Rimas curtas de Amor

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A vida é um campo de urtigas onde a única rosa é o amor.

O amor e o desejo são as asas do espírito das grandes façanhas.

O amor é um não sei quê, que surge de não sei donde e acaba não sei como.

Só pelo amor o homem se realiza plenamente.

O amor é uma fonte inesgotável de reflexão, profunda como a eternidade, alta como o céu, vasta como o universo.

Amamos as nossas mães quase sem o saber e só nos damos conta da profundidade das raízes desse amor no momento da derradeira separação.

O amor é cego, a amizade fecha os olhos.

Não peca quem peca por amor.

O mais irritante no amor é que se trata do tipo de crime que exige um cúmplice.

O segredo do amor é maior do que o segredo da morte.

A ausência só mata o amor quando ele já está doente na data da partida.

O ódio, tal como o amor, alimenta-se com as menores coisas, tudo lhe cai bem. Assim como a pessoa amada não pode fazer nenhum mal, a pessoa odiada não pode fazer nenhum bem.

O importante não é o que se dá, mas o amor com que se dá.

O amor é a sabedoria dos loucos e a loucura dos sábios.

O amor sem esperança não tem outro refúgio senão a morte.

O amor é a asa veloz que Deus deu à alma para que ela voe até o céu.

O verbo no infinito

Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...

Vinicius de Moraes
Livro de sonetos

O amor é a força mais abstrata, e também a mais potente que há no mundo.

Mahatma Gandhi

Nota: Possível tradução livre de um outro pensamento.

Quanto mais amor temos, tanto mais fácil fazemos a nossa passagem pelo mundo.

Um amor, uma carreira, uma revolução: outras tantas coisas que se começam sem saber como acabarão.

Jean-Paul Sartre

Nota: citado em "Psicocronicando", Emílio Figueira, Clube de Autores, 2007