Repetição
A prontidão do perdão, viabiliza a repetição do erro. Por isso, não se perdoa completamente, nem deve restaurar a confiança!
Há uma certa repetição de amores em mim
Do tipo que deixa dores
Do tipo que vai embora
Daqueles que estão sempre de passagem pela vida da gente
Mas que deixam marcas eternas em nossa alma
...
Há um ciclo de me permitir invadir por aventureiros do romance
Não que eu saiba, não que eu escolha
Mas é assim, sempre me acontece um amor insano
Me entrego, enlouqueço, me apaixono
E num rompante escuto o bater da porta, que se fecha
Como um grito ecoando o abandono
Não posso dizer que fui enganada
Amei de forma consensual
Abri meu coração autorizando a entrada
Quis, senti, amei, fui feliz
Mas o amor sempre vai embora da minha vida
E quando ele vai, só fica o vazio do que foi
O coração frágil, a despedida...
Isso até poderia se tornar enfadonho, depois de tanta repetição. Sabe-se que até o que produz encantamento é capaz de enjoar, por excesso.
O ser humano que aprende por repetição, que absorve como verdade aquilo que lê e ouve cria o seu mundo muito mais pela forma com que este mundo a ele se apresenta e é apresentado, e assim interpreta, do que como realmente é. Coisas que o homem apenas repete sem ponderar e recebe e repassa como verdade. O mundo que nasce pronto e que precisa ser apenas copiado; pensamentos dos outros e emoções dos outros. O homem vive por aquilo que veio dos outros e por aquilo que lhe deram como verdade.
Inspiro-me num suspiro e correndo o risco de cair na repetição
Alço e sustento a voz acima dos rumores, tentanto fazer silenciar
a bagunça que faz meu coração.
O dia nasceu e, aparentemente, revelando a repetição do seu ciclo... Mas nada é igual.
Somos novos indivíduos nesta grande ciranda da vida.
Um dia a Tranquilidade da repetição é quebrada pelo amor, assim como um apagão em uma noite comum, este instante onde nenhuma coisa artificial funciona onde ficamos perdidos as segas, achamos uma vela, ficamos satisfeitos com o que ela nos proporciona, chegamos a pontos de esquecer de como era antes. quando a energia chega e nos traz a tona a realidade deste mundo decadente, infelizmente aquele brilho é ofuscado e assim quando a vela que se apaga, fingimos que ela nunca existiu.
Rotina
A rotina seca a vida, mesmo que a vida seja ótima. A repetição diária e sem novidades nos estagna. Buscamos o novo e ao mesmo tempo gostamos de segurança. Gostamos de coisas diferentes mas ao mesmo tempo queremos reviver emoções já vividas. Queremos algo para contar além do "tudo na mesma". A Senhora Rotina é chata, cansativa e entediante. Sim, sim, tem seu lado bom, como tudo nessa vida. A rotina nos organiza, nos cria dedicação, hábito, mas muitas vezes o velho, o repetido nos entristece infinitamente. Cansa o cérebro, cansa a vida, cansa a vontade de fazer tudo do mesmo jeito.
Não pode existir prorrogação para as decepções.
A repetição dos fatos ocorrem sob a nossa permissão.
Talvez a hora anuncia o ponto essencial para o reinício de nova vida.
O real como experiência precária e fragmento envolve perspectiva, deformação e repetição. Não se o alcança à baciada nem por atacado. Talvez ele precise mesmo de uma propedêutica reduzida, ao modo de uma solidão preliminar. Além de tudo, há outro problema que é o de dizer. O real não se diz, ele simplesmente acontece, eventualmente se escreve.
São ilusórias as falas que não produzem significados.
A repetição delas pode até impactar os tímpanos, mas se a alma não estiver disposta a assentá-las... tudo terá sido em vão.
Com você, nunca houve uma frase feita, uma repetição, uma rotina. Exceto as que faziam parte de nossos clichês, esses sempre cuidadosamente repetidos, até a exaustão, que era a nossa forma de não ser repetitivo, não ser rotineiro, não cair no sofá com o controle remoto nas mãos.