Retórica
Retóricas II
"E quando a gente perde todo o controle que pensávamos ter da vida?
E quando as feridas parecem nunca parar de sangrar?
E quando não existe sutura capaz de impedir que elas se abram cada vez mais?
E quando pensamos que o mar está acalmando e as ondas quebram mais forte?
E quando a gente só se encontra no outro, mas o outro que está perdido dele mesmo?"
Iasmin Borges
“Oxalá os oximoros metafóricos e as dialéticas paradoxais não precisem ser explicadas para pessoas que usam corriqueiramente suas respectivas massas cinzentas.”
Entre suas dúvidas e minhas exclamações há um espaço vazio onde o inaldível dialoga com o indizível sobre as reticências da retórica.
“Discursos negligentes tergiversam ideias transformadoras; Transformadoras ideias são negligenciadas por discursos tergiversados.”
“Não há verossimilhança entre a teoria e a prática. Assim sendo, é-se assim: discursos eloquentes de mudanças carecem de mudanças eloquentes de discursos.”.
A beleza de longe brilha, de perto é cinza, quase desbotando. Seja bem vindo a realidade, construída de retóricas, apenas.
A arte de falar em público, pode ser desenvolvida por qualquer um que tenha o desejo de expressar-se assertivamente.
Cuidado para não achar que o pensar já é uma ação concreta. Seja na fala ou numa atitude. Pense para organizar as idéias mas, tenha como foco colocar o resultado em prática, para que não se perca no mundo das idéias sem ter a chance de ser compartilhado no mundo real.
Qualquer um pode desenvolver habilidades para falar a multidões. Poucos tem a sensibilidade para lidar com corações.
“Há inúmeros presos já condenados, que foram soltos sob o pretexto soez de se estar os protegendo do contágio pandêmico, por juízes que fazem do anticronismo o seu café da manhã diário e da hipocrisia, disfarçada de humanismo, a sua merenda vespertino cotidiana. Assim, tentam coonestar seus atos e decisões tão indefectíveis quanto seus próprios egos.”
“Está-se, ademais, a viver una difícil quadra constitucional. Contra os estratagemas urdidos pelo judiciário, sobretudo a Corte Maior, não há recursos cabíveis. Não àqueles que defendem o devido processo legal e o Estado democrático de Direito.”
“Quer fazer algo para não mudar nada nem alterar coisa alguma? Fácil... Marque uma reunião ou forme um comitê”.
ODISSEIA
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Personagem principal
É um espírito diferente
Pois descreve esta história
Com oratória fluente
Por meio da lógica e razão
Prevalecendo a emoção
Ao usar voz e sua mente!
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Ulisses é o personagem principal da obra, um herói pouco convencional que tenta solucionar os problemas através da lógica e da retórica, não através da violência. Apesar de todas as dificuldades, revela um espírito resiliente e nunca desiste de reencontrar a sua família."
Crescimento intelectual se dá através do exercício dialético e retórico para solidificar o autoconhecimento e a autoconfiança, a partir da cultura adquirida.
A violência física e moral é o instrumento dos fracos desprovidos de argumentos e oratória e que não sabem usar a retórica e que optam por atos covardes principalmente quando investidos em importantes cargos públicos, ou riquezas e abusam do poder usando a violência ou judicializando para calar seus críticos e tudo tem consequências e colhemos o que plantamos.
Aos conterrâneos brasileiros, ocasionalmente se apresentam "fatos" com uma função social análoga a da arena romana, conquanto, nada verossímil a eloquência de Górgias ou à retórica sofisticada de Protágoras.
A verdade que retóricas vazias, sem validação com a experiência e a prática, não inspiram lealdade !
Da mesma maneira que diferentes drogas extraem diferentes humores do corpo – algumas pondo fim à doença, outras à vida – as palavras tem efeitos similares: algumas causam dor, outras alegria, algumas causam medo, algumas incitam o público à ousadia, algumas entorpecem e enfeitiçam a alma com uma persuasão maligna.
Nenhuma luta se faz sem um preço a pagar.
A felicidade bate à porta de quem a persegue e luta por ela, nossos sonhos, desejos, objetivos não são e nunca serão alcançados com acomodação e displicência. Vivemos hoje a cultura do tudo fácil, tudo há mão, retrocedemos por tantas comodidades e facilidades, perdemos a capacidade de compreender que somente havendo empenho e luta daremos valor ao que for conquistado.
Ficamos frouxos e mal acostumados com tanta modernidade (não que não possa haver), são necessários ao desenvolvimento e a modernização, mas o que vemos é que se muda conceito, forma de expressão, cotidiano, enfim... toda uma forma de comportamento que vem sendo alterado ao longo dos anos. E no meu simples entender, para pior.
Vivemos hoje uma defasagem estrutural em todas as áreas da sociedade. Tempo de uma cultura fútil e sem conteúdo, linguagem pobre de significados e alterada conforme a situação exija. Muitas alterações descabidas e sem fundamento. Estamos numa sociedade que preza mais a aparência do que o conteúdo. A foto bonitinha vale mais do que é a realidade nua e crua, por que ela não pode ser mostrada.
A retórica midiática hoje é o que vale. A mídia comprometida em muitos casos em destruir o principal foco que é informar e ser isenta, e tendo como o objetivo principal destruir a verdade e criar narrativas falsas e imprecisas. Levando a opinião pública a cometer erros e julgamentos infundados.
Nenhuma luta se faz sem um preço a pagar, temos o bônus, mas com certeza o ônus também será sentido. O que não devemos jamais é temer a luta, por que o simples fato de estar vivo já é uma luta constante, Viver é estar em batalhas todos os dias de nossas vidas, seja pela sobrevivência, pela família, por situações criticas que todos passam, ou seja. A vida é uma luta constante e disto não temos como fugir.