Rio
Quando o rio fizer a curva, levará consigo as tristezas do teu coração;
Quando a maré estiver agitada, são os anjos batalhando pela sua tranquilidade levando todas as energias ruim que te assolam;
Quando a chuva cair mansamente, são as lágrimas divinas que lavarão a tua alma, regando o solo e prosperando a vida na terra;
Quando o Sol se ausentar por muito tempo, não tenhas medo, ele voltará na manhã seguinte trazendo consigo de volta a felicidade irradiante;
Quando olhares para o céu estrelado e iluminado pela lua, perceba a grandiosidade da vida, note a presença daqueles que nos protegem todos os dias brilhando lá do alto;
Por fim, quando se sentires só nunca se esqueças que mesmo na companhia da solidão, haverá sempre um anjo ao seu lado te direcionado, e jamais se esqueça da fé que foi colocada cuidadosamente em teu coração, ela quem alimenta teus sonhos e desejos, tuas crenças e valores. Mas lembre-se, a fé precisa de alimento espiritual, fé com fome deixa alma doente.
E ontem eu a vi parada às margens do rio
E não eram aquilo lágrimas que enchiam teus olhos?
E todos os peixes que permaneciam na água suja morrendo
Teriam eles te deixado hipnotizada?
O pescador nunca está só e por mais que ele saiba que o rio e a canoa sabem muito mais que ele, ele ainda é viciado em bons momentos e não vai deixar nunca de levar os detalhes consigo para fazer deles um balão de oxigênio quando o ar lhe faltar. Simplesmente.
TRECHO DE: RIO E CANOA
O Rio De Janeiro vive como em outros estados do Brasil uma invasão de privacidade, como lutar pelo seu espaço nas ruas ao ponto de ser encurralado e não ter para onde fugir? Amigos estou falando do transtorno que vivo ao andar no centro de grandes bairros e me deparar com guarda-chuvas debatendo-se um nos outros, sem se falar é claro na parte que me toca... Como podemos viver no meio de tantas pessoas ignorantes que não tomam cuidado com seu acessório maligno e intimidador, esse é um problema de grandes cidades.
Hoje em dia vivemos grandes transtornos, seja pelo fato dos guarda-chuvas ou a poluição sonora causa pela diversidade de celulares e mp3, mp4, mp5 e por ai vai nesse horizonte sem fim chamado de tecnologia. Quem nunca sentiu-se incomodado ao ter o seu doce silencio atordoado ao som de algum ruído produzido por um mero aparelho electrónico? Essa tecnologia que nos cerca e persegue, mas também somos seus meros seguidores...
Tudo vale da boa utilização desses aparelhos que insistem em invadir nosso espaço.
ADORAÇÃO
Tu és rio profundo
Em mergulho, a escuridão!
Ou o poder adentrar o fim do mundo
Somente na imaginação?
Tu és manso, és sereno,
Podes até afirmar que não.
Bem sei menino moreno,
Tu és minha exatidão!
E por ti, deixo-me levar!
Neste olhar de admiração (?)
Ordenando-me o mergulhar
Em palavras a revelação...
Forma diferente, coerente no amar,
Eternizada em adoração!
O conhecimento é como um rio. Se fluir na hora certa é de grande valor, se transbordar é porque a quantia a mais tornou-se demais
Bem que eu senti...
O burburinho do rio tinha um triste lamento...
Juntou-se ao som do vento
Uma súplica, um som sedento...
Água pura e cristalina, onde está você?
Meu leito está secando
O peixe está acabando
Quem está me matando?
Senhor tende piedade de mim!
Não quero morrer a mingua assim...
mel - ((*_*))
Uma estrela aqui outra acolá, é o que vejo neste céu que estou a avistar... aqui bem perto do rio, nem ouço o canto das cigarras...
Melhor eu dar o meu
BOA NOITE MEUS BONS AMIGOS!!!!
Helen Palmer - uma Sombra de Clarice Lispector (PREFÁCIO)
Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1977 – dez e meia da manhã. Quando – em decorrência de um câncer e apenas um dia antes de completar o seu quinquagésimo sétimo aniversário – a prodigiosa escritora Clarice Lispector partia do transitório universo dos humanos, para perpetuar sua existência através das preciosas letras que transbordavam da sua complexa alma feminina, os inúmeros apreciadores daquela intrépida força de natureza sensível e pulsante ficavam órfãos das suas epifânicas palavras, enquanto o mundo literário, embora enriquecido pelos imorredouros legados que permaneceriam em seus contos, crônicas e romances, ficaria incompleto por não mais partilhar – nem mesmo através das obras póstumas – das histórias inéditas que desvaneciam junto com ela.
Entretanto, tempos depois da sua morte, inúmeras polêmicas concernentes a sua vida privada vieram ao conhecimento público. Sobretudo, após ter sido inaugurado o Arquivo Clarice Lispector do Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) – constituído por diversos documentos pessoais da escritora – doados por um de seus filhos. E diante de correspondências trocadas com amigos e parentes, trechos rabiscados de produções literárias, e algumas declarações escritas sobre fatos e acontecimentos, a confirmação de que entre agosto de 1959 a fevereiro de 1961, era ela quem assinava uma coluna no jornal Correio da Manhã sob o pseudônimo de Helen Palmer.
Decerto aquilo não seria um dos seus maiores segredos. Aliás, nem era algo tão ignoto assim. Muitos – principalmente os mais próximos – sabiam até mesmo que, no período de maio a outubro de 1952, a convite do cronista Rubem Braga ela havia usado a identidade falsa de Tereza Quadros para assinar uma coluna no tabloide Comício. Assim como já se conscientizavam também, que a partir de abril de 1960, a coluna intitulada Só para Mulheres, do Diário da Noite, era escrita por ela como Ghost writer da modelo e atriz Ilka Soares. Mas, indubitavelmente, Clarice guardava algo bem mais adiante do que o seu lirismo introspectivo. Algo que fugiria da interpretação dos seus textos herméticos, e da revelação de seus pseudos. Um mistério que a própria lógica desconheceria. Um enigma que persistiria afora dos seus oblíquos olhos melancólicos.
Dizem, inclusive, que em agosto de 1975, ela somente aceitou participar do Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria – em Bogotá, Colômbia – porque já estava convencida de que aquela cíclica capacidade de renovação que lhe acompanhava, viria de um poder supremo ao seu domínio e bem mais intricado que os seus conflitos religiosos. Talvez seja mesmo verdade. Talvez não. Quem sabe descobriríamos mais a respeito, se nessa mesma ocasião, sob o pretexto de súbito um mal-estar ela não tivesse, inexplicavelmente, desistido de ler o verdadeiro texto sobre magia que havia preparado cuidadosamente para o instante da sua apresentação.
Em deferência aos costumes judaicos quanto ao Shabat, Clarice só pode ser sepultada no dia 11, domingo. Sabe-se hoje que o seu corpo repousa no túmulo 123 da fila G do Cemitério Comunal Israelita no bairro do Caju, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Coincidentemente, próximo ao local onde a sua personagem Macabéa gastava as horas vagas. No entanto, como quase todos os extraordinários que fazem da vida um passeio de aprendizado, deduz-se que Clarice tenha mesmo levado consigo uma fração de ensinamentos irreveláveis. Certamente, os casos mais obscuros, tais como os episódios mais sigilosos, partiram pegados ao seu acervo incriado, e sem dúvida alguma, muita coisa envolta às suas sombras não seriam confidenciadas. Como por exemplo, o verdadeiro motivo que lhe inspirou a adotar um daqueles pseudônimos (...)
Quando o amor lhe surgir forte e armado, renda-se. Se ele lhe parecer um rio profundo, ainda que desconhecido, mergulhe. Diante de qualquer uma das situações não se preocupe se você vai morrer por ele ou não. Basta apenas se entregar e também não se preocupar em entende-lo. Se ele for verdadeiro, intencional e cheio de razão, ele vai ultrapassar as barreiras de qualquer perigo e de qualquer entendimento.
"Palavras fluem tal minúsculas partículas de um rio que desliza por percursos imprevisíveis, carregando energia capaz de gerar surpreendentes transformações. Ignorar seu poder é tornar-se refém da própria correnteza." (Mauricio A Costa, em 'O Elo Invisível' - O Mentor Virtual II – Campinas-SP).
É como se eu tivesse preza no meio de uma rio congelado, do ponto onde eu to até a margem do rio, que é onde você ta, é um "campo minado" pra todo lado que eu olho só vejo uma imencidão de nada, a copa das arvores esta coberta de gelo.
Você esta indo embora e me deixando aqui presa, eu não posso me mecher, não posso me deixar levar pelo impulso, o desespero toma conta da minha mente fazendo com que eu grite seu nome, mais nem assim você não vem.
A rachadura esta se estendendo, e eu continua ali parada deixando que todas as lembraças vão embora e a que a raiva de mim fique no lugar. Quem eu era naquele instante não importava mais, estava mais preocupa com que me tornei.
Depois de tanto tempo e ainda pareçe que to preza no gelo.
Muitas vezes,
observava o rio
que passava quieto
e parecia nem mover-se
para não interromper
meus pensamentos.
do meu poema - Me esquecia naquele lugar
Se um rio não tem peixes, os culpados não são os peixes
Se a arvore não tem frutos, a culpada não é a arvore
Se os pássaros ja não voam por aqui, os culpados não são os pássaros
Se a chuva foi embora a culpada não foi a chuva
De imediato nos vem a imagem do culpado, mesmo que ninguem se manifeste, mas o erro disso tudo é que pensamos sempre na terceira pessoa, neles e não em nós, eu.
Esquerda
Não quero ir para o outro lado do rio
Aqui está muito bom
Não adianta me chamar
Não quero ir para o outro lado do rio
Estou bem aqui
Estou em uma sombra de uma árvore de setecentos anos...
As sementes alados estão vindo para minha margem
Estou na margem esquerda do rio
Meu rio está límpido
É límpido
As pedras estão sorrindo de amor
Sou vermelho de tanto sol
Sou vermelho...
Já disse que não quero ir para o outro lado
O Rio de Janeiro está sujo
Muita poluição
Favelas esquecidas
E lá continua dançando
Sambando
Quero ficar aqui nesta margem
Estou bem aqui
Aqui tem muito peixe
Mel
Frutos
Legumes
Leite
Aqui emana tudo de bom
A cachaça artesanal me convida para um drinque
Comemorando o ecossistema equilibrado deste rio
Não quero atravessar para a outra margem e ir de encontro Ao Rio de Janeiro...
Os pássaros gorjeiam aqui
Há festa natural
Eu nu
Despido de toda e qualquer poluição e maldade...
Tudo aqui nesta margem em harmonia...
Já disse não adianta me convidar
Que não irei atravessar este rio
Para ir ao Rio de Janeiro
Lá tem bala perdida
Drogas
Não estou pecando por omissão
Porque me amo
Eles não ouviram o GENTILEZA
Não vai ser a mim que irão ouvir...
Estou muito bem aqui...
Não quero ir a lugar nenhum...
Meia emoção, não. Se choro, choro litros. Se rio, rio com vontade, com prazer. Não sei esconder o que o coração diz, minha fisionomia sempre me entrega, seja num sorriso amarelo, ou numa cara amarrada. Não suporto gente que não se comove, não se toca, não se sensibiliza, não sente ou reprime o que sente. Sentimento foi feito para ser expulsado.