Rio
Um presente do céu
Já era noite quando Filipa resolveu sair para caminhar, perto do rio. Mas ainda era cedo; eram seis horas. Ou dezoito, se você ligar para isso. Ela ouvia as músicas que tocavam dentro de sua cabeça, quando começou a chover.
Chovia forte, e as pessoas corriam para chegar em casa a tempo de não se encharcar. Filipa não conseguia nem ao menos imaginar o porquê disso, já que ela mesma não gostava de perder uma boa chuva.
Ela achava que a chuva lavava sua alma, e que levava embora o que ela já não quisesse mais. Toda vez que a chuva vinha, a menina lhe pedia que levasse embora todas as suas dores, mas que deixasse as suas lembranças. E a chuva atendia o pedido. Ao menos, na maioria das vezes.
Nesse dia, Filipa pediu e implorou - em vão - que a chuva lhe lavasse a alma mais uma vez. Mas a lavadora de almas não lhe concedeu o pedido. A sensação dessa vez foi diferente.
Antes, ela se sentia limpa. E leve.
Agora, antes de qualquer coisa, ela estava bem. A chuva não a limpou, mas trouxe para ela borboletas. Borboletas que voavam de um lado a outro no seu estômago, e que a deixava com vontade de gritar. De gritar as músicas que escutava, de gritar o que sentia,de gritar qualquer coisa, de gritar palavras que fizessem - ou não - sentido. E ao invés de fazer isso, Filipa correu. Correu mais do que podia. Correu até não aguentar mais. E quando parou, era como se ela tivesse gritado tudo aquilo que não gritou. Era como se ela tivesse colocado para fora tudo o que sempre quis, e não colocou antes.
Foi esse o presente da chuva. Fazer Filipa perceber que podia se sentir limpa sem a ajuda de ninguém, ou de alguma coisa. Ela realmente podia fazer isso sozinha.
E então, Filipa se sentou na beira do rio.
E riu. Sozinha. Riu até a barriga doer.
E agradeceu com as mais bonitas palavras o presente que tinha recebido.
E em resposta, enfim, a chuva cessou.
rio de lágrimas
profana forma santa de te querer
as janelas fechadas nao deixam a luz entrar
entre arranha-céus e oultdoores o amor de um pobre,
um pobre plebeu do século XXI.
Solitário em frente ao chamado "pc"
na esperança do amor florescer.
magnetismo sagás da esperança puxa a força oposta da frustração,
refúgio outrora esperado me deixou hoje desolado.
te vi calado, mais por dentro desesperado,
sorriso teu diz ao meu interior: Cala-te inquietação infernal!
Ansiedade embora foi, tú apareces em minha frente como explendor
minhas mãos iperativas ficam perto de uma caneta e um papel em branco há descrever-te,
lembrando de ti fica minha mente a todos os instantes do dia
instâncias de instates momentos alucinantes vão levando-me
a mais de 24 Horas nao deixar de te querer,
querer com mais querer que quero-te aqui perto de mim dentro do que
eu chamo de coração, que faz-me sentir o sentimento perfeito sentido por mim.
aaaah como tudo nessa vida faz-me lembrar de ti.
de onde será que veio tanta inspiração?
para Deus desenhar nas telas da vida o sorriso teu.
Há algo tão prazeroso quanto aperfeiçoar-se?! Ajuda-me Senhor, nessa tarefa. És como um rio inesgotável. Preciso mergulhar...
(Fabi Braga, 16/12/2010)
Nas melhores das noite
De olhos fechados , onde as águas corriam no corpo
como um rio até chegar ao mar
da estrela que ofuscava e não parava
eu estava lá , multidões vazias , ou vidas mortas
achocolatado com canela, fumaças de um vivente
vim de outra galaxia ,e ser a partícula boa dela
mas somos um só, e estou pagando as contas de todos
eu sei , eu sei .
Eu me faço , eu me vivo
Nasço ;cresço , reproduzo e morro.
Morada
Teve um dia que tinha um rio correndo na palma da minha mão.
Segurei esse rio pensando que de um lápis se tratasse.
E tentei escrever um poema na pele de um passarinho encostado ao chão.
Tentei também fotografar à voz de uma árvore.
Entretanto só consigui beijar o corpo da luz.
De súbito nasceram grãos de água do lado de dentro da minha alma. Fiquei feliz por ter tentado construir uma casa com poesia na
imaginação.
No entanto, o que aprendi mesmo foi que à minha única vocação é estar sozinho. Desde àquele dia minha alma passou a ser à morada do ciclo do vento.
Morgado Mbalate
Poema distiguido no Solar de Poetas na
semana de 25 a 31 de Maio de 2014
“Sou boba sim, rio e sorrio do nada, por coisa pequena, aprecio detalhes. Bom. Porque não rir? Ao menos se eu fosse morrer ali, no momento seguinte, eu ia poder ter a certeza de que deixaria o melhor de mim pra ser lembrado. O meu riso amarelado.”
Eu não quero um peixe!.
Eu quero o rio, o mar e o oceano..
Eu não quero um peixe!.
Eu quero a linha, o anzol e a vara de pescar!
Eu não quero migalhas, nem metades!
Eu quero tudo, eu quero inteiro..
Voçe é a pérola, e um pequeno rio desta vida, que ocupa sempre, o maior lugar do mundo!
sempre amável,
e muito eficaz, com este sorriso lindo, que desperta os cegos,
este olhar maravilhoso, que engana os sérios.
e voçe pensa e age, com se fosse a mais sábia do mundo.
Rio são Francisco...
Rever nossos valores é fundamental, tanto hoje quanto no futuro.
Importa-nos um conceituar ético que haja sido alicerçado pelo senso de unidade.
O Rio São Francisco é hoje o reflexo do descaso que a indiferença humana gerou...
Sabe-se do uso egoísta dos recursos naturais, sabe-se dos desmatamentos, etc...
Assoreamento é prelúdio de desertificação; como a seca, aponta a miserabilidade da fome .
Ouvi nesta manhã de 04/11/2014 um artigo no Bom dia Brasil da Rede Globo e fiquei pasmo...
Francisco foi meu pai, Francisco também foi um Santo, mas Francisco também é vida e não pode morrer.
Reconceituar o quanto vale um sorriso ou o quanto custa uma lágrima é salutar. O valor é relativo...
A natureza tudo doa sem jamais ter determinado um preço; que motivo teve o criador pra que assim fosse?
Nossas ações devem estar conformadas com o devir que na natureza à tudo agrega, simples assim...
Certos dos fundamentos, sabemos os rumos e os fins, sendo os desastres ecológicos anunciáveis ou evitáveis.
Irmã água e irmão sol estarão sempre onde estão e/ou estiveram, nós é que ainda não nos situamos...
Servir a dois senhores não é possível, ou servimos ao amor que doa ou servimos ao dinheiro que amontoa...
Cabe num coração tanto quanto suporta o planeta Terra os Bons e os que Ignoram, ela pacientemente espera...
O futuro sempre será comum, pois a justiça social sustentável só é possível quando todos assumem o compromisso de zelar das boas causas em desfavor dos efeitos maléficos que o descaso impõe.
Obs: -Vida pro velho Chico é o mesmo que vida pro velho e teimoso homem!!!
O espetáculo da vida deve continuar...
Dói ter ciência da tamanha indiferença, sobretudo quando sabemos que somos a diferença que queremos pra melhor no mundo...
Contem comigo!
Demerval Mendes Ferreira/Poeta e filósofo
Uberlândia-MG.
demervalmendes@centershop.com.br
(34)97823007.
Nem todo dia é triste
Nem todo dia é feliz
Nem todo dia
Tudo dá errado
A vida é um rio
Que não pode ser detido
Não consegui
Tudo que eu quis
E nem me agradeceram
Pelo trabalho que eu tive
Mas eu fiz
Nem todo dia se vive
Nem todo dia cinzento
É triste
Não há vida
Em que tudo se conquiste
Nem todo dia é poesia
Poema, Luz e Canção
Nem todo dia é Sim
Em minha vida
A Maioria dos dias
Foram feitos de Não
Nem todo dia Alma
Muito menos Coração
Nem todo dia há Guerra
Nem todo dia é dia
Nem todo dia há paz
Muito Menos trabalho
Nem todo dia se pode fazer
Aquilo
Que normalmente a gente faz
Não há Dia
Sem Noite
Nem todo Rio
Que não pode ser detido
Corre livremente
Eternamente
Um dia finalmente
Ele há de desaguar
No Mar
Aonde desaparecem
Todas as tristezas causadas
Pela indiferença daqueles
Que diariamente
Nos Esquecem
Um dia
As águas haverão de misturar-se
E não haverá mais nada
Tuas mágoas
Serão somente lembrança
E não poderão
Ser encontradas
Vou deixar vocês.
Vou ouvir canto de passarinho
E da água do rio o burburinho...
É pra lá que eu vou...
mel - ((*_*))