Rio

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Areeiro.

Hoje, o sol escondido, fez sombra na barranca.
O rio brilhou, mais que a nascente.

Espelhou, Santa Rosa, escureceu o céu.

João areeiro, transbordou a barca, planando na correnteza.

Horizonte, incerteza, é o dia de amanhã.

No cais aguarda o retorno, um filho uma mulher.

No entardecer, correnteza bruta, que a vida leva de proa.

A areia é a vida, o pão de cada dia.


Espera Maria, a noite caiu.

O filho chorou, o João não subiu.

A tempestade sem aviso, não permitiu retornar.

Jaguarão levou a barca, areeiro não tem mais a pá.

Maria chorou para o rio, João, que não vai mais voltar.

Inserida por RenatoJaguarao

Por detrás
Daquela relva havia um rio de certezas
Escorrendo águas de vida
Dentro de su'alma
Poética.

Inserida por Lourdesousa2016

Sou o rio calmo e tranqüilo
Tu és o mar bravio e forte
Chego a ti em total sigilo
Tu não te aquietas aceitando a própria sorte
Mesmo que a maré vazante nos afaste
Sigo mansamente ao teu destino
Sabendo que não há obstáculo que te baste
Encontro a ti, cometendo um desatino
Misturamos, os dois em ondas, dispersos
Minha calmaria junto da tua loucura
Nossas águas, em espumas e versos
E assim vivemos na alegria e dor
Eu te alcançando na ternura
Tu rompendo em ondas nosso amor.
~~ANJO ARREBATADOR~~

Inserida por ribasjose

E mesmo que o rio desague no mar
Eu permanecerei intacta de mim porque sou mar dentro
Do meu pequeno rio "Solidão".

Inserida por Lourdesousa2016

Difícil é sonhar ser rio e se saber ampulheta.

Inserida por nihilista

TEMENDO VOAR, VOEI PARA O RIO!

CRÔNICA

Voar é uma coisa complicada para muitos. Para outros não. Muitas pessoas sonham com esse momento.
Mas aí vêm o receio,o medo...a fobia; e paralisa o indivíduo.
Depois de alguns dias em que produzi o texto poético “Tenho Medo de Voar”, minha primeira vez chegou: voei, mesmo temendo voar!
No Aeroporto Internacional de Confins, prestes a partir pela primeira vez num vou com destino a capital carioca, presenciei in loco, um corpo de uma senhora sendo removido de uma aeronave em saco-plástico, pela equipe do Instituto Médico Legal (IML). A passageira em óbito, tinha vindo de um vou oriundo de Recife.
E a minha tensão ia aumentando gradativamente...
Também, Impactou-me um pouco, a passarela que vai da plataforma de embarque à porta de entrada do avião.
Aquilo me fez lembrar aqueles corredores dos matadouros, por onde passam os animais bovinos para serem sacrificados.
Pensei desistir, mas eu precisava mesmo partir: afinal de contas tinha o sonho de voar, e havia um evento muito importante que eu precisava estar presente.
Ganhei as passagens aéreas de ida e volta para o Rio de Janeiro do Dr. Péricles, via Dr. Wenderson; e aquela era uma oportunidade única de obter mais uma experiência de vida.
Apertei o cinto até o último estágio, e pedi perdão ao Pai, pelo meu passado pecaminoso...
Ignorei o perigo e meus temores... Desprendi meus pés do chão,e por um instante me fiz alado,e ganhei o céu do meu Brasil.
Nas alturas, aquele trem de longas asas,com a cara pra cima insistia em não parar de subir montanhas.
Eu estava preocupado com aquilo, e estranhei o comportamento do piloto que insistia naquele aclive.
Torcia para que o comante nivelasse a condução o mais rápido possível; pois meu coração não parava para descansar um só instante. Daquele baticum sem fim.
Um casal amigo, que estava ao meu lado ofereceu-me ajuda: me dando as mãos para me apoiar.
Dizem que do alto não é bom olhar pra baixo, mas arrisquei uma olhadinha discreta, e não era mesmo muito legal: a ansiedade só aumentava à medida que o avião subia o morro.
A baixo, um mar de espumas se formou; lembrou-me a poluição do Rio Tietê; e os quebra-molas, que havia no caminho, fazia o bicho pular seguidamente.
Ai meu Deus!...
Logo à frente,o piloto anunciou o pouso, mas não pousava; até achei ser propaganda enganosa. Mas, realmente ele ainda não tinha a devida autorização para isso.
Próximo ao destino final, o tempo não estava bom, e por duas vezes não se via nada em volta: a cerração não permitia.
Mas,tudo passou tão de repente!...
Até que a torre autorizou o pouso, e a luz no fim do túnel apareceu:
vi a cidade maravilhosa sob meus pés, dando as caras, e o ar da graça; o Cristo - como sempre - de braços abertos, pertinho da gente, quase ao alcance das mãos, nos desejava boas vindas.
Depois, fui informado por um amigo jornalista, que a pista do Aeroporto Santos Dumont, é uma das menores e mais perigosas do Planeta. Mas eu já estava em terra firme! Não senti muito o impacto da notícia.
Logo pensei comigo: se o processo de aterrissagem da nossa aeronave não funcionasse 100%, todos nós,passageiros daquele voo, estaríamos submergidos nas águas frias daquele Oceano.
Com a recepção e a bênção do Cristo que abriu os braços para o meu abraço, mergulhei na vida da cidade... Dioturnamente.
Na Urca, segui os passos de papai: andei no Bondinho do Pão de Açúcar. Vi o mundo de beleza que ele viu, e o mar lá embaixo; lotadinho de barquinhos brancos e Iates da nobreza, e a Praia Vermelha cheia de banhistas.
Passei lá pra molhar os pés e tirar uma foto.
Segundo informação veiculada nos meios de comunicação, neste mês janeiro o Rio, recebeu 2 milhões de turistas.
Fiquei hospedado ao lado da Linha Vermelha, que naqueles dias predominava o branco característico da paz.
Na Feira Nordestina, em São Cristóvão, ouvi diversos cantores interpretando o velho Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Genival Lacerda... Comi buchada de cabrito e matei saudade do meu Maranhão.
Eu vi nos ensaios carnavalescos, nordestinas (os), dançando que nem acadêmicos do samba, para imitar o carioca e fazer bonito no carnaval.
Deslumbrei-me com a maestria e beleza daquelas mulatas requebrando no salão com a maior desenvoltura e encanto.
Também tirei uma foto com o compositor e mestre do samba carioca, Arlindo Cruz,do Programa Esquenta da TV Globo, apresentado por Regina Casé.
Estive na casa do Imperador D. Pedro II (hoje, Museu Nacional), na Quinta da Boa Vista, e da janela - que ele gostava de ficar - contemplei a beleza do jardim, com plantas e árvores trazidas de sua terra natal - muitas delas plantadas por ele.
Na Casa das Beiras, a casa mais portuguesa do Brasil,no bairro da Tijuca,RJ,- em noite de gala acadêmica - ao ver e ouvir os grupos folclóricos de Portugal – e agora, como membro do Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Lisboa, com o registro no Gabinete Real Português n° 6.907.8;
sinto-me, mais irmanado aos povos de além mar, e mais integrado do que nunca à Cultura Lusófona.
Numa manhã de lazer com os amigos da academia de letras, na beira d’água, no Leblon,vi coisas tão lindas!...Tão talentosas!...
Nas ruas, no calçadão e nas areias da praia, tomando banho de sol e de mar...
Depois de freqüentar o reduto do saudoso poeta Vinícios de Moraes - em Ipanema e mediações - não posso contestá-lo de que as moças de lá - em trajes de banho ou não - são mesmo cheias da graça.
Não devo deixar de propagar por onde for que "o Rio de Janeiro continua lindo!..."
O sonho também não deve morrer; e,só se perde o medo de voar, voando!

17.01.17

Inserida por NemilsonVdeMoraes

"A árvore não prova a doçura dos próprios frutos,
o rio não bebe suas próprias ondas,
e as nuvens não despejam água sobre si mesmas:
a força dos bons deve ser usada para benefício de todos."

Inserida por accgama

TEU RISO


Eu rio, tu ris.
Mais quando eu rio
Me perguntas: porque ris?
E eu : nada . . . respondo.
Mais sim, eu rio,
do teu riso que pulveriza os átomos,
das mãos que me buscam
e do tempo que se traduz conforme a tua presença
E este meu riso silencioso, oculta palavras que ainda não digo
Mais o que eu posso dizer é
mesmo que chova pra sempre,
que a noite dure pra sempre
e as nossas asas se quebrem,
eu sempre colherei mangas doces
na árvore do seu sorriso.

Inserida por 200310715

Há um rio de esperanças que deságua dentro de mim. Sou feito mar em lua cheia, ondas de mar, sou maresia...sou amarelo em campos fértil, sou imensidão de mar, sou alegria em tristezas que brinca de amar. Falo o teu idioma mesmo sem saber falar, pois tenho a poesia como forma de se comunicar e uso as letras dos olhos que sem palavras conseguem falar.
Uso as cores: se sou verde sou esperança, amarelo sou criança, vermelho sou paixão, no branco traga a paz, no azul imensidão. Mesmo em preto e branco sou voz do coração!

Inserida por LeoniaTeixeira

Rio.

Sorrir.
No fim,
Só ir?

Inserida por FrancismarPLeal

O rio passa como a vida
- passa por passar -
Esgota todas as gotas
Transborda olhos.

Inserida por danielpolcaro

Certa vez, sentada a beira de um rio eu e outra menina, conversamos e riamos livremente quando ela tirou dos cabelos um prendedor de cabelos e disse: “Esse é o que mais gosto”, lançando-o ao rio. Eu olhei surpresa e perguntei o porquê daquilo. Ela sorriu serenamente e disse que mais adiante alguém acharia e ficaria feliz por encontrar algo tão belo.

Inserida por LilianGoulart

A insensatez mora às margens do rio da loucura e bebe de suas águas um pouco a cada dia.

Inserida por LeniltonJS

Reflexão de Pais para Filhos

" a vida vai correr como um rio, abrindo o caminho;
a história se mobiliza como a chuva, respeitando os ciclos;
as vezes fortes, tempestades, fina, fria, chuva de verão;
o futuro avança as passos largos, subindo escadas;
ultrapassando limites e desafiando as adversidades;
o presente veleja mar adentro, procurando um céu azul;
o mar calmo, sereno e a paisagem perfeita;

e nesta travessia, poderão ter amigos por toda a vida;
paixões que marcarão momentos relevantes;
atitudes que os levarão do riso mais esperançoso a
tristeza mais profunda;

" Vão acordar em casas diferentes, camas diferentes;
Dormir sob o luar, caminhar de madrugada;
Comer o fruto do outono;
Colher a flor da primavera;
Sentir o calor do verão;
e ver a última folha verde resistir o inverno;

" e nestes tempos que se avançam sem percepção;
Vão ficar mais tempo olhando o horizonte;
Sentados sobre um pedra diante do oceano;
Em um árvore solitária que faz sombra para uma paisagem;
e ao ficar mais tempo olhando o espelho;
perceberão, que nem tudo foi como deveria ser;
mas, mesmo assim, terão alguém que nunca vai deixar ser
tudo para vocês...seus Pais"

Inserida por marcelogonzaga10

CHALANA, MULHER E CANÇÃO.

Quero ser o rio vagaroso
Curvado, reto, nervoso.
Só para em mim navegar

Quero vê-la flutuando, em mim seu corpo banhando,
Tranquilo eu quero estar.
Por essas minhas águas mansas.
Te levar em segurança, apenas pra não se cansar.

Como mãos de rebojo d´água.
Embalo seu corpo por nada.
Só pra contigo ficar.

Menina chalana dourada.
Sou rio, sou sua estrada.
Segue seu rumo por mim.

Nos redemoinhos que faço.
No prazer, no abraço.
Fazer você revirar.

Envolvo seu corpo em meu líquido.
Da mais alta pureza, limpo.
Para nunca a tristeza chegar.

Depois de um dia frenético,
Dispor meu tempo acho ético.
A sua disposição.

Fazer-te carinhos em ondas.
No meio daquelas sombras.
Seu corpo transformo em mulher.

E da mulher que viraste,
Tem outra composição
Uma nota de anjo
Pra transformar em canção.

Dos fios de cabelos dourados,
Acordes ecoarão.
Por conta de um outro toque.
O toque do coração.

De um grito, gritado pra dentro
Sufoca a mata e o vento,
Como se fosse um meu.

Mas não usarei minha boca,
Nem mesmo qualquer instrumento.
Eu uso o que vem de dentro.
E uso os lábios seus.

Farei um arranjo de tudo.
Um canto calado, mudo.
Usando uma nota só.

Farei um arranjo de flores.
Com a melodia das cores.
Pro meu amor declarar.

Você já foi música outrora.
Estas de novo, aqui, agora.
Dentro de nova inscrição.

Chalana, mulher e canção.
Do fundo do coração.
Não é desejo ou paixão.
É um simples amor assim.

Venha, se jogue, acredite.

Sou rio de águas turvas.
De tantas retas e curvas.
Que só quer que navegues em mim.

29/08/2013 - 00:53
Edmilton Pedroso

Inserida por Edmilton

Nem sempre eu rio em que estou bem mais quando rio, o sorriso vem do fundo da alma.

A margem da sabedoria...

Atravessa o mundo um rio tormentoso...

Suas ondas são agitadas... sua correnteza... poderosa...
Da margem em que estamos, ansiamos atravessá-lo... mas temos medo e, o medo paralisa...

Respiramos de modo profundo e pacífico... e nos lançamos na água... Queremos chegar a outra margem...

Entulhos na correnteza nos machucam mas, seguimos atentamente nosso objetivo...

A luta é dura, porém, vencida... chegamos a outra margem...

Partimos de um ponto em que podíamos observar as dificuldades da vida, placidamente, e nos lançamos contra elas... Na batalha contra o rio da ignorância alcançamos a outra margem...

A margem da sabedoria...

Inserida por Allanregis

Passeio pelas margens do rio.....
olho-te, observo-te
és o homem que eu amo e desejo.

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

Esse ano foi como ir de ônibus a São José
do Rio Preto: demorado,
quente
e cheio de abacaxis pelo caminho.

Inserida por ranish

Permito-me chorar
Permito a lágrima inteira em minha alma
Permito a dor esvair no rio dos olhos
E seguir seu curso livremente.

Inserida por Dec