Respeite meu Jeito
Amanhã vou estar mais suave
E quarta vai ser o meu dia
O fim-de-semana promete
Domingo vai ter que dar sol
Segunda vou acontecer
Não posso perder o teu show
Pro mês vou te visitar
É agora que eu saio de vez
Que bom que eu vou te encontrar
Amanhã vou estar mais feliz
Quem escreverá a história do que poderia ter sido o irreparável do meu passado;
Este é o cadáver.
Se a certa altura eu tivesse me voltado para a esquerda, ao invés que para direita;
Se em certo momento eu tivesse dito não, ao invés que sim;
Se em certas conversas eu tivesse dito as frases que só hoje elaboro; Seria outro hoje, e talvez o universo inteiro seria insensivelmente levado a ser outro também."
Quando pareço ausente, não creias:
hora a hora meu amor agarra-se aos teus braços,
hora a hora meu desejo revolve teus escombros,
e escorrem dos meus olhos mais promessas.
Não acredites nesse breve sono;
não dês valor maior ao meu silêncio;
e se leres recados numa folha branca,
não creias também: é preciso encostar
teus lábios nos meus lábios para ouvir.
Nem acredites se pensas que te falo:
palavras
são meu jeito mais secreto de calar.
Não há uma pegada do meu caminho que não passe pelo caminho do outro.
Apavorado acordo, em treva. O luar
É como o espectro do meu sonho em mim
E sem destino, e louco, sou o mar
Patético, sonâmbulo e sem fim.
Meu coração é um sorvete colorido de todas as cores, é saboroso de todos os sabores. Quem dele provar, será feliz para sempre.
Porque era bom e tal. Aliás, meu Deus, como era bom. Mas não era bom pra ficar junto, certo? Então pronto. Chega.
Às vezes paro pra pensar tanta coisa, e quando vejo o meu pensamento está sempre no mesmo lugar ou melhor com a mesma pessoa.
Além Alma
(uma grama depois)
Meu coração lá longe
faz sinal que quer voltar
Já no peito trago em bronze
NÃO HÁ VAGA NEM LUGAR
Pra que me serve esse negócio
que não cessa de bater?
Mais parece um relógio
que acabar de enlouquecer
Pra que é que eu quero quem chora,
se estou tão bm assim,
e o vazio que vai lá lá fora
cai macio dentro de mim?
não dês valor maior ao meu silêncio;
e se leres recados numa folha branca,
não creias também: é preciso encostar
teus lábios nos meus lábios para ouvir.
Você é especial não pelo que você tem, mas porque você é meu. Será que você ou alguém que ama poderia lembrar-se dessa verdade?
Eu sou o intervalo entre o meu querer e o que a vontade dos outros fez de mim.
Nota: Adaptação de trecho do poema "Começo a conhecer-me" de Álvaro de Campos
Naturalmente eu sou irritável, naturalmente meu humor não é brilhante, mas de um modo geral sou alegre.
A culpa minha, maior, é meu costume de curiosidade
de coração. Isso de estimar os outros, muito ligeiro,
defeito esse que me entorpece
A meu ver, o ideal comunista - a construção deliberada de uma "sociedade mais justa" - é intrinsecamente mau. Não existe justiça nenhuma em planejar de antemão a vida das gerações futuras, obrigando-as a arcar com o peso de milhares de decisões que não tomaram e com as quais talvez não venham a concordar. É monstruoso decidir hoje, de maneira irrevogável, a vida dos homens de amanhã.
Queria te falar tantas coisas, queria te falar do meu amor que muito tempo não é correspondido, queria te falar de minhas lágrimas, do meu sofrimento, da minha dor e da minha paixão.
E é só o que posso dizer a meu respeito? Ser “sincera”? Relativamente sou. Não minto para formar verdades falsas. Mas usei demais as verdades como pretexto. A verdade como pretexto para mentir? Eu poderia relatar a mim mesma o que me lisonjeasse, e também fazer o relato da sordidez. Mas tenho que tomar cuidado de não confundir defeitos com verdades.