser criança fazer a nova infância pra depois crescer e dona de um lar se tornar.
"A nossa vida muito se identifica com as águas de um rio que passam e abençoam vários locais, as mesmas jamais tornarão, mas fazem o que é necessário por onde passam. Faça o mesmo, e siga o curso natural das águas!"
A vida é uma caixinha de surpresas.. E temos que seguir o fluxo da vida, da mesma forma que um rio segue seu fluxo!
Às vezes falo sozinho e rio de mim mesmo, crio fatos malucos, digo coisas sem sentido, passo vergonha em alguns momentos, mas me finjo de desentendido, na minha inocência corriqueira, até me acho divertido, sou eu sem máscaras, sincero e descontraído, pois não sou um personagem que vive mentindo, dou valor a lealdade e tenho bons amigos, já passei dos 40 anos, mas conservo o meu espírito de menino... Mesmo triste e aborrecido, quando não estou só, faço questão de manter um largo sorriso, esta é a minha particularidade, é assim que eu vivo...
Dia Nublado
Chove em mim
um rio
invertido,
de um dia cansado
com pouco brilho.
Um dia daqueles...
Nublado,
o mar sem cor,
cinza de descanso.
Folhas empurradas
no abismo do silêncio.
Mas, o agora
que foi ontem,
me diz que será o amanhã
será(?) depois.
A cada instante
estou a cada
passo
do dia,
que em mim
se foi...
(Suzete Brainer)
Há se eu soubesse... entenderia tudo, entenderia muito, entenderia mais... se soubesse que o rio sempre corre, sem parar. Que a chuva é o evaporar do mar. Que não importa o quanto o passarinho sofra, sua vida é cantar. Saberia também que o céu cintila azul, mesmo com as nuvens escuras a passar.
"Como um rio que flui, a vida é um processo de descoberta constante; cada curva traz novas paisagens e profundidades que aguardam para serem exploradas."
Ana partiu do Rio com o coração cheio de sonhos, a alma carioca embalada pela fé. Atravessou montanhas em busca de conhecimento, deixando para trás o mar que tanto amava, para encontrar em Minas Gerais um novo horizonte. O curso de Letras se tornou seu refúgio, mas seu coração sempre clamava por algo maior. O desejo de ser médica, um chamado divino que ela carregava como uma prece silenciosa, dia após dia.
Os desafios eram muitos. A família, os sonhos adiados, as cobranças que pesavam sobre seus ombros delicados. Mas Ana, com sua fé inabalável, acreditava que Deus tinha um propósito maior. Sua vida era uma dança da esperança, e ainda que a medicina não tenha chegado como ela sonhava, sua luz não se apagava. Voltou ao Rio, ainda com o peito apertado, mas com a alma gigante, cheia de bondade e amor.
É essa luz que ilumina meu caminho. Ana, com seu sorriso que atravessa a tristeza, sua fé que me inspira. Ela é a esperança que se recusa a desistir, mesmo diante das adversidades. E é ao seu lado que quero caminhar, guiado por essa chama que aquece minha vida.
TRISTEZA MARAVILHOSA
.
.
Rio de Janeiro,
sob teu corpo de concreto
teu santo padroeiro
dorme, como um feto.
.
Ainda não nasceu, teu santo,
ainda é cedo para o milagre;
e a lágrima doce do teu pranto
não é vinho, é só vinagre.
.
Baía de Guanabara,
como mente o teu postal.
Vejo fome em pau-de-arara
sob a camada social.
.
Queria entender teu segredo,
tua miséria, tua mentira;
mas o que vejo é o degredo
que escapa da tua mira.
.
Seres humanos migratórios
compelidos à mudança
cujos mortos compulsórios
são produtos da esperança.
.
Rio, Deus te abençoe,
e do alto do Corcovado
em pedra o Cristo nos perdoe
por teu índio dizimado.
.
Cidade Maravilhosa,
herança dos guaranis...
na tua culpa misteriosa
guarda a lembrança dos brasis.
.
Rio, cidade poesia,
olha teu negro na construção;
não lhe conceda alforria:
tu és a própria escravidão.
.
Rio, alguém que tardia
espreita em teu carnaval;
sobre a tua fantasia
jaz a beleza de um postal.
.
Rio de Janeiro,
teu caminho não é reto;
ao sul do teu cruzeiro,
um voto vira um veto.
.
Ainda não nasceu teu quebranto,
ainda é cedo para o céu;
e a cachaça do pai de santo,
não é néctar, é só mel.
.
.
[BARROS, José D'Assunção. Publicado na revista Insurgência, 2023]
O amor, um rio caudaloso,
Que pode inundar e destruir,
Mas o gigante de pedra, erguido sobre a dor,
Não se deixa levar pela correnteza.
A seca
tornava o rio vazio
como vazios ficavam os dias
de borrasca
aqui dentro
melancólicos espaços
da humana nevasca.
A calma na alma é como um rio sereno em meio ao caos, trazendo paz e confiança no tempo certo. Ela nos permite encontrar respostas no silêncio, ver as preocupações passarem e nos lembrar que, com tranquilidade interior, sempre estaremos no caminho certo.
"Ó morte acolhedora, carrega-me em seus braços para o outro lado do rio negro de tuas lágrimas. Não chores, pois a sensação de suas mãos leves abraçando minha pobre e desvalorizada alma finalmente se concretizou."
mar
Lentamente me afundo, no profundo mar de espinhos.
Lentamente me afogo, em um rio de decepções.
Estou presa no imóvel, imersivo, irreal.
Estou perdida nas águas, nadando em um vazio dentro da própria alma.
Eu não irei amar.
Eu não irei dormir.
Não irei apreciar.
Tudo o que amei, destruí
Tudo que mais admirei, já se foi.
Minha vida é como um lago, cheio de crocodilos, obstáculos.