Retratos
Se queres saber de mim
Não olhes os meus retratos
Julgando saber-me assim.
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Se queres saber quem sou
Não busques nas minhas respostas
Quando perguntas onde vou.
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Se queres saber quem é
Esta que te sorri
Não olhes para a mulher.
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Que não me saberás pelo sorriso
Não me conhecerás pelas respostas
Meus retratos são imprecisos
A cada dia traço novas rotas.
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Se queres porventura, um dia
Entender deste coração
Olha meus olhos primeiro:
É neles que mora a poesia
Que me explica dia após dia
E me mostra por inteiro.
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Se queres saber-me de facto
Recomendo-te menos cuidado
Muito carinho, pouca fala
Mais riso e tato, muito tato
Os porta-retratos estão vazios até hoje. Talvez tenha sido minha maneira inconsciente de marcar a sua ausência aqui fora como ela significava aqui dentro. O painel de fotos também está sem fotos – suas, minhas, ou de quem quer que seja. Eu tirei porque estava cansada delas. Porque ficaram buracos quando tirei as nossas fotos. E também porque a minha vida não seria mais a mesma sem você.
O estranho é que até hoje eu não sei o que é a minha vida sem você. Ela continuou, e eu não estou triste já faz um bom tempo, mas ainda não encontrei as fotos para os porta-retratos e os painéis. E olha que tenho muitas fotos novas, além das antigas, você sabe que eu adoro fotos. Eu não sou mais a mesma, é verdade, mas ainda não sei o que me tornei.
Eu não vi mais o seu painel de fotos ou os seus porta-retratos. Eles se foram com você. Mas posso arriscar dizer que não estão vazios como os meus. Você arrumou eles de novo, assim como arrumou a sua vida. Você cresceu. Foi o que eu senti da última vez que ouvi sua voz e você me contou como estava tudo. Você estava tranqüilo, como fica quando está bem. Cansado, mas feliz. O mesmo, mas outra pessoa.
Às vezes eu fico pensando sobre o que de mim ficou em você. Eu imagino que não sejam buracos em painéis de fotos nem porta-retratos. E também sei que não provoquei raiva a ponto de você jogar fora as cartas e as outras lembranças. Então o que eu me tornei pra você? Um equívoco? Uma lembrança simpática com a qual você não se identifica mais? Ou será que consegui me inscrever de maneira definitiva na sua história, de forma que você não quer nem conseguiria apagar, como você na minha?
A minha casa continua de pernas pro ar, como a minha vida. Como se eu tivesse começado alguma coisa e parado no meio de caminho, e eu realmente parei. Sem saber por onde seguir, eu fui andando a esmo e evitando todos os espelhos que encontrei. E agora eu tenho muito medo de olhar. E de seguir em frente.
Mas você me diz que as coisas vão ficar bem, e eu acredito. Agora só falta acreditar em mim.
As coisas mudaram
As nossas faces estão envelhecendo, mas nos antigos retratos tão jovens, vivendo um amor imediato, apenas recordações daquele antigo retrato...
O céu azul, o gramado verde, nós dois caminhando como se não houvesse mais nada ali...
Dias perfeitos de curtas férias de verão...
Dias perfeitos, hoje perdidos entre lembranças de uma antiga jovem ainda apaixonada.
O bilhete suicida
Deixei um bilhete na cômoda já vazia
Guardei os retratos e toda lembrança
“Não somos eternos” alguém me dizia
Jaziam temores, amores de criança.
Não mato o corpo, mas a alma serena.
Deixei de sentir aquele torpor
Já não sou a mesma de face pequena
Sofri nas correntes e rios de amor.
Deixem-me assim, ao ser esquecida.
Digam a todos que apenas sumi
Não quero bancar a suicida
Foi de me despedir que esqueci.
Mamãe vestida de rendas
Tocava piano no caos.
Uma noite abriu as asas
Cansada de tanto som,
Equilibrou-se no azul,
De tonta não mais olhou
Para mim, para ninguém!
Cai no álbum de retratos.
Minha alma é um galho seco, de tempos em tempos se renova, revive, revigora, e eu? eu trago em mim todas as dores que ninguém pode enxergar, as cores que só eu conheço e as lembranças que cada estação deixa nesses meus galhos.
Hoje eu me peguei pensando em você
Te amo e nem sei como eu amo
(Coisas do amor)
Quero não lembrar
E às vezes sem querer
Me apanho falando em você
Voa, feito mágica, desembaraço...vejo imagens, retratos...guardo em mim momentos...enquanto o tempo espalha meus cabelos, jogo ao vento.
Levava sempre dentro da bolsa vários retratos tirados junto as pessoas com as quais se relacionará . Seja contatos íntimos , cordiais ou trabalhistas. Sentia-se importante sempre que via as fotografias , era como se ela pudesse voltar naquele exato instante , trazer a tona tantos sentimentos . As imagens a deixavam reflexiva, por alguns instantes , mesmo curto , aquelas pessoas retratadas estiveram próximas a ela . Nostalgia revelada ...
Retratos em preto e branco
Agora vivo minha vida livre de todo peso que já carreguei e digo adeus a estrada que um dia me perdi, digo adeus também para todas péssimas lembranças que já vivi um dia, que todas as lagrimas choradas e toda dor sentida que vá embora com um vento ruim que devasta almas e que arrasa corações .Minha felicidade está em mim, agora sou eu quem escrevo minha própria historia, sou quem componho minha própria trilha sonora, sou eu quem comanda minha própria vida, pela primeira vez ergo minha cabeça e sorrio verdadeiramente .
Por isso sigo em frente e cada dia que passa procuro me tornar uma pessoa melhor e ver que realmente precisei passar por essa dor talvez quem saiba para abrir os meus olhos e minha alma para me livrar do que me fazia mal...
Sempre vivi ao simples: nada de retratos falados, paisagens bem elaboradas. Gostava mesmo era de fazer círculos, mesmo que não muito simétricos, e dali imaginar inúmeras coisas, como uma simples bolha de sabão.
perdida no passado,atraida por retratos
me perco entre os lacos do futuro q naum eh
busco la,a certeza q naum sei...
o qse incontestavel da distancia,da saudade
uma busca incansavel do olhar q ja naum tem
o vazio q chega no irverno,
permanece em td ser,no suor da mao
sem lembracas a esquecer
aproximando as mentes frias
q naum sofrem por qrer
a saudade escurece o coracao do sorriso mais feliz
Das Palavras aos retratos
A desconstrução da mente humana,
A mudança de polaridades, os retratos, a partir de palavras.
Embroderies de memórias,
visão necessidades diárias on-line,
amenidades sensível.
Daily margaridas marcando seus caminhos,
saudade Fur moradores abrigo, hélices Strange,
Pilares que sustentam a sua presença conhecida
Para os pares venerável,
Tossindo acima dos mares
Como a brisa mantém a sua facilidade de meditação.
A liberação de todo o mundo,
A re-deslocamento do foco na inter-estar
E a realização do nada
Através dos véus do silêncio sagrado.
Tá na hora de apagar os seus retratos e também o que guardei no coração.
Tá na hora de afogar os sentimentos
Tá na hora de viver pela razão.
SUCESSÃO
Depois que eu voltar
de dentro das molduras
apago os meus retratos
invento outras figuras
convoco os meus fantasmas
convido mil demônios
e dou posse a todos eles
no governo dos neurônios.
Entre cifras e partituras jogadas na minha mesa
canetas e retratos espalhados, um copo de nescau gelado
a caixa de som com um chiado estranho
musicas não escolhidas
Creio que é dai que surgem minhas poesias
no quarto escuro a luz do computador reflete azul
no brilho negro dos meus olhos
suspiro descontente na amarrotada madrugada social
buscando uma solução para
as razões confusas da minha mente
no descaminhar da tragetória incerta da vida.
Onde estão minhas folhas em branco?
Quero escrever uma poesia...
Hoje abri aquela caixinha onde guardo os meus segredos. Meus porta-retratos, minhas cartas, minhas angústias. Fazia tempo que não a visitava. Eu não queria mais sofrer. Não queria despertar algo que eu venho tentando dopar para ter controle. Todas as vezes em que abro aquela caixa, eu acabo ficando sem coração. Desde que a gente não se vê, foi o único lugar que ele encontrou para continuar a pulsar. Sobrevivendo das suas lembranças... Das nossas. Tenho razão de sentir saudades. Eu não te vejo, mas imagino suas expressões, sua voz, seu cheiro. Faz tanto tempo que não encontro o seu olhar, mas não o suficiente para me fazer esquecer, nem apagar da memória, nem perder a nitidez das minhas lembranças. Passei muitas madrugadas te procurando nos sonhos, implorando a Deus para estar contigo nem que fosse no subconsciente. E aí tive a sorte de sonhar com você. Você estava alí, com aquele mesmo sorriso de quando a gente se conheceu. Me deu a mão e prometeu não me abandonar. Você me abraçava, me fazia um carinho bom, e eu escutava o que realmente eu precisava naquele momento: eu te amo, e nunca mais vou ficar longe de você [..] Uma vez li em algum lugar: ' Trancar o dedo numa porta dói. Assim como bater o queixo no chão. Dói morder a língua, dói sentir cólica, torcer o tornozelo. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói cair, dói apanhar, mas o que dói mesmo é a saudade. ' E essa meus amigos, é a pior dor que tem. Então eu volto no tempo e (re)lembro de todas as nossas brincadeiras. Nossas risadas inoscentes, conversas jogadas fora. Sonhos, medos, costumes, passeios, manias. De como a gente era feliz sem saber o que o futuro reservava [...] As pessoas entram e saem da minha vida, me fazem bem ou me aliviam por algum tempo. Mas ninguém consegue tomar o SEU lugar. Ao menos chegar perto do que você significa. O amor que eu tenho, não é por alguns meses, não dura por alguns anos, não tem validade e nem acaba por qualquer bobagem. É o amor mais puro, daqueles que a gente dá a vida pela outra pessoa. Confesso que, não tem sido nada fácil ficar longe de você, mas eu estou aqui, sobrevivendo, para te encontrar com o mesmo sorriso de quando a gente se conheceu. Para te abraçar, te fazer o melhor dos carinhos, e pra te dizer com todas as letras, algo incomparável a qualquer outra coisa que já falei. Talvez o sentimento mais lindo, o mais sincero, o mais paciente de todos: eu te amo, e nunca mais vou ficar longe de você.
É tempo de limpar gavetas. Desfazer lembranças. Reordenar os quadros. Repôr retratos. Renovar as esperanças. Ouvir música alta. Abrir a porta e a janela. Deixar o sol entrar e o amor, também.