Repúdio
Recomeço
já não consigo descrever quem somos nós
a minha voz não declama poesia
quem repudia muito antes do após
faz do algoz aquele ombro em que confia.
Quando os capacitados repudiam governarem, são governados, não sabe-se, é medo da ignorância, ou só se encorajam para criticarem.
E a escrófula, repudiada, inexistente
Afasta o horror, num beijo cálido
A evadir-se, como chegou, furtivamente.
Nos falta tanta coisa... e é repúdio que sinto a alguns acontecimentos que vem nos cercando. Guerras, violência, todas essas coisas que estão terminando com o dom de amar das pessoas, todas essas coisas que estão terminando com a humanidade, que há tempos já era pouca.
Ser humano e bicho esquisito mesmo, ele repudia certas atitudes, mas por incrível que pareça somente na vida do outro e na dele o bambam
MORTO POR UM ABORTO
(Esta poema é produto de uma ficção que traz à tona o veemente repudio do próprio feto, contra UM CRIME CHAMADO ABORTO.)
Mãe! Eu consigo e você comigo,
Poderíamos viver juntos por muito tempo
Se não fosse esse seu inescrupuloso intento,
Prestes a decretar minha não-vinda.
Esse intento que desenfeita a beleza feminina
De dois corpos num só.
Que desvenda o mal que você apronta,
Ao ilustrar na tela do desrespeito à vida
Ao apresentar a aparição dos contras
E o desenrolar da eliminação dos prós.
Mãe! Eu que queria ser o fruto de sua existência.
A rósea flor da sua façanha,
Regada com o choro da criança que viria,
Sou, no entanto, um botão pisoteado num canto.
SOU UMA CRIATURA sendo abatida, sem clemência.
SOU UM SER sendo assassinado nas entranhas,
Sob os mandos e desmandos
Da frieza, da perversidade, da covardia.
Mãe, como é pecaminoso esse seu delito!
Emolduras um quadro com falso desenho.
Colas um cartaz com rasurados manuscritos,
Ocultando, no ventre, a falência de seu juízo,
Ao agredir-me, às escondidas, com golpes doloridos,
Certificando-se, assim, que não mais tenho
O vigor que possuí outrora.
O calor materno daquela ocasião...
Nos minutos daquelas horas.
Mãe, eu me perco na escuridão desse desafeto
E, pouco a pouco, desfalecendo,
Sou um feto doado à dor e à agonia.
...Me remexo, me enfraqueço.
Desfaço-me nesse embaraço
Que tanto me judia.
Que me tinge com o corante da violência.
Que me queima com o fogo do sofrimento,
Levando-me a saborear
A ceia das conseqüências,
Como o mais recomendável dos alimentos.
Mulher!
Você é simplesmente mulher, adiante,
Porém, jamais pura ou sublime.
Você não é mais digna
Da minha admiração que se finda,
Ao ser impiedosamente detonada, explodida,
Pela exterminadora sem-vergonhice do seu crime.
Você, pra mim, vale menos que uma moeda,
Pois a gestante que se preza não pratica isso:
Não ignora a semente de sua vida,
Pondo-lhe um maltratante sumiço.
Mulher, conclui-se o seu insensato desejo!
Sei que, prematuramente, sairei.
Que sua barriga logo... logo eu a deixarei,
Para entre os seres vivos não permanecer.
Para não dar e nem receber
Sequer um... um único beijo.
Agora, mulher!
Agora... agora tudo está para ser desfeito.
Se o arrependimento a fizer voltar atrás,
Não será possível dar um jeito,
Porque já é tarde demais.
Porque eu já presencio a morte
Vindo ao meu encalço, ao meu encontro,
E, daqui a alguns segundos,
Ela fará com que eu esteja morto.
Morto por sua conduta contrária.
Morto por seu aborto.
Por essa injustiça cruel e voluntária,
Que me traz o ponto final
De um total desconforto.
Adeus,
Mulher que não quis dar-me ao mundo.
Adeus,
Mulher que não quis ser a minha mãe.
Adeus...
É o meu irremediável fim... ADEUS!
Para trouxas que não possuem carácter e nem coragem, nós que repudiamos as injustiças e corrupção, somos taxados de invejosos...
Fotografia
No silêncio da minha nudez
Solitária sofria, amava, repudiava, delirava...
Sua falta me consumia
Fantasmas atormentavam o meu ser
No silêncio da minha alma
Tua presença estava
Em todos os lugares
Tua falta me atormentava
Eu suplicava tua presença
No silêncio dos meus pensamentos
Eu vagava como uma folha seca
Sem rumo, sem direção
Sedenta me envolvia
Em simples fotografia.
O virtuoso é verdadeiro repudia a mentira. Ele tem uma conduta autentica não fica em cima do muro. Sua palavra é edificada na legitimidade.
A sociedade me deprime! Me decepciona e cria em mim um sentimento de ódio e repúdio por seres humanos.
AMAR A TERRA EM QUE NASCEMOS
Amar a terra em que nascemos passa necessariamente por repudiar todas as injustiças que estão em todos os recantos do Brasil.
Amar a terra em que nascemos exige de nós uma postura de indignação diante de tantos políticos corruptos.
Amar a terra em que nascemos cobra de nós ações firmes diante da impunidade, que considera inocentes os bandidos de colarinho branco da mais alta periculosidade.
Amar a terra em que nascemos exige de nós comportamentos menos egoístas para beneficiar a grande maioria que agoniza nos corredores dos hospitais sem tratamento médico.
Amar a terra em que nascemos pede de nós indignação para exigir escolas de qualidade para todos os brasileiros.
Amar a terra em que nascemos não é somente abraçar meras questões ideológicas e políticas, mas acima de tudo uma prática vida a favor do bem comum.
Falar em amar a terra em que nascemos na política brasileira me parece sem sentido, são raros os políticos que têm realmente amor a terra em que nasceram.
O que os políticos amam mesmo são os seus interesses pessoais e nada mais, o maior exemplo é o nosso famigerado Congresso Nacional.
Quem ama a terra em que nascemos não desvia dinheiro público para vaidades pessoais, não rouba recursos da merenda escolar de crianças, não destrói o meio ambiente, não deixa crianças sem escola, não permite que seres humanos agonizem nos corredores dos hospitais.
Amar a terra em que nascemos é ALGO MUITO GRANDE e está em falta nesse país, infelizmente.
Ás vezes as pessoas repudiam o que mais amam: Fazer, Ser e Ter; como dizia "Freud"! O chamado duas caras!
Eu te amo faz parte da peculiaridade na busca do encontrar e possuí um certo repúdio d'entre duas tênues divergentes, quais estão na ternura e na posse.