Rio
OBSOLESCÊNCIA
Por antiquado me achar,
Deixei-me ir
E deitei-me ao rio
Frio
Dos frustrados,
Por não saber amar.
O ir, é quase uma ciência
De esquecer o que nunca é de vir,
Como obsolescência
De ao defecar, sentir.
O rir,
Pela grossa asneira
De querer meter
Sem jeito ou maneira
Um parafuso
Difuso,
Numa racha estreita
Feita
Mártir sem saber
O motivo
Do seu castigo,
Por sofrer
Em grito amargo,
O não ter
Em si, um largo
Mais largo.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 24-03-2023)
Se o passado se fizer presente, temo
O rio corre ainda tão devagar
Como começar de novo, recomeçar?
Nascido para a explosão, para o estopim
Eu sei, oh, eu sei
Noites insones virão, mas ainda assim
Me encontre nos dias mais escuros
Quando o conheceste, tudo mudou
Outubro some e leva o medo embora
Mas quando a alma pede um novo começo
Como deixar as amarras e se libertar?
Respeite o tempo que passou, o que foi vivido
Honre o tempo, sem pressa ou corrida
O tempo é nosso, mas não podemos controlá-lo
Respeite o tempo que passou, que agora é memória.
Frio
Aqui está o resultado de tudo, o frio.
Este frio congelou o meu rio.
A minha fonte do amor.
Agora só resta dor.
Tenho medo, pavor.
Pavor deste ardor.
Isso é desesperador!
Eu não aguento.
Não aguento esse lugar tão friorento.
Esse frio está me matando.
Será que ainda há uma chance para amar?
Eu tenho que me doar?
Tenho que dar uma chance para amar novamente?
Mas todos mentem.
Literalmente..
Nunca fui amado de verdade.
Eis a irresponsabilidade.
Todos estão apenas existindo e mentindo.
E eu aqui, cada vez mais me iludindo!
Que a vida seja igual a um rio de agua barrenta,
que por fora parece apenas uma agua suja,
mas por dentro é uma imensidão de riquezas naturais,
riquezas essas que nos faz vermos quão bonito é a natureza.
O rio corre manso, sereno,
Transformando ao passar as margens,
Dos homens que em suas águas mergulham,
Àqueles que de lá se afastam.
O rio de Heráclito, tão sábio,
Ensina-nos a eterna transformação,
Nada é permanente, tudo muda,
É a lei da natureza em ação.
Os homens do rio mudam também,
Ao entrar nas águas límpidas e frias,
Deixam pra trás suas angústias,
E emergem novos, como um renascer do dia.
Mas, ao voltarem às margens já mudados,
Encontram um mundo ainda o mesmo,
Que insiste em seguir seus caminhos,
Ignorando a lição que o rio tem.
O amanhã é incerto, imprevisível,
E as ações dos homens, tão erráticas,
Mas, se seguirmos os ensinamentos do rio,
Talvez possamos mudar nossas trajetórias.
Assim, poderemos nos transformar,
Como um ciclo perene, sem fim,
E aprender com o rio de Heráclito,
Que a vida é mudança, a cada amanhecer enfim.
Ao longe o mar
ao perto um rio
eu hoje
vivo e sorrio.
A história da minha vida
é longa e bela
é igual a tantas outras
Como um barco a andar à vela.
Se hoje estou poeta,
muitas historias já escrevi
outras ficaram na mente
e outras que nem vi.
Oh Rio de Janeiro,
cidade maravilhosa,
sorriso aberto e sincero,
a tua beleza é espantosa.
Do Cristo Redentor aos Arcos da Lapa,
do Pão de Açúcar às praias douradas,
tua paisagem inspira a alma apaixonada
e enche nossos corações de emoção desmedida.
Na tua música, no teu samba,
na tua gastronomia, na tua cultura,
encontramos uma energia que nos acalma
e nos faz sentir parte desta grande aventura.
És um sonho de mil cores,
uma dança ritmada sem fim,
és o amor em forma de flores,
que encanta todo aquele que chega até ti.
Oh Rio de Janeiro,
sempre serás a minha casa,
do teu jeito caloroso e verdadeiro
nunca me cansarei de encontrar graça.
uma vida pra fazer.
como rio à fluir.
uma historia para ver.
como peste a fugir.
criatura à rugir.
ditadura à manter.
uma vida pela frente.
para acabar de repente.
morte, nada à temer.
pois, homem está ao leito
e nada pode ser feito.
veia à falecer.
O pianista no Rio de janeiro
Em uma noite de verão, o casal decidiu fazer um passeio pela cidade do Rio de Janeiro. Eles caminharam pela orla de Copacabana, observando a imensidão do mar e se maravilhando com a vista deslumbrante da praia.
"Como essa cidade é linda!", comentou o pianista. "Não é à toa que atrai tantos turistas do mundo inteiro".
"Realmente", concordou sua esposa, admirando a beleza da paisagem.
Eles seguiram caminhando até chegar ao Pão de Açúcar, onde pegaram o bondinho para apreciar a vista ainda mais de perto. Do topo, podiam ver a cidade do Rio de Janeiro em toda sua grandiosidade: a Baía de Guanabara, a enseada de Botafogo e a vista deslumbrante da praia de Ipanema.
"Olha só como a cidade brilha durante a noite!", disse a esposa, fascinada com a beleza da cidade iluminada.
"Eu amo essa cidade. Ela é vibrante, pulsante e tem uma vida própria que nos envolve", complementou o pianista, que sorria feliz.
E assim, eles continuaram curtindo sua noite no Rio de Janeiro, apreciando a beleza da cidade e a conexão que compartilhavam. A cidade ganhava ainda mais beleza aos olhos do casal, que sabiam que havia encontrado um lugar especial para viver e amar.
Fique calmo!
As coisas acontecem devagar.
Você é acostumado ver um rio em sua grandiosidade, mas já foi ver a nascente?
Desejo fundir-me a você
Como um rio que percorre o sinuoso leito
Dia e noite
Vivendo e nutrindo
Enquanto corre na direção do mar
Quero correr
Lentamente
Com demasiado carinho
Sentindo a dor da compreensão
Sangrando a alegria invisível do amor
Quero ser um com você.
Casthoro´C
RIO E LUAR: CATIVAR!
(Marcos Peixe)
Responsável eternamente
Irá se tornar
Por quem você cativar.
Para sempre
Amor e respeito haverá.
Amplexo afago afeto
Nunca nada faltará.
Polos unidos
Sol e mar.
Ambos se refletirão
Rio e luar.
Dor e alegria
Um do outro carregará.
O Universo a favor
Irá conspirar.
Responsável eternamente
Irá se tornar
Por quem você cativar.
"Os laços de amor que unem os corações que amamos duram para sempre.
A vida é este rio sem fim que passamos pelo fenômeno de nascer e de morrer, mas sem nunca sair da vida.
Neste plano e no outro o amor permanece."
(Leonardo da Silva Garcia)
C O N V I T E
Apareça, quem de mim gostar
Só hoje, sem choros, à beira do rio,
Porque amanhã cedo, o navio
Parte comigo para outro lugar.
E eu não sei se lá vou chegar.
Pode até o navio ao longe, naufragar.
Ou dar-me vontade de defecar
De pé, em cima das ondas do mar.
Aqui vos deixo o convite.
Depois, não me venham dizer
Por palpite,
Que era melhor eu ser
Sem parecer
O Eu,
Que não o Outro,
Que vos enviou o convite.
(Carlos De Castro, in Há um Livro Por Escrever, em 04-11-2022)
Nas Curvas do Destino -
Quando penso em ti sinto saudade
vontade de me atirar da ponte ao rio,
o que sinto, meu amor, na verdade
quando falo em ti, é dor e frio ...
Quando fixo os rostos que encontro pela vida,
que cruzam seus olhares com os meus,
só lembro a promessa em vão perdida
dos meus olhos só olharem para os teus.
Não esqueço, meu amor, aquelas tardes delirantes
em que vinhas de mansinho com ternura
e trazias a esperança de, um dia, sermos mais que amantes!
Descalço vou, sozinho, agora, traçando outro caminho,
talvez te encontre, um dia, pela vida, que loucura,
nas estradas ou nas Curvas do Destino ...
CRESCEU-NOS A CAMA
Lentamente
descemos o rio
mudaram as luas
os azuis do céu
e os verdes das margens
até nós mudámos
sem darmos por isso
pouco a pouco
o espelho mostrava-nos
o que viria a seguir
o preço a pagar
pela nossa irreverência
eu deixei de correr
e tu seguiste-me os passos
até ao ponto de não podermos
mais fugir ao destino
o céu acinzentou
cresceu-nos a cama
e o sangue deixou de saciar-nos
diz-me, amor
perdemos a sede
ou secou-se a seiva
que nos corria efervescente
pelas crateras da pele em chama
cresceu-nos a cama
ou mingaram-nos os braços?
*
"Eu SORRIO
mesmo quando a dor
insiste em ficar presente,
sou RIO
que sente
desejos em correntezas,
de se achegar a ti..."
***
Se isso te custa a vida! Então atravesse o rio dentro duma garrafa, mas não perca a lamparina da sua vida(Jesus).