Renascimento
Deus o criador do universo e da vida, nos reservou muitas surpresas… Somente quem ama pode sentir a energia desta criação e dos renascimentos!
As letras são ruidos
Palavras são sussurros um dia silenciado
Pelas poesias em desintegração
Parte vai nos mares
Parte vai nas montanhas
Enfim torno pó, para quem sabe um dia renascer em sensações.
Kaike Machado
Reconstruindo de novo um novo que ainda não conheço.
Afinando em silêncios os meus outros de mim...
Recolhendo retalhos, estilhaços, cacos e sobras...
Continuo a ler...
"mas sem entender"
Pois ainda é cedo para
morrer.
"ainda existe tempo para viver"
Leio as cinzas da
esperança.
"e releio a minha crença"
Assim ela pode resnascer.
"acredito num novo florescer"
***
Pingos de Chuva
Dias chuvosos nos desacelera!
Independente da pressa precisamos reduzir.
Nos permitindo pausar!
Ouvindo o som que acalma até a alma, os pingos de Chuva.
Entre uma gota e outra há um intervalo de tempo em que conseguimos olhar para dentro, colecionar e reviver memórias com cheiro, som e sabor.
A perfeita calmaria que nos permite reiniciar e reconectar-se com a vida que se refaz gota a gota.
Desvelando a Morte: O Caír das Cortinas
A morte há de ser como
O cair das cortinas entre a cria e a criatura,
A parede invisível que nos separa da eternidade,
Podendo assim estar diante do Criador.
O rasgar do tecido fino que separa o agora do infinito,
Revelando a nudez do ser humano,
Deixando para trás todas as bagagens e tesouros
Que acumulamos em vida,
Mas que ali não têm utilidade alguma.
Nesse momento, tarde demais,
Percebe-se o quão fútil pode ser a vida,
E que talvez a morte não seja o problema.
Ela há de ser uma solução,
Uma passagem para o eterno e o desconhecido,
Onde o peso do viver finalmente se dissolve.
Resiliente
É sobre ser cacto e, no improvável, florescer.
É sobre ser valente e resistente, sem perder a beleza por essência.
É ter espinhos e, ainda assim, oferecer flores.
É se nutrir na seca e, com generosidade, oferecer preciosos frutos.
Reconstruir-se
Reconstruir-se não é voltar a ser o que era, mas tornar-se quem se precisa ser. É olhar para os escombros e, em vez de lamentar o que caiu, escolher o que ainda pode florescer.
É entender que algumas partes se perderam porque não cabiam mais, que algumas dores moldaram caminhos e que cada rachadura carrega uma história.
Não é um processo rápido, nem sempre é leve. Mas é necessário. Porque recomeçar não é fraqueza, é coragem. É decidir, todos os dias, que a própria história ainda vale a pena ser escrita.
O medo de voar
Há quem passe a vida inteira sonhando com a liberdade, mas, quando finalmente tem a chance de alcançá-la, hesita diante do desconhecido. A gaiola não é apenas um espaço físico – muitas vezes, ela é feita de inseguranças, de receios cultivados ao longo do tempo.
Se a porta está aberta, por que ainda não foste? Por que teus pés insistem em permanecer onde sempre estiveram? Talvez seja o medo de cair, de não encontrar pouso seguro, de se perder no infinito. Mas a verdade é que não se aprende a voar sem primeiro se lançar ao vento.
A liberdade tem um preço, e ele é a coragem de enfrentar o novo, de se desprender das certezas confortáveis e abraçar o inesperado. Viver presa por medo de cair é esquecer que há força nas asas e que, mesmo que haja quedas, cada tentativa te fará mais forte.
Então, abre as asas. O céu te espera.
Moça
Ela é liberdade contida, uma ventania presa em uma janela entreaberta. Tem asas, mas ainda mede a altura antes de voar.
Ela tem um olhar que alcança longe, que enxerga o que muitos deixam passar. Mas nem sempre sente que é vista como realmente é.
Carrega no peito um coração intenso, que bate forte por tudo que acredita. Se entrega com profundidade, sente com verdade, mas nem sempre encontra quem compreenda sua forma de sentir o mundo.
Ela é feita de contrastes—leveza e intensidade, coragem e receio, força e sensibilidade. Ora quer ir, ora hesita. Mas dentro dela arde um desejo incontido de se lançar, de ser inteira, de se permitir.
E quando finalmente abrir suas asas, o vento será apenas um detalhe, porque ela já nasceu pronta para voar.
Não pare
Continue a nadar, continue a nadar...
Se as lágrimas insistirem, deixe que corram, mas não deixe que te paralisem. O tempo não espera, e a vida tem pressa em acontecer. Cada passo, mesmo trêmulo, ainda é avanço. Cada respiro, mesmo ofegante, ainda é fôlego.
Não precisa ser rápido, não precisa ser perfeito. Só precisa ser. Porque o mundo não pausa, e a sua história também não deveria.
Entre Luzes e Sombras: Minha Jornada Fotográfica
Desde o primeiro clique, aprendi que fotografar vai além de registrar imagens – é eternizar sentimentos e momentos que me definem. Cada fotografia guarda uma memória, uma emoção, um capítulo da minha história. Em meio a desafios e pausas forçadas, encontrei na arte de capturar o mundo um refúgio e um caminho para me reencontrar.
Minha trajetória se desenrola em contrastes intensos: as luzes que iluminam os instantes de beleza e as sombras que, mesmo dolorosas, me ensinaram a valorizar cada recomeço. Em cada rua, cada rosto, e sobretudo em cada canto de Indiaroba, vejo a riqueza de uma cultura que me inspira e me molda. Essa conexão com minhas raízes transforma o ato de fotografar em uma celebração da vida – uma homenagem às tradições, à memória e à identidade que carrego.
Mesmo quando a exaustão e a insegurança ameaçaram silenciar minha voz, eu me recusei a deixar o sonho morrer. Em meio ao silêncio e à luta interna, minhas palavras e imagens se tornaram a prova viva de que, mesmo na solidão, há uma força que me impulsiona a continuar. Cada página deste portfólio é um testemunho do meu esforço, da minha resiliência e da vontade de deixar minha marca no tempo.
Aqui, reúno não apenas fotografias, mas a essência de cada momento vivido – um registro que, espero, fale por mim mesmo quando eu não estiver mais aqui. Este é o meu legado, a narrativa de uma jornada feita de luzes, sombras e, sobretudo, de autenticidade.
DUAL
Por onde avanças no além
Riscas de Luz num pátio terreno
Teu brilho emprestando ao solo lubuno
Firme na sina cumprindo seu turno
Fogo divino se doa sem pena
Astro da vida rei da cena
Talvez a ti não te bastes
Nascendo e morrendo em toda jornada
Lição ensinada: união dos contrastes!
Reflexão Pascal
É nesta quadra de penitência, que nos devemos lembrar que os nossos atos têm consequências. Regressemos ao interior e avaliemos o nosso ser, ressuscitemos melhores que antes. Votos de uma Santa Páscoa.
Sob a luz do sol, caminhamos,
nas mãos a esperança do amanhã.
Há dias em que o céu brilha claro,
os seus raios dançam na pele, no coração.
Mas às vezes, o céu escurece,
as nuvens pesam, ameaçam chuva.
Gotas caem, lavam as tristezas,
os medos dissolvem-se, escorrem pelo chão.
E outras vezes, as tempestades rugem,
ventos ferozes, relâmpagos que rasgam.
Os trovões iluminam o caminho
que, mesmo tortuoso, seguimos firmes.
Há dias em que a terra treme,
o chão abre-se, tudo se abala.
Nesses momentos, agarramo-nos,
buscamos forças nas raízes profundas.
Apesar de todas as tormentas,
de cada chuva, de cada tremor,
sabemos que o sol desponta
e renasce a esperança em cada flor.
Assim é o amor, a nossa jornada,
um ciclo de luz e de sombra.
Mas no fundo, em cada alvorada,
sabemos que o sol sempre volta.
Atitudes como moral e bons costumes, não transforma homens em fazedores de justiça com as próprias mãos, tornam todos além de dignos em seres honrados.
Eu sei que o coração é verdadeiro,
eu também sei que apesar de toda mazela continuar com o pé na lama
pode-se sucumbir a mesma.
Mas queremos nos eternizar nas coisas.
Porém sei que apesar de todos os conceitos,
tudo é pré-conceito, tudo é suposição,
e caímos no `` só sei que nada sei´´...