Retratos
ENTRE RIOS
Vivo a vida a caminhar,
vejo os rios da cidade,
muitas pontes coloridas,
retratos da mocidade.
Ando muito apressado,
mas, quando olho pro lado,
me encanto com a beldade.
"Retratos do Coração"
O amor é um quadro ainda em branco
Com traços de esperança e felicidade
Mas as vezes a saudade vem tão rápido
Como uma tempestade de tristeza e mágoa.
As linhas se misturam em confusão
O retrato se deforma na solidão
E a decepção e o arrependimento tomam conta
Como sombras que obscurecem a paixão.
Mas a arte da superação é forte
E os pincéis da vida pintam de novo
Retratos novos de amor e renovação
Que restauram a beleza da emoção.
E mesmo à distância, a saudade é real
Mas a arte do amor é mais forte ainda
E assim, com cada pincelada, a vida vai retratando
O amor verdadeiro, eterno e sempre presente.
RETRATOS DA PANDEMIA:
Faz muito tempo que não dobro a esquina
Faz muito tempo que não cheiro gasolina
Faz muito tempo que o tempo do meu tempo me deixou fora do tempo não tem tempo nem pra mim.
►Bem Cedinho
Sonhei acordado nesta viagem
Não vi paisagens, muito menos retratos
Tudo o que ouvi foi o soprar do vento,
Da mata ao relento, minha blusa aos espasmos.
.
Nesta viagem, que bem cedinho me acordou
Me leva para longe, aonde não há amor
Não sei ao certo onde vou,
Só sei que não ouvi pássaros, não vi paz
Vi apenas lágrimas e dor.
.
Passei dos montes, dos rios e orvalhos
Vi casas aos montes, vi alguns pobres operários
Lá no pico vi mato, eu vi cercas e arames farpados
Deparei-me com alguns, três ou quatro vigários
Confesso, até, que fiquei um pouco assustado.
.
Bem ao fim da serra vi uma nascente
Que em pedras bate, se descansa levemente
E ao fim da tarde, ao voltar
Nada vi ou ouvi no caminho
Apenas deitei-me na grama, voltando a sonhar.
Dente-de-leão
Veio passear no meu jardim
Gostou e ficou
Lembras meus retratos,
Já esteve presente em pinturas…
Será coincidência?
Cansou de flutuar nas canções
Será que teve um começo?
Mas não houve meio
e chegou ao fim.
As nossas escolhas são retratos, registros, reflexos do que há em nossa alma. Quem escolhe o mal é porque não acredita no bem. Mesmo que diga que acredita, o desacreditar já está impregnado em sua alma, pois perdeu a pureza.
Retratos de um Poeta
O Poeta imagina o que não sabe.
E quando sabe ,nem ele mesmo sabe que está imaginando.
Retrata o que não vê.
O poeta maquina uma ilusão nunca vista ou vivida.
De repente os retratos reais e metafóricos começam e mostrar suas virtudes e seus defeitos.
Lembranças conexas e desconexas se perdem em seus retratos.
Os Retratos de sua alma inspiradora vão tomando suas formas.
Alguns são retratos demasiados e vem de cenas que não existem,
Ou de filmes que não passaram nem no cinema e nem na televisão.
As histórias se criam ser ter passado pelos filtros da emoção.
Seus retratos são pintados sem tintas e sem pinceis.
Ele sente que algo faz fechar seus olhos e sem ele esperar o poema ja se retratou.
Esse modo de retratar as coisas pertence só a mente de quem é poeta e ele, não precisa do retrato para saber como sua mente inspirou,
Apenas imaginou sem perceber,
E foi assim que esse poema
Se formou....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Anseio revelar, luzes do meu coração
colocar os retratos em suas devidas molduras
e apreciá-los como relíquias adquiridas no tempo
tesouros imensuráveis, testamentos
mas não pode haver solidão
onde o coração planeja entrar
seguir feito rio
marinar
solidão, não
até a saudade é feitio de vida
ainda mais quando a perdida
é a razão...
"" Somos todos retratos
e o vento passando
somos todos tão poucos
loucos por fantasias
sem ironias
somos os pecados querendo acontecer...
"" Pude perceber os medos,
retratos de uma viagem sem volta
pude contar segredos
sem aquela euforia do pode ser
diante da impossibilidade de ver o céu
tomei banho de chuva
a alma purificou-se tal qual o mato após a tempestade
tomei coragem, saltei
como ave rompi horizontes
como o vento varri tristezas
e hoje tudo que quero é paz
e um pouco de amor também...
Não sei se falo outra língua ou se ninguém me intende
Só sei que é sempre assim..
Retratos de um novo tempo,
Fotografia e momento e o fogo não à queimou..
O que canto em abundância
são retratos de saudade...
És a flor da minha infância
E um cartão de identidade.
I
Nas passagens do rossio
o colorido do ervado,
velhas eiras, algum gado
e cem anos de pousio...
Na riqueza do teu brio
eu vivi sem importância,
sem o vício da ganância,
no carinho do teu leito,
é sincero e por direito
o que canto em abundância.
Ii
Para sempre a minha escola,
o meu teste de memória,
professora dona Vitória
e mil sonhos na sacola...
Sua imagem me consola
num padrão de eternidade,
vi em ti a liberdade,
muita força e muito medo,
e as promessas dum brinquedo
São retratos de saudade.
III
Aquela imensa multidão,
as promessas arrojadas,
com pessoas encantadas
oferecendo a exaustão...
Boa-Nova e devoção
demonstrados na constância,
o teu povo em abundância
vê passar mais um petiz,
mas que hoje ainda diz:
És a flor da minha infância.
IV
És a página mais amena
no meu livro desfolhado,
o sentimento emocionado,
a nostalgia que me acena...
Neste abraço para Terena
há carinho e amizade,
e aquela fraternidade
que eu guardo de criança...
foste tu a minha esperança
e um cartão de identidade.
Não há nada de especial para ver ao olhar para mim. Sou um pintor que pinta dia após dia, de manhã até a noite – retratando figuras e paisagens, mais raramente retratos.
Infelizmente no universo curatorial, ambiente dos curadores das artes plasticas e visuais no Brasil, dentro dos hemisférios públicos e privados são regidos por equívocos direcionando para um verdadeiro desastre conceitual com diversas criticas infantis e impregnadas de uma falta de conhecimento que distanciam se em muito da tradicional acadêmica apreciação da arte, da distinção clássica da técnica e do reconhecimento atemporal de valor da verdadeira obra de arte.Um exemplo claro disto aparece quando os ditos curadores atuais, assistentes e museólogos referem se ao tema da obra de gênero, da pintura da anatomia, da figura humana ou animal, ditando erradamente que estas obras são simplesmente, retratos.Conotando assim um menor valor e inespecificidade.Um erro gigantesco nacional brasileiro, afinal para todo o universo das artes no mundo inteiro, que não seja manipulado por nocivas opiniões mercadológicas de alguns ditos tubarões, as visões, valores e reconhecimentos são diferentes.
A exemplo disto temos o Retrato do Dr. Gachet, de Van Gogh que foi vendido a alguns anos passados por US$ 82,5 milhões. A Gioconda ou a Mona Lisa como um dos retratos mais emblemáticos da história da pintura, de Leonardo da Vinci e os retratos realistas de Lucian Freud (1922-2011) que chegou ao fim da vida, neste seculo XXI com rótulos: de artista vivo mais caro da história, com uma tela arrematada por mais de U$ 30 milhões em 2008 no mercado de arte internacional mas isto aqui no Brasil não vale nada, são obras sem valor, são simples retratos.
Herança
Procuro-te por toda parte sem ti não sei
viver.
Sinto que o frio da saudade começa a me
envolver.
Os retratos e recados, já não os quero
ver mais, em nada me aliviam e ainda
aumentam a dor e a aflição da tua ausência,
a cada minuto que passa.
Tenho eu o pressentimento que voltar não
voltas mais.
E deixas-me como herança,o teu rosto em mim
gravado bem embaixo do coração,de forma que
te esquecer eu não possa,
e apagar-te, ai então............
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Um povo trabalhador oprimido com menos crença e poucas esperanças nas mudanças do por vir, acordam extremamente barulhentos nas segundas feiras e recolhem se silenciosos e tristes nos finais de semana;