Rima de Amor
Amo cada página turbulenta que reescrevemos para chegar até aqui. Porque, na verdade, a melhor parte de uma história de amor é não ter fim. É conseguir continuar a escrevê-la.
Ele é legal. Eu me importo com ele. A gente só quer coisas diferentes na vida.
Eu sou uma acumuladora de relacionamentos que começam e terminam e não significam nada.
Eu não acredito em relacionamento. Eu acho lindo: pros meus amigos, sabe?
Se alguém lê os poemas preferidos pra mim no primeiro encontro, eu mudo de país pra nunca mais ter que encontrar essa pessoa.
Eu acho lindo que você fique feliz com pouco, mas outras pessoas às vezes precisam de mais.
Ele diz que prefere Malbec a Cabernet Sauvignon and eu finjo que entendi. Ele dorme do lado direito da cama e faz conchinha por cinco minutos pra embalar meu sono. Depois se vira com cuidado para eu não acordar. Ele me apresenta Paulo Mendes Campos e eu tento convencer ele de que a Taylor Swift é a maior compositora viva.
Não existe sequência de quatro palavras mais ridícula do que “amor da minha vida”.
Eu não me sinto mais como se eu estivesse quebrada. Eu me sinto amada. E inteira.
Essa sou eu agora. Me achando interessante de verdade pela primeira vez na vida.
O maior erro das pessoas é achar que o segredo da felicidade tá em fugir da rotina. O segredo da felicidade tá em ter uma rotina que você ame cada detalhe.
A gente não escolhe as histórias de amor que a gente vai viver. Elas aparecem.
O que é o amor?
Uma combinação de algoritmos?
Uma criptografia biológica avançada?
Uma invenção social? Uma narrativa?
Mesmo com túneis escuros quase intermináveis, há uma luz no fim. Uma luz na escuridão. Era isso que os filmes eram pra mim.
O mundo fora dos filmes sempre foi difícil e pesado. Sem enredos bem trabalhados e sem falas comoventes.