Rimas sobre a Juventude
"Que homem não se lembra da primeira mulher que transformou o sono de sua juventude num despertar, ao mesmo tempo terrível e cheio de doçura?"
Desde os primordios a juventude gosta de tudo que é diferente, e buscam usar e ser assim sempre, mais ainda não perceberam que já estão todos iguais novamente, e que é preciso de uma forma mais saudável mudar tudo de novo, com muito bom senso e principalmente com Cristo no coração.
A idade daqueles que buscam a juventude não demonstra a juventude que é buscada, transformando aqueles que nela se estabelecem em prisão com portas abertas. Viva a sua vida e não estrangule a natureza, ela vai ser gentil com a sua aceitação e não com as suas mentiras.
Nessa terra de gigantes
Que trocam vidas por diamantes
A juventude é uma banda
Numa propaganda de refrigerantes
" Como é bela a juventude, que no entanto foge! Quem quiser ser feliz, que seja: do amanhã não há certeza."
Quero reconquistar dias de juventude! Depois dos trinta, dá para ser jovem com mais sabor com mais proveito.
Cura Jesus onde nossa humanidade nos impede de chegar, cura Senhor nossa juventude, nossa casa, nossa vida...
JUVENTUDE:PROBLEMA OU SOLUÇÃO
Essa é uma das características do jovem: a disposição para a mudança. Essa inquietação faz com que sua rebeldia esteja a serviço de causas significativas ou de instrumentos de destruição. O jovem tem potencial para transformar, inovar, ousar. Sua criatividade ainda não mora no mundo dos vícios. É o doce sabor da novidade. Por outro lado, tem o jovem o poder de destruir a si mesmo e ao outro.
O Brasil tem, entre seus 157.447 detentos em presídios, 62% de pessoas com idade entre 18 e 29 anos, segundo dados de maio de 2006, do Departamento Penitenciário Nacional. Agente e vítima da violência, transforma-se o jovem em problema. Transforma-se, porque não é. O jovem é solução. Precisa apenas de espaço, de oportunidade. Precisa de esclarecimento, que o filósofo Immanuel Kant chama de saída do homem de sua minoridade, que é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo, sem dependência, e com autonomia. E, para isso, precisa esse jovem de educação.
A educação está deixando a desejar. O gasto nacional (4,15% do PIB em 2002), perto da imensa demanda de qualidade, acesso e permanência, é pequeno. Segundo dados do IBGE, há 12,3 milhões de jovens entre 14 e 17 anos fora da escola. Como o país demorou a adotar uma política de Estado para a universalização do ensino fundamental, acumulamos esse déficit. Foi só na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso que o esforço foi efetivo: elevamos de 88% (1994) para 97% (2004) o percentual das crianças matriculadas da 1ª até a 8ª séries. Mas restou e resta o desafio do ensino médio. Apenas 30% desses alunos passam do ensino fundamental para o médio. Nos últimos anos, não foram corrigidas essas questões, alegadamente por falta de aprovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, o Fundeb. A participação do governo federal é muito pequena no financiamento da educação básica. Por isso, estados e municípios têm enormes dificuldades de pagar salário digno aos professores, agentes essenciais do processo educativo. Com um corpo docente mal remunerado, desmotiv ado e com poucas chances de formação, é difícil percorrer o caminho da qualidade. Embora professoras e professores desse imenso país se desdobrem na nobre arte de educar.
Pesa ainda a pouca consciência da família na relação com os jovens. Pais monossilábicos não conseguem dialogar nem orientar os filhos para a vida. Ouve-se pouco e fala-se o que não encontra eco. Um exemplo de política pública eficiente é a escola da família, experiência do governo Geraldo Alckmin, grande sucesso porque atua na escola e na família. Traz a família para a escola e dá oportunidade a quase 50 mil jovens de ingressarem gratuitamente em uma universidade. Além da impressionante redução da violência causada pela abertura desses espaços públicos para geração de renda, saúde, cultura e esporte. São Paulo tem ainda as melhores universidades públicas do país (USP, Unesp e Unicamp) e 125 Escolas Técnicas Estaduais que atendem mais de 90 mil estudantes - aliás a valorização dos cursos técnicos já é fato em países que conseguiram com seriedade desenvolver políticas educacionais.
O outro desafio ainda não enfrentado nacionalmente é a extensão da média de escolaridade. Dados coletados pela Unesco a cada década, de 1960 a 2000, mostram que todos os países da América Latina tiveram avanço nos níveis de escolaridade da população adulta - os dados descontam a defasagem idade/série. No Brasil, por exemplo, a média de escolaridade em 1960 era de 3,1 anos. Em 1970, subiu para 3,7, em 1980, para 4,3, em 1990, para 6,5 e chegou a 7,5 anos em 2000. Comparativamente, a Argentina, já em 1960, tinha a média de 6,1 anos, praticamente o que o Brasil alcançaria somente 30 anos mais tarde. A Argentina, hoje, chegou à média de 8,3 anos de escolaridade.
A educação é, no médio prazo, a garantia de menores problemas em outras políticas públicas. Uma juventude saudável, com acesso à educação, práticas esportivas e culturais, tem mais preparo e maior equilíbrio para ingressar no mercado de trabalho. Uma juventude com esse perfil será menos refém da violência, da drogadição, e estará pronta para se apresentar como solução para a construção de um país melhor.
Em efeitos secundários, reflete Woody Allen: "Somos um povo que necessita de objetivos definidos. Nunca aprendemos a amar. Precisamos de dirigentes e projetos coerentes."
Projetos coerentes que ofereçam espaço ao jovem para que ele não seja encarado como um problema, para que tenha conhecimento suficiente para construir a sua história. Projetos possíveis de serem realizados como a universalização do ensino médio, a política de qualidade em toda a educação brasileira e a parceria responsável entre governo federal, estados e municípios juntamente com a sociedade civil para que metas definidas como prioridade nacional em termos educacionais não tenha coloração partidária, mas sejam um projeto de Brasil. Um Brasil cansado de demagogia e factóides. Um Brasil carente de competência e de oportunidades. Essa é nossa linda juventude na poesia do mineiro Flávio Venturini, página de um livro bom. Ajudemos a escrevê-lo.
JOVEM EMPREENDEDOR
A juventude traz consigo uma rebeldia natural. Uma força de espírito que se caracteriza pelo inconformismo e pela contestação das tradições que não condizem com as exigências dos novos tempos. Muitas vezes, o coro da platéia social acusa o jovem de inconstante e alienado, e até de irresponsável. Talvez por esse motivo, convencionou-se dizer que "jovem é um problema". Mas trata-se de afirmação já rebatida pela História, edificada também por numerosos heróis e heroínas que registraram feitos em tenra idade. Protagonistas que colaboraram para fazer do mundo lugar mais propício ao idealismo ao empreendimento de processos capazes de quebrar paradigmas, mudar rotas equivocadas, converter expectativas pessimistas em realizações bem-sucedidas. Jovem não constitui problema e, sim, solução! Basta instigá-lo a produzir, dando espaço para que seus sonhos tenham vez na atmosfera geralmente restrita e repressiva que paira sobre corações e mentes dos que perderam os positivos ímpetos juvenis. São fartos os exemplos de jovens que mudaram a História antes mesmo de completarem 20 anos. É o caso de Joana D'Arc e de Alexandre da Macedônia. Ela estimulava com belíssimos discursos os seus patrícios à realização dos sonhos. Ele foi estrategista e líder indispensável à conquista de boa parte da Europa e do Oriente antigos. Em outros tempos e frentes, jovens brasileiros subiram aos palcos da vida para mostrar novos conceitos artísticos e a força criativa da cultura verde-amarela. Foi assim na Semana de 22, evento divisor de águas no cenário nacional graças à atuação inovadora do grupo composto de jovens como Sérgio Milliet, Guiomar Novaes, Heitor Villa-Lobos, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Anita Malfatti, entre outros. Impacto semelhante também pôde ser sentido na década de 60 com precoces arrebatadores como Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Gal Costa. Libertários que cantavam e compunham as trilhas sonoras da renovação. Eram os representantes da rebeldia do bem. E há aquele jovem em especial, cujo carisma, inteligência e altruísmo lançaram luzes sobre uma nova forma de ver e de vivenciar o amor entre as pessoas. Morto aos 33 anos, Jesus Cristo nos ensinou, sobretudo, a importância da solidariedade, da fraternidade e da justiça. Jovens são empreendedores. Mulheres e homens que ousam e que deixam marcas. As marcas do verdadeiro talento que nem sempre exige longos períodos para ser manifestado. Caso contrário, não teríamos Clarice Lispector escrevendo Perto do coração selvagem, aos 17 anos. Ou Rachel de Queiroz redigindo O quinze, sob a precária luz das lamparinas, aos 19. Em todos os campos do conhecimento, a criatividade do jovem é indispensável para que o novo aconteça. Nesse sentido, empresas e organizações que não dão espaço ao olhar fremente dos jovens felinos que saem pela primeira vez da caverna - como poetizava Mário Quintana - erram duas vezes. Primeiro, porque demonstram falta de generosidade, e não estão abertas para ensinar novos navegadores a conduzir a nau. Segundo, porque correm o risco de envelhecer, embotadas em padrões que se esgotam por escassez de ousadia, da paixão, e do olhar de entusiasmo dos errantes marinheiros de primeira viagem. É preciso fazer a apologia do erro. Da contribuição fantástica, mágica de todos os erros - como dizia Oswald de Andrade. Quem não erra não aprende. Não faz. Entre a omissão dos que enterram os talentos e a audácia bem-vinda dos que se lançam a multiplicá-los, fiquemos com o legado dos audaciosos. Esses, sim, são empreendedores que dão início ao esboço de um futuro de traços dinâmicos e belos. Que o Brasil, jovem país, dê espaço a esses gigantes em potencial. E que eles possam perceber sua importância e sua responsabilidade. Até porque o futuro começa a ser desenhado agora. Futuro que é obra de fôlego assinada, sem sombra de dúvida, pela potencialidade da juventude.
Publicado no jornal Vale Paraibano
A juventude é uma espécie de agente de turismo que vende a ideia de que vale a pena se deslumbrar com o encantamento das viagens mágicas da nossa ignorância. E de brinde, no pacote da viagem, ganhamos a certeza de que possuímos o poder eterno de fazer tudo acontecer, e que tudo é para sempre.
As horas passam, os dias passam, os anos passam, minha juventude passa e meu amor por você ainda persiste em continua. Por quê?
Nossa juventude foi linda
os melhores momentos de nossas vidas foi o colégio
os micos, os trabalhos, as pesquisas, as brigas, as intrigas, as paixões vividas e não sentidas,
as recuperações e aprovações
a cada instante podemos estar longe, mais ligados na saudade
desses velhos presentes tempos
não vivemos mais desse lindo passado, se foi , já passou
mais lembraremos de cada um com carinho e afeto
dos íntimos e tímidos
dos simpáticos aos antipáticos
até das outras turmas que nos acompanhavam em nossas divertidas bagunças..
como já falei, ninguém vai entender
não é frescura , é amor
não é passageiro, é eterno
É REAL !
Minha voz é silêncio,
meu sistema de plenitude,
Minha voz é calada,
por minha juventude.
Minha voz é só,
falando ao meu eu.
Minha voz sou eu,
dizendo quem sou eu.
Trocar minha experiência de vida pela juventude? Claro, se depois eu pudesse voltar a usar o cérebro, eu não veria problema nenhum...