Revolta
Por maior que seja minha raiva e minha revolta, Deus sempre arruma um jeito de me mostrar que as coisas podem ser diferentes.
É inutil esbravejar, gritar, se revoltar com o mundo. Se tem uma coisa que temos que aprender, é que quando não estamos contentes com algo, temos que mudar. A mudança ocorre a partir de nós. Tem pessoas que passam a vida pedindo uma benção, mas não fazem nada para alcançá-la, a benção não bate sozinha na tua porta, você tem que se levantar e lutar por ela, ficar ai parado, sentado, reclamando, não vai te levar a nenhum lugar. (Priscilla Rodighiero)
“Pseudo - Corpo”
A real apaixonada
A garota revoltada
O romântico sonhador
Três almas. Um corpo.
Três corpos. Um só pensamento.
Relatos de sentimentos.
Situações reais vividas de vários modos.
Realidade e paixão
Raiva e ilusão
Mente complexa fechada para o mundo e aberta para a dor.
Ah! A dor!
Destino de quem ama.
Dirá o decepcionado sonhador
Esqueça-me! Saia da minha vida.
Dirá quem se revolta e se precipita
Resolver mal entendidos. Dar explicações
Seguir novos caminhos. Esquecer o coração
Dirá a realista que já pôs os pés no chão.
Esgota
I
Foi-se a era de interjeições bombásticas, rejeitadas de revolta, complacentes de perdão. Foi-se o freio brusco de surto torpe, insano, sem seio à sorte, sem delírio, sem unção.
Espíritos voláteis em almas são, agruras pélvicas caindo ao chão. Poções encharcadas de lirismo e abstinência, puros porcos de demência e decoro nas prisões.Solte a algema, alma ingênua que incendeia o cemitério de ilusões.
Pega fogo na areia, áridos raios, não que creia, pulsos secos de dragões. E depõe teu crime pálido – cálido de sublime – sedimentado feito vime nas frestas secas de menções (dimensões).
II
Capciosas lágrimas me abalam frias no contorno lungebre dos teus ternos olhos... Tão secos. Descascam minha sutil efêmera realeza em ser simplesmente só, vento e corpo ungido de pó.
As abominadas vozes que abalam meu medo desejo repleto de mim, se mistificam perante minha dó do eu.
Eu fui apenas a plácida trêmula tristeza primitiva de agourar meu sossego.
Eu fui o tormento de me perceber no centro de eu mesma, quaresma presa nos braços azuis.
Eu fui a empírica luta de resguardar o sopro alucinado, de resguardar meus pródigos apelos por ti: apenas porque quis bem a mim.
III
Não sou digna de respaldar-me em teus assombrosos palcos de asno-em-pé. Não me reconforto nos céticos pleonasmos do teu querer insólito de moldes adormecidos de ti. Não ando na tua sintonia alegórica de me querer a teu tempo e gosto, desgostosa do que acredito ao que impera o pleno rubor de mim.
Parece pancada
Teu anseio viril, vinil rabiscada
Parece indiferença
O teu abraço pertinente de penitência.
Parece rancoroso o meu bocejar pasmo por meu não importar-me contigo
Pois me deste o abrigo para as frias noites que encontrei em ti
Em tua não presença
De simplesmente não poder estar.
Me deste o sonho libertino, estupefata, recobrindo o solo mendigoso mastigado de mágoas no qual me redescobri
Para simplesmente estar ali...
Pena que eu me vi
Pena que não mais me pude te mentir.
IV
A exposta bosta me desgosta das respostas de algodão.
Me esgota
Meu Esôfago
Se esgoto
Se desbota
Corroí-se à púrpura do chão.
Inda bem que não
Quem dera-me as portas (porcas)
Fossem (Tossem) feito inspiração.
“Não devemos nos revoltar com uma possível falta de sorte numa ocasião, até com blasfêmias, e esquecermos tantas outras passagens felizes no decorrer desta nossa existência neste mundo, pois aqui somos apenas coadjuvantes onde o Diretor desta dramaturgia da vida é quem determina o grau de nosso aperfeiçoamento, e entre o começo e o final desta universidade, somente Ele tem a resposta, mas com certeza, qualquer escolha que Ele determinar será sempre à favor de nossa emancipação espiritual.”
TRANSLÚCIDA
Lágrima
Desce célere
Como um títere
Bélico.
Íntima
Revolta póstuma
De um esforço máximo,
Titânico.
Fátima,
Pode ser vítima
E Maria a última
Afrodisíaca.
Tétrica
Tentativa do décimo
Soluço de Eurídice,
Lúbrico.
Vértice,
Num eterno ósculo,
Intenso e místico,
Melódico.
Lástima,
Que dareis em dístico
Ao meu pranto satírico?
Fétida!
Música,
Aos ouvidos, mítica;
No Coração, apoteótica,
Ágape.
("Translúcida": http://wp.me/pwUpj-Jr)
" Eu me revolto com essa sociedade, serio mesmo. Eles nunca sabem o que querem, se você muda eles reclamam, eles vem que aquelas frases clichê " Você não era assim! Nossa como você ta diferente, porque mudou tanto?! Ai, você anda tão fria e ignorante!" Mas sabe porque elas dizem isso? Porque tudo que elas mais quer é que você volte a ser aquela menina boba, inocente, só pra eles terem o gostinho de pisar, de massacrar, de dizer que ama e pois ir em bora. É assim, é sempre assim! Por isso, seja quem quiser ser, afinal ninguém vai pagar suas contas por você, e nem lutar pelos sonhos que são seus.”
Não ser revoltado é o primeiro ensinamento para ter uma vida sadia, também não sentir insatisfação e ter uma vida o mais independente possível.
Ah! Vento meu não sejas como as ondas
Revoltada pela ressaca da vida!
Sejas a brisa que acalenta
As saudades alheias;
Revolta Particular
E eu que já tenho as mãos encharcadas de sangue,
sinto já exausto de lutar a socos com as pedras
Não quero tampouco cansar minha voz e pensamento
para tentar mudar o que nunca muda, o que a ninguém importa...
A indiferença é uma dor e uma benção! E
dela também se alimentará o rebelde vencido,
o cidadão diligente e quiçá o descrente convicto.
"Eu sou: ora brisa suave, ora ventania balançando as roupas no varal; ora vento revoltado, furacão, tornado maldito que destroça e causa o mal. Mas quando me aquieto serena e plácida sou apenas alguém que busca compreender as nuances da sua alma"
Se revolte contra tudo e contra todos, até contra você mesmo e faça isso o mais rápido possível enquanto há tempo. Se não se revoltar agora, vai passar o resto da sua existência no mesmo lugar e com a mesmo porcaria de vida.
Aqueles que por choques e revoltas mantemos indiferença, serão os que mais farão falta pelo resto de nossas vidas.
Por vários anos deixei esse medo me aprisionar da vida. Hoje, portanto, me torno livre pela revolta dessa parceria que hoje eu domino entre minha mente e minhas emoções. Direciono toda a minha raiva ao medo... o medo em mim entrará em extinção, isso é uma ordem daquele que age determinado.