Revolução
Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução.
Nota: Trecho de Link
A revolução vitoriosa num país tem por tarefa desenvolver e sustentar a revolução nos outros países.
As revoluções duram semanas, anos; depois, durante dezenas e centenas de anos, adora-se, como algo de sagrado, esse espírito de mediocridade que as suscitou.
Os espíritos de primeira ordem, que produzem as revoluções, desaparecem; os espíritos de segunda ordem, que tiram proveito delas, permanecem.
Parece que todas as revoluções terminam com o culto à personalidade – mesmo os chineses parecem precisar de um grande-pai. Penso que isto ocorre em Cuba também, com Che e Fidel...Na tradição do comunismo ocidental, teríamos que criar uma imaginação dos próprios trabalhadores serem para si mesmo a figura do grande-líder.
É um argumento dos aristocratas, esse dos crimes que uma revolução implica. Eles esquecem-se sempre dos que se cometiam em silêncio antes da revolução.
A revolução, se quiser resistir, deve permanecer revolução. Se se transforma em governo, já está falida... Os lugares que deixaram de ter uma revolução permanente recuperaram a tirania.
Para mim, uma revolução é uma espécie de mudança envolvendo certo tipo de reconstrução dos compromissos de grupo. Mas não necessita ser uma grande mudança, nem precisa parecer revolucionária para os pesquisadores que não participam da comunidade – comunidade composta talvez de menos de vinte e cinco pessoas.