Resistência
Não venceram
eles com terror,
eles seguirão
com a sublime
resistência
como resposta
e a reverência
pela memória
de seus
heróis mortos:
Paz na tumba
de Edgar Yucailla.
A História tem
se repetido
nas suas fórmulas
de morte e tortura
para do povo
roubar as suas
riquezas e a ternura,
querem levar
o povo a loucura.
O Outubro Negro
foi copiado
no Equador,
para acintar
e fazer chorar
os seus indígenas
pelos heróis
que o autoritarismo
condecorou e honrou
como os seus
assassinos estimação.
Não como apagar
da memória,
e nem tentar
escrever mais
nenhuma outra
nova história:
foram afastadas
a honra e a glória,
é uma absoluta
e real constatação.
Não tem como
não se queixar
da justiça
que vem sendo
todo o dia
por conveniência
desaparecida
deste jogo de xadrez
onde peões
se portam como rainhas,
onde heróis
são mortos
e seguem presos
injustamente
como o General
e muitos na América Latina.
Esperança Garcia
Esperança Garcia
continua sendo inspiração
para a resistência do seu povo,
O seu nome empresta
a coragem e a persistência
sempre que for preciso enfrentar
tudo aquilo que pactue para ausência
do que é essencial onde está a faltar a humanidade real para continuar.
O meu brio é herdeiro
de Anahí em resistência,
O meu coração é Ceibo
nascido em plena fogueira.
O meu coração é Ceibo
preservado nas paisagens
da Argentina e cantado
nas canções folclóricas.
Minha Pátria Grande é poesia,
sigo como continuidade
de tudo o quê com a terra liga.
Continuo a mesma que nem
em sonho te dá sossego,
sou o teu amor nascido perfeito.
RESISTÊNCIA CULTURAL OU INVEJA?
Demétrio Sena, Magé – RJ.
A resistência cultural nas periferias, por meio de movimentos e reações em forma de arte e literatura é algo de se admirar. Fala-se muito dessa resistência e do empoderamento do negro, do pobre, de forma especial do negro pobre, mas há uma enorme incoerência que se repete entre os menos favorecidos, os excluídos e as esquerdas: enquanto as chamadas elites e as direitas ocupam plenamente os seus espaços - e nunca os deixam - e ainda se permitem ocupar os espaços periféricos e de esquerda, em forma de compra ou patrocínio pervertido dos movimentos culturais dessas classes, os pobres de todas as etnias e as esquerdas políticas e sociais, quando alcançam realidades econômicas e culturais mais avantajadas logo debandam para o outro lado.
Explico: os moradores pobres das periferias, ao se formarem nos cursos superiores, sobretudo fazerem mestrados, doutorados, e alcançarem condições socioeconômicas avantajadas, têm como primeira providência se mudarem para bairros nobres das zonas mais ambicionadas de seus estados. No Rio de Janeiro, por exemplo, quase todos querem morar na zona sul, com todos os riscos que isso hoje representa. Desse modo, as cabeças mais pensantes, as pessoas mais indicadas para fortalecer os movimentos culturais de suas raízes enfraquecem as áreas carentes de seu conhecimento, suas novas condições sociais e o novo poder de contribuir efetivamente para o crescimento cultural e socioeconômico de sua gente. Vão engordar as elites; fazer parte do outro lado da sociedade; viver ao lado das classes dominantes. Tornar-se classe dominante. É como se as periferias já não merecessem essas pessoas. Como se elas, depois de progredirem socialmente, já não coubessem nos meios em que nasceram e foram criadas. Aqueles bairros pobres e de pessoas sem formação superior se tornaram pequenos para seus horizontes. Não querem criar seus eventuais filhos nos bairros pobres, ainda que não violentos, nem nas áreas próximas, porque os mesmos merecem ser elite. Ser iguais às pessoas das classes criticadas e combatidas quando eram inalcançáveis para suas realidades.
Tempos depois, essas pessoas voltam como visitantes, participam como convidadas ilustres de alguns eventos culturais das periferias e dizem que já foram moradoras de periferias; foram pobres; não tinham acesso a curso superior. Muitos faltam pouco dizer que já foram negros, mas... “graças a Deus”, agora são bem sucedidos e moram em lugar de gente bem sucedida. Em lugar de gente rica e culta. Dizer que venceu na vida não combina com dizer que continua morando em seu berço. Com isso, ao invés de contribuir para uma mudança de realidade socioeconômica da sua antes querida periferia, o ex-pobre, ex-morador de comunidade, quiçá ex-negro, prefere fazer o que é mais fácil: morar; levar eventuais esposa e filhos para lugares já resolvidos, onde nunca participarão da realidade que ele conhece de perto e será muito trabalhoso ajudar a mudar.
Ocorre o mesmo com as esquerdas politicopartidárias, que em princípio defendem as classes menos favorecidas; os moradores de periferias; pobres; negros; negros pobres. São esquerdas, com todas as dificuldades de ser esquerda, enquanto a direita não acena com possibilidades irresistíveis de compor e abocanhar as vantagens de ser da direita. As direitas, com todas as práticas claramente perniciosas, têm o corporativismo consistente que se desmantela com facilidade na esquerda, ao primeiro sinal de patrocínio relevante; de composição vantajosa. O PMDB jamais chegaria ao poder máximo do país levando o PT na sua cola. Já o PT, para conseguir chegar lá, não titubeou em levar o PMDB, que por sua vez, não demorou a desferir seu golpe, assumindo a presidência da república. Com isso, a esquerda se dissolveu; praticamente deixou de existir; a direita está mais unida e forte do que sempre, e disposta a nunca mais deixar que tomem sua vaga.
É preciso que os moradores das periferias, ao concluírem seus cursos superiores, alcançarem ascensão e acesso a uma vida melhor, ao invés de abandonarem suas raízes e seu povo, permaneçam nas periferias e ajudem o seu povo a crescer também. A se livrar dos aguilhões. A vencer a opressão local, imposta pelos exploradores locais e os que vêm de lá, das zonas nobres, com os seus patrocínios que compram os movimentos culturais e os amoldam ao seu jeito. Zonas nobres que, infelizmente, são fortalecidas pelos que saem de nosso meio e vão compô-las, cansados e, finalmente, livres da luta cotidiana contra as diferenças sociais. Felizes porque, seus descendentes já não pertencerão à classe dominada; serão também dominadores.
Lutemos para sermos quem somos de formas dignas; confortáveis; relevantes... não para mudarmos de lado. Que a nossa indignação seja eivada do desejo de vencer coletivamente. Um desejo e uma resistência de todos, para que a nossa classe, o nosso povo, nossa região sejam fortes. Enquanto fugirmos, tão logo tenhamos condição econômica, tudo o que faremos será uma apologia ao que é criticado e combatido por nós. Deixarmos os nossos, as nossas raízes ao progredirmos neste contexto, é assumirmos que a nossa indignação não era solidária; era só uma questão de inveja do outro lado.
RESISTÊNCIA
Demétrio Sena - Magé
Se não viro esse disco é porque na verdade
minha indignação não é moda fugaz;
novidade volátil que perdeu a massa
feito gás ao ar livre; nos braços do vento...
E não viro esse disco porque sou assim;
digo não ao silêncio, se vejo injustiça;
vou ao fim do meu sonho de mundo melhor,
e sonhar, no meu caso, não perde sentido...
A canção da maldade não saiu do ar,
a má fé não cedeu e o preconceito medra,
ninguém pôs uma pedra sobre o fanatismo...
Pra virar esse disco eu preciso sentir
que será sem mentir sobre ter esperanças
nas mudanças viáveis e na resistência...
... ... ...
Respeite autorias. É lei
A nossa maior resistência ao novo, é a persistência de continuar aquilo que já deveria ter ficado no esquecimento. Pois a inovação é algo que aprimora mais também assusta, se não pretende mudar faça no mínimo uma reciclagem daquilo que já se habituou.
A vida têm seus momentos difíceis, mais temos um Deus que é a nossa âncora da resistência para nos reerguer sempre, Seja qual for a situação que esteja vivenciando Ele nunca te deixa só nas caminhada de lutas.
O ato de pensar adquire um caráter não apenas de resistência e sobrevivência, mas também de preservação do equilíbrio em face da ausência de referências no contexto contemporâneo.
Acreditar numa vida além-túmulo Negando a inexistência da morte, é uma resistência natural do homem na tentativa sega e inútil de continuar na nave.
Se um cristão não perde tempo para alimentar a sua alma,
certamente ela perde a resistência da sua salvação.
Todo testemunho encontra resistência à pregação do evangelho, porém deixa na alma a decisão de sua eternidade.
Entre ser termômetro ou termostato a diferença encontra-se na resistência, na busca de soluções e na determinação dos propósitos.
Não mostre resistência à voz do Espírito Santo, trazendo para si sofrimentos e perturbações espirituais na terra e livre o futuro do seu espírito para não ser condenado ao inferno por ter resistido ao próprio Deus.
Incredulidade natural, depravações e resistência à verdade têm sido o motivo de todos os sofrimentos da raça humana.
Pecados e transgressões não confessados a Deus altera, na prática, a resistência do DNA humano, enfraquecendo as células de defesas do coração santificado.
A resistência à mudanças de comportamento saudável, de estilo de vida educado e de pensamentos positivos podem gerar frustações, remorsos e frustrações e crises na alma.