Revolta
Não terminou porque
Não quero ir embora
O corpo é fechado
Mas a revolta encorpora
Se paro só paro
Porque eu sei que é a hora
Inspiração e rima
Na minha caixa de pandora
Aos pisoteados
Este não é o cânone da Revolta dos Malês amordaçada.
Nem as balas de janeiro nem as bombas do Império.
Quem fez o ódio extinto e a úlcera fechada?
De falsidade acomodada, perecendo em vitupério.
A luz da Verdade duvidosa em tempos sombrios
Porque a lâmpada do entendimento se esconde
Debaixo do Horizonte escravocrata de sonhos tão vazios.
O vil interesse e sede inimiga do pérfido dinheiro a tudo obriga, Costa de ouro, marfim e almas aprisionadas.
Choraram Olorum, o Rio Volta, África, cativeiro
E toda a terra que o oprimido pisou nas Cortes afamadas.
O muro da iniquidade anda triunfante, cercaram a Justiça.
Diante dos nativos, nas artes bélicas o apito toca Tantos horrores, a disciplina militar, a força da cobiça
Do comandante devoto que medos invoca.
Em São Salvador, um ódio certo na alma ardia
Pacífico Licutã está no cativeiro, rogam resgate.
Chamem Luiza Mahin, a Rainha da Bahia, Pai Inácio, Luis Sanim e Calafate.
O sonho de liberdade, o grito de socorro na espada
Os revoltados inclinam-se para o som da guerra.
As mensagens em árabe da quituteira Mahin exalçada
Conspiram contra o Reinado de sangue e escravos da terra.
O resto vem depois. Pelas fazendas cobiçadas,
A obstinação feroz na Pátria gentil,
Os 4 dias sem descanso da tropa sem algemas e fardas.
O sonho de paz na nação mestiça nunca existiu.
O coração de Pai Inácio, velho e pensativo, ferido
Derrotado na batalha, a ferro, fogo e chicote ardido
Lavradores, pedreiros, sapateiros, alfaiates, barbeiros,
Na escravidão urbana, somos todos prisioneiros.
"Ao vento leve e a seta bem talhada, derrame
O sangue do infiel na terra" disse o padre infame,
A cabeça inclinada consentiu
O massacre do bando hostil.
Tão brandamente as lágrimas do firmamento Como quem o Céu tinha por amigo;
Sereno o ar e os tempos de fingimento
Sem nuvens, sem receio de perigo.
Na costa da Mina, um navio cantava triste cântico Quando o mar, descobrindo, lhe mostrava
O cemitério de cativos no Atlântico.
Senhor ilustre dos Engenhos
De uma terra sem Lei para almas africanas, das armas que trazia, das naus de lenhos.
O doce açúcar no amargo de vidas humanas.
Nem sou da terra, nem da geração
Dos reis de cadáveres da Europa belicosa de mísera sorte e estranha condição.
Ninguém nasce pessimista, negativo, revoltado. A vida deixa algumas pessoas assim por causa da dor e do sofrimento. Então da próxima vez que reclamar do mau humor de alguém lembre que não se sabe as dores e marcas presentes na alma daquela pessoa
Se o vento é de proa,não desanime vire o rumo da vela, se a navegação é em mar revolto,apoite. Melhor ancorado que navegar a escuras. Ivens@breu
Adoro sorrisos
soltos,
adoro brilho
no olhar,
Esquecer
o que passou,
o mar revolto
E derrepente
voltar a amar.
Não perca a fé, por mais difícil que seja a travessia.
Há dias que o mar está revolto
Mas virão dias de calmaria.
Ante a maldade alheia...
Não te revoltes...
Não envenene teu coração...
Se não puderes fazer nada...
Ajude com tua oração.
Ivânia D.Farias
Bom mesmo é gente que transborda
É loucura e sensatez
É mar revolto e calmaria
É maré alta
Gente que não precisa ter razão
Que não precisa ter
Que só precisa estar
Que é tempestade
Que é saudade
Sol no deserto
Frio polar
Que não precisa concorrer
Sequer correr para viver
Bom mesmo é gente que chega e preenche
Que não espera aplauso, agradecimento ou autorização
Que muitas vezes faz coisas sem razão por pura emoção
E da rotina só se for o hábito de acordar feliz todo o dia
Bom mesmo é olhar para alguém gigante, que faz a gente parecer mero figurante nesse filme da vida.
Hoje eu estou tão revoltada com a situação que se o diabo me disser uma gracinha eu mando ele pro inferno! 😂😂😂😂 (22/12/2020)
As massas nunca se revoltam por conta própria e nunca se revoltam apenas porque são oprimidas. De fato, desde que não lhes seja permitido ter padrões de comparação, elas nem sequer se tornam conscientes de que são oprimidas.
Mesmo se o mar se revoltar
E a tempestade me alcançar,
Mesmo que as ondas se levantem contra mim,
Em meu Mestre eu confio, eu sei que este não é o fim
A OBSOLESCÊNCIA DO HOMEM
′′Para sufocar antecipadamente qualquer revolta, não é necessário agir de forma violenta. Métodos arcaicos como os de Hitler estão claramente ultrapassados.
Basta criar um condicionamento coletivo tão poderoso que a própria ideia de revolta já nem virá à mente dos homens. O ideal seria formatar os indivíduos desde o nascimento limitando suas habilidades biológicas inatas...
Em seguida, o acondicionamento continuará reduzindo drasticamente o nível e a qualidade da educação, reduzindo-a para uma forma de inserção profissional.
Um indivíduo inculto tem apenas um horizonte de pensamento limitado e quanto mais seu pensamento está limitado a preocupações materiais, medíocres, menos ele pode se revoltar.
É necessário que o acesso ao conhecimento se torne cada vez mais difícil e elitista..... que o fosso se cave entre o povo e a ciência, que a informação dirigida ao público em geral seja anestesiada de conteúdo subversivo. Especialmente sem incentivar ou permitir os ensinamentos de filosofia...
Mais uma vez, há que usar persuasão e não violência direta: transmitir-se-á maciçamente, através da televisão, entretenimento imbecil, bajulando sempre o emocional, o instintivo.
Vamos ocupar as mentes com o que é fútil e lúdico. Estimular conversa fiada e música incessante, evitar que a mente se interrogue, pense, reflita...
Vamos colocar a sexualidade na primeira fila dos interesses humanos. Como anestesia social, não há nada melhor.
Geralmente, vamos banir a seriedade da existência, transformar em escárnio tudo o que tem um valor elevado, manter uma constante apologia à leveza; de modo que a euforia da publicidade e do consumo se tornem o padrão da felicidade humana e o modelo da liberdade.
Assim, o condicionamento produzirá tal integração, que o único medo (que será necessário manter) será o de ser excluído do sistema e, portanto, de não poder mais acessar as condições materiais necessárias para esse modelo particular de felicidade.
O homem em massa, assim produzido, deve ser tratado como o que é: um produto, um bezerro, e deve ser vigiado como deve ser um rebanho. Tudo o que permite adormecer sua lucidez e sua mente crítica deve ser estimulado, enquanto tudo o que ameaçar despertá-la deve ser combatido, ridicularizado, sufocado...
Qualquer doutrina que questione e coloque esse sistema em risco deve ser designada como subversiva e terrorista e, em seguida, aqueles que a apoiam devem ser tratados como tal ′′
Tantas vezes eu fui o mar , em calmaria... hoje não sou mais .. sou mar revolto , ressaca , vendaval de pensamentos , sentimentos , caos interior. Tantas vezes eu fui teu mar , amar .. Tantas vezes fui teu porto seguro . Hoje sou apenas solidão do porto vazio .. mar quebrando na praia , em choro .. desaguando .. solidão em prosa e rima , poesia , poema triste , vida vazia ...
Quando o Cupido é falso e atira a sua flecha,
chora-se o amor que não se tem
e vive-se a revolta de ser ferido.
Como num mar revolto, o terapeuta precisa saber nadar, mergulhar, respirar, numa posição peculiar de quem entra em cena para cuidar de alguém se afoga, sem poder no entanto, salvá-lo ou nadar por ele.
Mar...
Água de cores vivas, oscilante entre movimentos constantes, outros revoltos, mas sempre envolto de uma suprema magia sob a forma de ondas.