Rio
Arremessei garrafas as margens do rio... Hoje já faz 30 dias e ninguém leu...
Achei que o vento iria me ajudaria a leva-las para o outro lado do rio...
Mas grande partes delas voltaram fechadas...
Ajustei a manivela da canoa e dormi.... esperava chegar em algum lugar, mas lugar nenhum cheguei...
Estou cansado de tentar... Eu não sou mais forte do que o vento... Eu não posso vencer o mar.. Eu fracassei... Minhas mãos estão cansadas já é possível ver as expressões de sofrimento no meu rosto...
O calor me aflige muito, parece que estou sufocado as vezes sem sombra alguma para repousar...
Na verdade eu só quero repousar em um lugar e navegar apenas em um lugar...
Eu tenho que lidar com uma luta diária aonde não encontro fim...
Quando vc ressurge do meio do mar, o mundo para!
Ai! Do sol se te queimasse jamais deixaria, jamais deixaria vc pisar os seus pés em pedras pontudas...
Quando vc se recolhe para um lugar de repouso eu irei assoprar o seu rosto e levemente vc dará um sorriso...
Mas, é tudo subjetivo por enquanto, mesmo que vc não saiba que vc é a principal dos meus sonhos, e toda noite passeamos em um jardim florido, queria viver dormindo... Há que bom!
mas, tudo é apenas uma projeção, isso me entristece as vezes, só escrevo por que tenho certeza que um dia tudo o que escrevo você pode não saber que fui eu, mas, vc vai sentir...
E quando vc sentir vc vai se perguntar aonde estou, e eu estou aqui de braço aberto para o mundo velejando sobre as ondas bravas do mar, para sobreviver ao pavor da sua ausência.
CORRENTES QUE LIBERTAM
As margens de um rio
Solitário e frio
Águas pesadas e turvas
Deixando em suas curvas
Sedimentos, partes de si.
Os afluentes despejam
Nas águas do Tietê
Histórias e memórias
Que se fizeram perder.
Flutuando por cima das águas,
Levadas pelas correntes,
Para um lugar desconhecido
Como fossem sementes.
Essas despredem do galho
Aguardando encontrar um atalho
Para que a sua frustração latente
Se disperse por meio da corrente.
Deixe que rio leve a preocupação
E traga liberdade ao coração.
Fim.
Ivan F. Calori
O governo constrói ponte Rio-Niterói, a Transamazônica, Itaipú, Angra dos Reis, edifícios públicos pomposos, e ao lado de todas estas grandezas, campeia o flagelo do povo brasileiro!
O índio, vindo lá de Itanhaém, desce o rio até chegar ao que hoje conhecemos como Portinho, e área da ponte do mar pequeno....De volta a sua aldeia o cacique lhe pergunta: Dauá por onde você andou?
E ele ainda extasiado responde ao Cacique:
- Eu desci o PEAÇABUÇU e encontrei Paranaguá(Tradução...Eu desci pelo Caminho das Palmeiras Grande e fui parar na enseada do mar grande").
Este índio, falava de algo que se transformou na cidade de Praia Grande-Litoral Sul de São Paulo.
E quem achar que deve, que conte outra...
A vida no Rio de Janeiro anda muito ameaçada, mas tem muita resistência também. Especialmente contra essa mão de controle pra cima de corpos favelados. Hoje a gente tem o temor e aí, quem aqui vigia os vigias? Quem presta contas?
Às vezes me sinto como um barco sobre um rio sinuoso... balançando em direção a um mar negro sem fim. Me afastando mais e mais de onde eu quero estar... de quem eu quero ser.
RIO DE ALEGRIAS E LÁGRIMAS
Não sei se Rio ou se choro
Queria rir e passear nas lindas praias
Dessa cidade maravilhosa,
Mas é tudo prosa.
Só ouço dizer de barulhos de tiros,
Que vem de encontro com a vida;
Para abreviarem vidas inocentes
Mais uma bala perdida?
Essas coisas que me revoltam
Fazem-me perder o sono,
A bala pode até ser perdida
Mas o disparo tem dono.
Ouvi um transeunte carioca dizendo
Que o paraíso no Rio é para poucos;
Mas se há choro e dor até no paraíso
Então estamos ficando loucos.
Rio, não sei se ainda quero rir,
Se o que acontece hoje no Rio
É de se fazer chorar,
Corrupção e mau uso do dinheiro público
Que fez o Estado quebrar.
Quantos morrendo na saúde
Quantos sem creche, sem escola, nem educação;
E o salário do servidor público que abandonado
Tá pedindo extrema-unção.
A polícia sem recursos, má preparada
Com alguns aliados ao mundo do crime
Preferem não fazer nada;
Pois sabem que a organização criminosa é organizada
Melhor ficar de boca fechada.
Dizem que a voz do povo é a voz de Deus
- Mas tenho certeza, não é! -
Pois Deus sabe muito bem o que faz,
E nós escolhedores de nossos líderes e representantes
Ainda preferimos a Barrabás.
A poesia já está terminando,
Tenho algo a acrescentar
Rio, porque o Rio de janeiro a dezembro continua lindo
Está no mesmo lugar.
O Cristo de braços abertos
Para lhe abençoar,
A culpa é dos maus políticos
Que fazem pessoas do Rio chorar.
Esse ano tem eleição,
- Muito cuidado!!!!! - Como você vai votar;
O voto leva apenas alguns minutos
Se errado, são quatro anos para chorar.
.
Sorria como eu rio.
Fale com suavidade e delicadeza como falo.
Coma e beba com estilo como eu.
Se vista como eu me visto.
Ande como eu ando.
Abrace como eu abro.
Beije como beijo.
Tenha classe como eu tenho.
Seja educada como eu sou.
Seja comprrensiva como eu sou.
Dê atenção para todos assim como eu dou.
Seja intenligente como eu sou.
Seja gentil com as pessoas como eu sou.
Srja humilde como eu sou humilde.
Tenha um coração bom como eu tenho.
Use palavras sabiás assim como eu uso.
Perservere como eu perservero.
Crie laços de amizade como eu crio.
Chore e deixe suas lágrimas molhar sua alma assim como eu deixo molhar a minha.
Procure colorir a vida das pessoas assim como procuro colorir.
Lute pra sobreviver assim como eu luto.
Trabalhe duro como eu trabalho.
Eduque como eu educo.
Ordene como eu ordeno.
Se ame como eu me amo.
Semeie amor para colher ternura como eu semeio.
Se banhe de carinho como eu me banho.
Exerça a profissão com determinação e orgulho como eu exercesso.
Ajude o próximo como eu ajudo.
Resgate pessoas de depressão assim como eu resgato.
Valorize os pequenos detalhes da vida assim como eu valorizo.
Sonhe todas as noites como eu sonho.
Tenha fé em Deus como eu tetenho.
Não minta nem seja falso pra ninguém
assim como eu não minto nem sou falsa.
Perdoe quem faz seu coração sangrar como eu perdoo.
Agradeça a Deus pelo o que você foi ontem e pelo que Você é hoje como eu agradrço.
Portanto seja grata a Deus como eu sou pela vida de hoje e de sempre.
BELO RIO
Tempos antigos
Tudo era limpo
Na areia fininha
Eu fazia garimpo
Procurava pedrinhas
As mais brilhantes
Amarrava em cordinhas
Como diamantes
Fim de semana
Tudo era festa
Em plena floresta
Na beira do rio
Não tinha calor
Não tinha frio
Pulava e cantava
O tempo esquentava
Belas lembranças
Tempos de sonhos,
Fase de criança...
Oh, Belo Rio,
Não perco a esperança
No coração
Tenho a confiança
Que os peixes em ti
Voltarão a nadar
Nas suas margens
Voltarão a pescar
E tu correrás
Pleno e saudoso
Em direção ao mar.
O ESQUECIMENTOS DOS ESQUECIDOS
Três policiais foram assassinados no Rio de Janeiro, agora fazem parte da estatística, não queremos saber quem os mataram, não interessa saber se deixaram famílias, nem seus nomes queremos saber e nem interessa, pois amanhã terá mais, afinal eles estavam apenas defendendo a população com míseros salários, o que é muito para colocar em risco suas vidas e pouco para ser reconhecidos por aqueles que estavam protegendo e também por aqueles que são chamados de "Direitos Humanos". Assim continuamos a admirar e endeusar as pessoas "certas".
O político não é mais honesto...
O rio não é mais doce...
São coisas que detesto...
Tudo agora é precoce...
E o povo continua muito modesto...
Talvez o novo Presidente nos almoce!!!
Pedro Marcos
O vento que sentimos jamais será o mesmo, assim também o sentimento, como águas de um rio a correr, ou mesmo a chuva que irriga o viver.
SONETO
A PONTE DA SAUDADE
Havia uma ponte sobre um rio,
Um rio que cortava uma cidade
A carne que gemia, um calafrio
Na ânsia de sentir uma saudade.
A ponte de tão frágil, caiu na` água
Só mágoa, num suspiro se afogou
Agora se travessa o rio a nado
Corrente dos desejos se quebrou.
As almas traspassadas em dores cruciantes
o rio e a cidade afastados hoje choram
a sorte esquecida, da ponte e dos amantes.
Mas a ponte da esperança não tem chão
na mente dos amantes que se encontram
distante da cidade do desejo e da ilusão.
Por isso rio
Eu rio de mim
como nascente de emoções aventuradas
a afluir límpida sob um sorriso audacioso.
Rio assim,
deixado à deriva pelas correntes de ar do hálito quente
que de minha boca sopra numa noite densa e solitária
os versos sacanas de qualquer rebeldia juvenil.
Eu rio,
me comprazo, vou ao encontro do mar
que mar não sei.
Sorrio, caudal de águas lacrimantes
em várzeas cultivadas de paixão.
Por isso rio, vou ao encontro do mar.
Mãe d’água sereia me chama
nas funduras meu riso deitar.
O Rio
As águas que saem dos seus olhos nunca serão em vão
Ela corre nos seus momentos mais aflitos
Fazendo transbordar o rio que está em seu coração
Esses sentimentos que tentam te fazer fraquejar
São os mesmos que através dessas
Lágrimas muitas plantas irá regar
E cá entre nós
Elas saberão dar valor a suas lágrimas
Se tiver grandes pedras atrapalhando o fluxo do rio, simplesmente ele mudará seu curso
A pedra continuará no mesmo lugar mais o rio seguirá em frente