Repouso
Repouso e descontração, eis a natureza do homem!
A minha preguiça tanto quanto as minhas ações são tão naturais quanto a natureza:
Que sem pressa e sem esforço fura o asfalto e conquista o todo.
E livre!
Como o trajeto das nuvens.
O dia já se pôs e a noite já se altiva. O momento agora é de repouso, merecimento daquele que a sina do dia lhe trouxe o cansaço. Nada melhor que deitar a cabeça no travesseiro. Neste, remédio da tristeza e acalento da fadiga, psicólogo da alma e terapeuta da consciência. É no travesseiro que refletimos nossos acertos e nossos erros, verdades e omissões, mágoas e satisfações. Mas saiba, que o travesseiro não é depósito de sentimentos, ele é tão somente como um instrumento musical, que faz música, mas que se esvaecem no ar, sendo música somente quando se toca. Não se perca guardando sentimentos ruins e também não se esqueça que os sentimentos bons devem-se diariamente serem conquistados. Boa noite, bom repouso em seu travesseiro.
Repouso meus olhos no infinito, meus ouvidos em minha alma, meu nariz em ar fresco e minha boca no silêncio.
Repouso absoluto
Silêncio absoluto
Amor absoluto
Num dia absoluto
Por uma causa absoluta
Com a certeza absoluta
De uma felicidade absoluta
Que vem pela frente
É Deus absolutamente
Na minha vida absoluta!!!
Nossa casa deve, a priori, ser um lugar de repouso, descanso ou no máximo planejamento! Mas para fazer as coisas de fato acontecerem é do lado de fora, na rua!
Em provérbios 6:9-11 encontramos um texto que não alivia, e nos exorta neste sentido:
"Até quando você vai ficar deitado,
preguiçoso?
Quando se levantará de seu sono? Tirando uma soneca,
cochilando um pouco,
cruzando um pouco os braços para descansar, a sua pobreza o surpreenderá
como um assaltante,
e a sua necessidade sobrevirá
como um homem armado sobre você.
Ouçamos pois, este preciso conselho!
Manifesto no dia do repouso, a vontade de erguer uma nova narrativa, pedra sobre pedra, dia a dia, sorte a sorte. A nova casa do texto, da palavra sentida e pensada na pluralidade da sua significância, dos seus sentidos de ser nos sentidos da Humanidade, a realização plena do sensualismo.
Reclamo no dia do repouso, o direito de criar um novo sentido, aquele que viverá de todos os outros e que constituirá, na sua abrangência, o anel de fogo das sensações em expansão, aquele que afastará todas as distâncias e todos os espelhos, rumo à porta da razão e, lance a lance, subirá os degraus até à origem.
Exijo no dia do repouso, a liberdade de assumir a diferença, numa indiferença por todos os que teimam em negar-ma, na diferença sou, não o invólucro, a aparência, mas a essência da criação, pois em mim se constroem, num plasma permanente, os futuros de passados e presentes olvidados.
Acuso no dia do repouso, todos os que me roubaram a força, a beleza, a vida, condenando-me a uma procriação imposta para o bem comum, como se esse dever fosse só meu, possuidora da matriz que me definiu o género e me impediu a definição de ser, mais do que tudo, imortal na minha humanidade.
Julgo no dia do repouso, o pensamento de dois milénios, o sentimento de dois milénios que, primeiro ignorou-me, depois seguiu-me, a seguir endeusou-me, no quarto dia queimou-me, e nos outros eternizou-me, descriminou-me e, finalmente, esterilizou-me. Ficou-me apenas a alma, essa que dizem ser imortal, num corpo despedaçado pela dor e pelas lágrimas de dois milénios que, refeito e assumido, se prepara para uma entrada gloriosa na casa do terceiro.
Condeno no dia do repouso, todos os arguidos a um milénio de descanso, pois quem tanta história reclama ter feito bem o merece.
Salgueiro
Eu e o velho salgueiro,
No repouso destas sombras, sóbrio.
Ondas que se quebram na solidão
Sol poente ao findo horizonte pensamentos...
Quem dela cuida ser a minha última ilusão
Sabe bem que o fim é sempre um recomeço,
Nem para a última, nem a primeira...
Mas sempre á ela que é a única.
No velho salgueiro do horizonte poente,
Meu repouso, meu contento pensamento.
Das muitas formas que te amei
Em todas elas, me desejei em ti...
Nesse tempo, que em mim você não passa,
Eu te vejo nos teus olhos de menina,
Quando moça,
No horizonte, se fez mulher...
Edney Valentim Araújo
REPOUSO MEU OLHAR
Repouso meu olhar
Em cima dos olhos teus!
E assim passo horas
Admirando a beleza
Que vem de dentro d'alma
Que aflora em sua calma.
Como se fosse a paz
Invadindo meu coração
Libertando, apaziguando
Abrindo portas que se escancaram
Pra vida, pro amor, pra adoração!
BAILANDO NA LUA
Sobre um manto de estrelas repouso em
poeiras de cometas.
No céu dessa minha imaginação tem tantas galáxias.
Mas a Lua... Ah, a lua
Vem iluminando essa minha inspiração fazendo
clarão nesses meus pensamentos.
Ela me fascina tanto… tanto...
E debruçada sobre seu altar
visto-me de sonhos
releio páginas de amores
respiro alento na janela.
A lua sempre leva-me a um cais de fantasia
e por entre vastas madrugadas
seu manto suavemente me acaricia.
Escuto a voz do vento
Atravesso desertos
Desenho flores pulsando canções serenas
Melodio paz in versejo
Ecoou clarim e ternura in profundo
Faço do silêncio meu templo.
Já quis ver o céu lá de baixo
Colher, quem sabe, quimeras no chão
Mas não tem jeito não
É aqui a bailar na lua
Que sou minha dona e
navego silente
numa doçura de canção.
Todo homem que trabalhar arduamente durante a semana, é digno de um repouso adequado e satisfatório, que revigore suas forcas.
Eu observo ao cair da noite os corpos em repouso nas suas camas, imaginando o que estão sonhando, enquanto seus olhos fechados estão se mechendo de baixo de suas pálpebras num ritmo acelerado eu posso também deslumbrar os lábios daqueles que mentem e finge suas reações, as peles que se entrelaçam em seus cobertores querendo um calor a qual seu corpo necessita, eu observo como no cair do sono as feições podem mudar em seus mundos particulares onde seus medos e desejos até sórdidos vem ao seu encontro...
Mas a pesar disso até hoje não vivi essas mesmas coisas, pois até hoje eu só observo.
Os olhos teus penetram os meus, observo distante um sonho, e, a realizar-se, num repouso tão meu e teu, sem algum "s", mas prevalece às reticências, não um adeus...
“O repouso para o povo de Deus é no Céu, aqui não é o lugar de descanso, levanta e arregaça as mangas”.
Somos poeira que paira no ar à espera apenas de um solo para um repouso profundo, preste a fertiliza-lo com o nosso corpo sem bens ou valores. Reinaldo Vasconcelos
antes chova,
do que nunca.
uma releitura sobre a chuva,
cujos corpos se derretem.
repouso mental,
para o ar passar.
passar ar.
pra sar ar,
passa ar.
passa ar.
pas,
ar.
Frágil
Fragilmente me levanto
Em tuas mãos repouso
Teus lábios suspiro
Em teu coração pouso
Vagas palavras te falo
Sem medo sigo sorrindo
Em breve, já não vejo
Meu seio por te agindo
Frágil, mais que frágil
Ontem homem, hoje Criança
Auroro moça e hoje mulher
Por te toda minha esperança
Sois fim e também o começo
Deito-me novamente amada
Este teu ser já o conheço
Para sempre sereis declamada.