Rio
A casinha que moro e adoro
Céu azul celeste, rio belo e vivo;
Arvores por todos os lados;
Muitos pássaros cantam e encantam;
Minha bela casinha pequenina;
Es bela por fora e formosa por dentro;
Dentro tem muitas histórias muitas lembranças;
Gosto de tudo em volta da minha casinha;
Tenho tudo que preciso tenho água pura;
Tenho meus animais, minhas arvores;
Dos meus animais tenho leite e ovos e muito mais;
Das arvores tenho frutos todo ano;
O rio a água é tão limpa que vejo os peixes nadando;
Minha casinha e só alegria;
Acordo bem cedo para ver o sol nascer;
A noite minha casinha e bem aconchegante e tranqüilo;
Ouço barulhos de grilos;
O céu fica sempre estrelado;
Minha casinha e tão pequenina;
Mas ela pra mim;
E um castelo que não tem fim;
Tenho coisas que não tem em outros locais;
Aqui não tem poluição, nem sujeira;
Minha casinha tem história;
Ela e única na estrada;
Minha casinha fica longe de tudo;
Mas não troco minha casinha por nada;
Vivo tranqüilo com meus animais e natureza;
Sempre alegre em harmonia;
Essa é a história da minha casinha;
Quem sabe um dia essa casinha;
Tão bela e tão bonita todos um dia possam conhecer;
Minha casinha e humilde mas quem sabe;
Um dia você vem conhecer.
Quero ter paz!
Não adianta guardar magoa
A vida segue
Como a água que no rio percorre.
Shirlei Miriam de Souza
"A mente é como um grande rio que recebe águas de muitos afluentes, alguns são cristalinos, outros têm muitos peixes, uns com águas escuras, há outros de águas barrentas e os remanescentes de esgotos".
Um dos objetivos da revitalização de um rio, além da preservação desse recurso hídrico, é trazer de volta a vida aquática.
Assim como naamã mergulhou 7 vezes no rio jordão para se salvar da doença, eu também mergulharei 7 vezes no meu pensamento em busca de um objectivo...
FOI UM ITAÚNAS QUE PASSOU EM MINHA VIDA
(Paródia do samba "Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida", Paulinho da Viola)
Roubou-me as forças e a enxada
Cuícas e prateleiras de mim
E toda matéria que outrora nadava na Prainha.
Roubou-me a infância e meu pai
Beijos de mamãe e água de cheiro da babá
Triturou na correnteza, esfarelou na cachoeira mansa e irregular
Meu espírito que submerge no escuro das águas claras
Encontra versos e prosas e narrativas e passados e futuros
Foi o Itaúnas que passou em minha vila
Foi o Itaúnas que afogou em minha vida
Suas mágoas... Fui banhar além do Itaúnas
Foi o Itaúnas que me conduziu pra longe de lá
Foi o Itaúnas que me conduziu pra Itaparica
A saudade não conseguiu desaguar
Pelo rio que passou em minha vida.
(A Janela do Éden, Italo Samuel Wyatt)
Pois bem! Sou como um menino, sentado à beira de um rio, com algumas pedras na mão.
Volto ao tempo de incerteza, de raiva, de medo… Volto a ser aquele que lança as pedras! E me perco do que as recolhe…
Mas o rio não sente dor! O rio não sente nada… apenas segue! E com ele prossegue, tudo aquilo que nele se encontra…
E esse menino indeciso, jogando suas pedras no rio,chateado, fraquejado. Embora ainda não ciente, do momento vivido. Não se importa com o que há de vir…
Apenas peleja em sua mente, a trajetória da pedra, e onde irá cair.
Apenas no momento se encontra e nele se perde...
Livre de razão, do fato predestinado. Livre por escolha… escolha de momento.
Mas as pedras se acabam, e no fundo do rio elas ficam.
E como todo menino, as descarto! E procuro outras no chão… no fim me canso, e o dia termina. Só me vem a lembrança e o remorso. O momento se foi… outro virá?
Talvez! Mas, como adulto novamente, não quero esse novo momento! Só quero resgatar aquele breve tormento, que joguei na razão… mas agora já foi, e no mais se foi...
Nos vales das sombras tenho teu corpo
e ofereço sua alma aos chacais,
sobre o rio dos mortos clame por tua vida...
mais moedas de ouro
e outros sacrifícios são detalhe.
num mar de sangue que cobre teu corpo
sem alma ou espírito,
expresso aos anjos que voltem
entre as chamas revoltas
devoram o tempo até o luar
que verte em sangue,
marcando o exato momento caminho das estrelas.
O rio não sente dor! O rio não sente nada… apenas segue! E com ele prossegue, tudo aquilo que nele se encontra…
Pois bem! Sou como um menino, sentado à beira de um rio, com algumas pedras na mão.
Volto ao tempo de incerteza, de raiva, de medo… Volto a ser aquele que lança as pedras! E me perco do que as recolhe…
Mergulhamos em um rio, a água está sempre em movimento na direção que a correnteza arrasta tudo em seu fluxo, pedras podem mudar algumas direções. Podemos sentar próximos de suas margens e observar, seu interior pode ser claro ou escuro, vemos o que está nele ou não. Mas todo momento ele compartilha um ensinamento e apenas com os olhos da nossa identidade podemos escutar ou ler seus sinais.
Seu rio
Hoje
és ribeiro
despoluído
e chamam-te
de Sanguinhedo.
Antes andavas
desfalecido,
deprimido,
que até
metias
medo!
(dentro de ti existe um rio)!
-- josecerejeirafontes
Lavar a alma é deixar as partículas do meu corpo escorrerem pelo rio e se libertarem em busca novamente ao meu encontro em direção ao mar
ÁGUA DO RIO
Sei que um dia você vai lembrar
E vai dizer que foi feliz ao lado
Nesse dia vou estar longe
Hoje me escondo
Do amor que sinto por te
Mais sei que vai passar
Como a água do rio
Que não para se mover
Pra lá e cá
Estou eu querendo te deixar.
Foi amor hoje é só dúvida
Vou embora quero parar de brigar.
Se não me ama fique calada.
Poeta Antonio Luis
E quanto a mim ?
Prefiro a profundidade do rio
Ao raso do vazio .
O brio do vento .
Ao descompassar do pensamento.
O livre arbítrio
a gaiola da prisão .
Ser
ao invés de apenas Estar .
Voar
sem pensar quando vou voltar .
Ah! ... Gosto mesmo
é de mergulhar profundo
no mar do meu coração .
Se for pra vagar a ver navios...
Prefiro mesmo é Silenciar .
- Paula Monteiro
16/ 01/2018
Arremessei garrafas as margens do rio... Hoje já faz 30 dias e ninguém leu...
Achei que o vento iria me ajudaria a leva-las para o outro lado do rio...
Mas grande partes delas voltaram fechadas...
Ajustei a manivela da canoa e dormi.... esperava chegar em algum lugar, mas lugar nenhum cheguei...
Estou cansado de tentar... Eu não sou mais forte do que o vento... Eu não posso vencer o mar.. Eu fracassei... Minhas mãos estão cansadas já é possível ver as expressões de sofrimento no meu rosto...
O calor me aflige muito, parece que estou sufocado as vezes sem sombra alguma para repousar...
Na verdade eu só quero repousar em um lugar e navegar apenas em um lugar...
Eu tenho que lidar com uma luta diária aonde não encontro fim...
Quando vc ressurge do meio do mar, o mundo para!
Ai! Do sol se te queimasse jamais deixaria, jamais deixaria vc pisar os seus pés em pedras pontudas...
Quando vc se recolhe para um lugar de repouso eu irei assoprar o seu rosto e levemente vc dará um sorriso...
Mas, é tudo subjetivo por enquanto, mesmo que vc não saiba que vc é a principal dos meus sonhos, e toda noite passeamos em um jardim florido, queria viver dormindo... Há que bom!
mas, tudo é apenas uma projeção, isso me entristece as vezes, só escrevo por que tenho certeza que um dia tudo o que escrevo você pode não saber que fui eu, mas, vc vai sentir...
E quando vc sentir vc vai se perguntar aonde estou, e eu estou aqui de braço aberto para o mundo velejando sobre as ondas bravas do mar, para sobreviver ao pavor da sua ausência.
CORRENTES QUE LIBERTAM
As margens de um rio
Solitário e frio
Águas pesadas e turvas
Deixando em suas curvas
Sedimentos, partes de si.
Os afluentes despejam
Nas águas do Tietê
Histórias e memórias
Que se fizeram perder.
Flutuando por cima das águas,
Levadas pelas correntes,
Para um lugar desconhecido
Como fossem sementes.
Essas despredem do galho
Aguardando encontrar um atalho
Para que a sua frustração latente
Se disperse por meio da corrente.
Deixe que rio leve a preocupação
E traga liberdade ao coração.
Fim.
Ivan F. Calori