Retalhos

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Minha vida é uma colcha de retalhos. Todos da mesma cor.

Se você não criticar suas ideias negativas, elas farão parte da colcha de retalhos da sua existência.

Te mando retalhos de amor.

Eu compreendo e aceito que a felicidade será sempre pequenos retalhos na colcha da vida.

Sou feita de retalhos.
Pedacinhos coloridos de cada vida que passa pela minha e que vou costurando na alma.
Nem sempre bonitos, nem sempre felizes, mas me acrescentam e me fazem ser quem eu sou.
Em cada encontro, em cada contato, vou ficando maior...
Em cada retalho, uma vida, uma lição, um carinho, uma saudade...
Que me tornam mais pessoa, mais humana, mais completa.

E penso que é assim mesmo que a vida se faz: de pedaços de outras gentes que vão se tornando parte da gente também.
E a melhor parte é que nunca estaremos prontos, finalizados...
Haverá sempre um retalho novo para adicionar a alma.

Portanto, obrigada a cada um de vocês, que fazem parte da minha vida e que me permitem engrandecer minha história com os retalhos deixados em mim. Que eu também possa deixar pedacinhos de mim pelos caminhos e que eles possam ser parte das suas histórias.

E que assim, de retalho em retalho, possamos nos tornar, um dia, um imenso bordado de "nós".

Cris Pizzimenti

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Cora Coralina. O texto foi publicado na página de Facebook "Uma pitada de encanto - by Cris Pizzimenti", em 10/06/2013.

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Por que me escondo tanto nelas? Ah palavras, vocês me servem como um cobertor de retalhos.

Colcha de retalhos...

Acho que minha vida é isso... ‘uma colcha de retalhos’, que quanto mais se desgasta menos bela é.
Eu sou feita de tantos retalhos e minhas ilusões são os remendos que fazem com que esses retalhos, pedacinhos de mim, permaneçam juntos. Mas os remendos estão se tornando cada vez mais gastos, o tecido apodrece cada vez mais depressa e a única coisa que consigo enxergar são os pedacinhos que vão se perdendo no caminho.
Hoje essa colcha já não me protege como antes, nem do frio, nem do medo, já não basta esconder a cabeça para que o sono venha, percebi que o mal que me assombra não é o que está fora, no escuro, mas sim o que se apodera do interior, e eu não tenho tido forças para reprimi-lo, é a inocência em confronto com a realidade, da qual não tenho como fugir.
E nesse ritmo vou perdendo, retalhos, alguns pedacinhos, e remendando outros, mas mo fim não é mas minha colcha, é apenas um pano velho costurado pela vida.

Às vezes eu me sinto uma colcha de retalhos...
Acho que são os retalhos de cada momento, unidos um a um, que formam a "colcha vida" da gente!
Ninguém se faz inteiro, somos pedacinhos daqui, pedacinhos dali, pedacinhos que foram e que serão...
Temos que transformar todos os dias os nossos cacos e retalhos em arte.
A vida nada mais é do que uma reciclagem diária!

Muitas vezes, tento lembrar-me dos retalhos de beleza que também vi naqueles tempos. Revolvo minha biblioteca de histórias.
Na verdade, estou pegando uma agora.
Creio que você já sabe metade dela e, se vier comigo, eu lhe mostro o resto. Mostro-lhe a segunda metade de uma menina que roubava livros.
Sem saber, ela aguarda inúmeras coisas a que aludi há pouco, mas também espera por você.
Está carregando neve para um porão, imagine só.
Punhados de neve congelada são capazes de fazer quase qualquer um sorrir, mas não nos podem fazer esquecer.

Lá vem ela.

Colcha de Retalhos

Vocês já reparam como a vida é feita de pequenos momentos? Alguns marcam, outros traumatizam, uns ensinam, mas a verdade absoluta sobre isso é que você não consegue excluir momentos, eles farão parte de sua vida, seja para o bem ou seja para o mal. E nem seria interessante excluí-los, afinal são eles que fazem de você o que você é hoje. Após cada experiência, você pegará o seu pedaço de pano e irá costurar em sua colcha de retalhos, goste ou não da experiência vivida.

"Entre cacos e retalhos, linhas e cortes finalmente consigo costurar minhas idéias e sentimentos com as mesmas agulhas que até ontem pareciam querer furar meu coração. Feche a ferida...Cicatrize a dor...Seque as lágrimas e aceite o amor."

A vida é mesmo uma colcha de retalhos. Somos todos diferentes, ainda bem! Ninguém pode costurar ou remendar a minha colcha, afinal a vida é minha! Então... devo costurá-la com retalhos coloridos, florais, cheio de estrelas, de mar, céu, sol... ah retalhos cheios de amigos... Ninguém deve se responsabilizar em remendar ou costurar a minha colcha. Se ela sair com a boniteza da vida é merecimento meu... mas também ao final se os retalhos não combinarem devo assumir a culpa, porque costurei da forma que vivi a vida...

COLCHA DE RETALHOS

Vivemos em tempos de edredons e cobertores sintéticos, mas há quem conheça a artesanal e antiga “colcha de retalhos”.
Para quem não sabe, a colcha de retalhos era pacientemente elaborada a partir do aproveitamento de pequenas sobras de tecidos, num tempo em que as roupas eram feitas quase que exclusivamente por habilidosas costureiras.
O tempo andava mais devagar e as mulheres ainda não trabalhavam fora de casa. Ocupavam-se com a criação dos filhos, com afazeres domésticos e nas horas vagas se esmeravam em produzir belas e trabalhosas artes manuais, entre elas a colcha de retalhos que ainda sobrevive em velhos baús de umas poucas e saudosas vovós. Uma espécie de museu particular, no mesmo lugar onde, talvez, guardem lembranças de sonhos perdidos no tempo.
A vida da gente se assemelha muito a uma colcha de retalhos. É feita de pequenos pedaços presos um ao outro, cada um com sua cor, mais ou menos macios, alegres ou tristes. O resultado depende do acabamento que damos, de como aproveitamos cada pedacinho das sobras que a vida nos dá. Cada um contém uma história, com começo, meio e fim. Alegrias, tristezas, realizações e fracassos, horas de pouco, momentos de muito. São os nossos pedaços, a riqueza pessoal de cada um, a história que se construiu. E há os retalhos que se jogou fora por desperdício ou por não se saber que um dia nos fariam falta.
Depois de um tempo pode-se visualizar a colcha de retalhos que já se conseguiu montar. Umas são coloridas, com muito vermelho, efeito de muitas paixões ou quem sabe escuras, com muitas partes onde predominaram retalhos de cor preta, demarcando os momentos inevitáveis de tristeza e dor. Mas há os retalhos brancos, talvez sobras românticas do vestido de noiva, o azul do pequeno casaquinho de bebê do nosso primeiro filho, quem sabe o retalhinho cor- de- rosa da blusinha que nossa filha vestiu no aniversário de um ano. Em um canto está o amarelo-ouro lembrando o pé de bergamotas maduras, caindo às pencas e ao alcance de nossas mãos gulosas, retalhos de felicidade infantil.
Assim, dentro de cada um existe uma colcha de retalhos. Cada vez que vem à lembrança uma história vivida é um daqueles pedacinhos que aparece mais que os outros, que se impõe e nos faz falar dele às vezes com tristeza, mas sempre com saudade.
Pois vou tirar do baú minha colcha de retalhos. Quem quiser pode olhar, mas por favor, não toquem nela nem me peçam de presente e nem de herança. Não posso dá-la a ninguém nem me desfazer dela. Vai me fazer falta quando a velhice chegar. Vai me abrigar e aquecer meus últimos invernos, afinal não é todo mundo que pode olhar e dizer “minha colcha de retalhos foi tecida com minhas próprias mãos”. Deu muito trabalho , muitos pedaços foram deixados pelo chão, mas alguns usei para secar as lágrimas que não pude evitar que caíssem enquanto eu a tecia, mas agora, depois de pronta me orgulho dela. É linda! É minha!

"O meu todo se completa com retalhos de mim. Mas ninguém pode me transformar em cacos ambulantes. Todo ser, assim como uma construção, é feito por etapas. É fácil destruir. Difícil é construir, e mais ainda, RECONSTRUIR. Um prédio, leva-se anos. Um ser humano... toda uma EXISTÊNCIA!..."

Retalhos de mim

Sou tecida de
Sonhos inacabados
Caminhos não traçados
Buscas interrompidas
Amores mal resolvidos...

Sou tecida de
Choros incessantes
Pensamentos despercebidos
Detalhes enaltecidos
Palavras silenciosas...

Estou fazendo uma colcha de retalhos
E cada pedacinho de pano
Conta um pouquinho de mim, da minha história
Mostro fotos de meus queridos,
Coisas engraçadas que vivi
Pensamentos que cultivo ao longo de minha jornada
Frases que tirei dos muitos livros que li
As fases boas, as não tão boas assim,
Mas que de certa forma ajudaram na minha construção
Mudanças de ciclo, pessoas que se foram
Enfim...minha vida em uma colcha de retalhos

Minha vida não é assim nenhum best-seller
Mas é minha... é única e intransferível
E assim um dia meus netos, bisnetos, tataranetos
conhecerão um pouquinho de mim
Quem sabe eles consigam decifrar coisas nesses pedacinhos de pano
Que não consegui entender dentro de mim
Quem sabe não fazem uma boa leitura
E eu possa ser reconstruída, reinventada...
Quem sabe refazendo partes dos retalhos que não ficaram tão bonitos
Ou até trocando algumas partes
Mas ainda que isso aconteça meus retalhos jamais serão distorcidos
Remendados
Porque são meus
E nem o tempo pode destruir porque não foram rascunhos
Está ficando colorida, bem diversificada
Tem um pedaço que tem cor de infância, pureza
Tem também uma cor de juventude, grandes amores
Mas tem uma parte com uma cor um pouco escura
Mas que é totalmente esquecida por várias outras cores que se
misturam
Se combinam e se completam
Vou deixar uma barrinha
Para que filhos netos e seus descendentes possam dar continuidade
No final quero que cada um coloque sua cor
E a quero cada vez mais colorida
Colorida de vida, de aprendizado, de alegrias e tristezas
Pois assim é nossa vida
Uma grande colcha de retalhos

A vida é feita de tentativas, muitos vão em frente com o corpo coberto por seus retalhos. Mas não eu, ao menos tento.
Sou frágil porém não fraca. Tenho medo de barata mas enfrento dragões.Ontem Cinderela, hoje borralheira.Aprendendo a colher as tantas numerosas lições.
Estamos todos no mesmo barco, nessa forja evolutiva com a certeza de que os degraus para cima configuram a estrada da evolução. Querer subi-la é uma opção sua e de mais ninguém

E assim vamos vivendo... a tecer nossa colcha de retalhos...
um retalho de mar, um jardim em flor, o amor e o desamor, os dias de sol, os dias nem tanto.... Cada pedacinho completa o grande e colorido mosaico a que chamamos viver!

" Na verdade todos nós somos como uma colcha de retalhos. Explico: as experiências, os exemplos, as pessoas com quem convivemos, seja por toda uma vida, uma estação, alguns dias, os livros que lemos, os estudos que fazemos, tudo isso se mistura de uma forma harmoniosa fazendo-nos ser quem somos. Pequenos ou grandes, nobres ou rasteiros, pessoas que fazem a diferença ou não, na sociedade como um todo ou em uma área qualquer; pessoas que se impõem por sua dignidade, honestidade e competência ou aquelas que jamais se distinguem ou chamam a atenção pelo seu vazio interior.!

Retalhos de cor em pó

Negrinha... do pé da ladeira
Cresceu pela vida sem eira nem beira
Aprendeu que sua é pele não é brincadeira
De saia rodada, pés descalços, deu pulos e saltos correndo no asfalto
Seus sonhos dourados trocados aos farrapos
Princesas das ruas, escolas nos saltos, com príncipe aos lados, mostravam os fatos
Por ter nascido sem cor, sem brilho e aos fados
Teria a sombra, não pra proteção
mas como esconderijo de indignação
Negrinha sem livros, histórias infantis, nunca foi princesa, sem escolhas seguiu
Seguiu na certeza de que nunca a dariam lugar de rainha
Cresceu pela rua, já dormiu na rua e sentiu que, na sua, ganhava mais justas saudações de estrela, nuvens e lua
Que em sua ternura falava aos rostos, que em sua ingênua e doce leitura,
via neles amigos e um amor que cura
Negrinha, negrinha... o que ela ouvia, estica os cabelos e ganha nas ruas
Quem sabe os olhares, troféu quase, sinta o gostinho da mão de alguém
Negrinha, negrinha, sem eira nem beira, guarda o coração e esconde essa beiça
Beiça de mula, cor de burro fujão
Teu lugar é na sombra e não na multidão
Momentos pequenos de migalhas que sobram, sentiu o sabor do que as outras provam
Negrinha dentuça das pernas finas, escreve teus sonhos no papel e na tinta
Encontres no palco na arte em vida
O prazer ilusório do brincar de rica,
Sereia bonita, princesa e rainha, de contos de fada que nunca te abriga
Teimosa negrinha, relincha entre os dentes, brigando espaços em fios invisíveis
Esperança falida, certezas que brotas apenas dos sonhos que não casam as portas fechadas de sortes que foge à galopes que de tanto ligeiro nem mota se trota
De rua ternura manchada de morte
Teu corpo pequeno magrelo sem sorte
sentiu o amargo do gosto da morte
Cresceu na esperança peitinho floriu, roubaram-lhe a sorte o que te feriu
Jogada aos tapetes asfaltos mil,
o que foi mais duro não foi o chão que dormiu
Negrinha se olha e não mais se nota
Pergunta qual nota se dança tão torta
A música que canta a harmonia fugiu pois não tem espaço, seus retalhos mil
Negrinha negrinha teimosa demais
Cansada da vida já não pode mais
Rodeada de todos e vivendo só
na vida amizade só encontra o pó
Negrinha se encanta, por ti se apaixona, se encontra na sombra a cura em somas
de estender a mão aos que como a ti também são...
Negrinha negrinha que então descobriu,
que os não que recebes nunca te serviu
Um não não te acode teu corpo sangrando sua sorte fugiu
Cor de burro fugido o que sempre ouviu quem é que te acode quem foi que te ouviu?
Que espaço pertences teu povo fugiu na falta de sorte alguém te seguiu
Aquele ombro amigo que nunca foi teu, palavras tão duras nunca se escondeu
Negrinha se avexe, se feche
seu corpo e sorriso ninguém vê que preste...