Relógio Parado
O tempo, este marcado por nosso relógio, é apenas um parâmetro que nos possibilita administrar tarefas e eventos, o tempo não pode ser o administrador.
O tempo da vida não deveria ser medido pelo relógio, mas sim pelos momentos. A quantidade de dias vividos é menos importante que a qualidade das recordações. Ter uma vida extensa só é válida se, antes de tudo, ela for intensa!
O relógio marca meia noite,
ela entrou no lugar
Mas se olhar matasse
estaríamos todos
condenados
Depois de um beijo você
não consegue se livrar
Dos lábios peçonhentos e
do perfume venenoso
Ela começou a rebolar muito
sexy
E me olhando
Ela conseguiu me controlar
pela mente
Este lugar é uma prisão
Eu estou acorrentado
Eu desisto
Estou à sua piedade
Ela não quer me soltar
Ela disse que gosta de
dançar sozinha porque
Ela é uma garota baladeira
Ela não liga para mais
ninguém
Ela está em seu próprio
mundinho
Eu amo essa garotinha
baladeira
Eu amo essa garotinha
baladeira
Ela é uma garotinha tão
baladeira
Eu... Eu tenho que sair
daqui, está começando a
girar
Mas não há escapatória
dessa confusão em que
estou
Ela não consegue resistir à
tentação do pecado
Então, puxe a gola pra cima
antes que ela crave os
dentes, yeah
Os ponteiros do relógio
Muito já se falou sobre o tempo, mas quase nada se disse sobre os ponteiros do relógio. Cazuza, Drummond, Shakespeare, Nietzsche, Fernando Pessoa, talvez Sócrates e outros tantos se debruçaram sobre o tempo e colocaram no papel aquilo que de repente brotou em suas imaginações, como se estivessem ali debaixo da cama só esperando que se deitassem para fazê-los levantar e brincar com as palavras.
E os ponteiros? Você já reparou nos ponteiros do relógio? E não venha me dizer que é de somenos para ser observado, Mário Quintana falou de algo muito menos importante e foi louvado pela crítica, basta ler "Pausa" e ver que os óculos sobre a mesa são bem menos relevantes que esses dignos operários do tempo, que não param um segundo sequer para fazer a máquina do mundo girar.
A má notícia é que, se você não foi capaz de reparar nos ponteiros, os quais estão a lhe consumir dia após dia, pense no tanto de pequenas minúcias que perdeu ao longo de todo este tempo (impossível fugir do tempo).
E porque é impossível fugir do tempo, passemos então a observar tudo que se pode ver, sentir ou tocar. Já parou pra pensar que os ponteiros do relógio formam uma família com três membros, provavelmente pai, mãe e filho? E que eles se abraçam mais vezes por dia do que muitos que se acham donos do tempo?
Mas o ônus dos ponteiros é serem partes essenciais do tempo, e girarem em torno do círculo repetidas vezes no mesmo lugar. Pessoas serenas, pensantes e pontuais, nunca atrasam. Devem se comunicar entre si através do carolinês, enquanto o filho usa o peculiar dialeto tique-taquês.
Quantos de nós não estamos sendo partes essenciais do tempo, mas parados no mesmo lugar?
Como disse Arnaldo Jabor: "Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais".
P.S.: A moça da meteorologia também fala todos os dias do tempo. Não podia me esquecer dela...
A VIDA É UMA RODA GIGANTE!
Vejam que interessante!
Parece um relógio imenso, que roda ao prazer do tempo, levando a vida gente, com alegria e encanto, sem medo se divertindo, com chorando prantos.
Logo que se inicia, ela roda devagar, numa contagem progressiva, que parece não chegar.
Oh! bela adolescência sem compromisso, brincalhona e sem juízo, que maior idade de infante, parece longe de tudo, parece muito distante.
A contagem progressiva, começa acelerar e a contagem regressiva, parece não caminhar.
Ah! Depois de um tempo e de repente, chega-se a responsabilidade, deixa a fase de adolescente e atinge a maior idade. Ufa, até quem enfim!!
É a época de aproveitar, a saudável juventude, paquerar, festejar, namorar, antes que a coisa mude, pois começa se apaixonar, com certeza vai casar.
E ai, numa correria imensa, vai a família aumentar.
Essa Roda vai rodando, e a gente sem perceber, o velho tempo passar.
Os filhos crescem se casam, chegam netos. Doces pirralhos!
E quando nos acordamos, chegam os cabelos grisalhos.
E a velha Roda Gigante, não para em nenhum instante, continua a rodar.
O tempo parece voar e numa velocidade precisa, acelera a progressiva e a regressiva aumenta e quando se menos esperar estamos chegando aos setenta.
É ai que a coisa pega!
A Roda em disparada, na contagem regressiva, no embalo da progressiva, a gente sente coragem e pára pra refletir, com o desejo de ficar, mas a alma quer partir.
E a gente de qualquer sorte, querendo fazer-se forte, tenta enganar a morte e não deixa o corpo sentir, e a cada volta da Roda vê um amigo partir.
É nessa história de vida, de lágrimas em cada partida, no meu canto, meu abrigo, no meu pranto e timidez, vou cedendo aos amigos, com prazer a minha vez
Se pararmos o relogio , se calarmos os gritos ,apagarmos as luzes , o que sobraria ?
Sem o tempo a pressa não faria sentido e porderiamos nos contemplarmos , sem os sons insurdecedores o desespero não teria mais nexo e poderia mos nos ouvir , se não tivessemos mais as freneticas luzes pra olhar então conseguiriamos olhar pra nós mesmos , e o que sentiriamos ,o que ouviriamos o que veriamos ?
Contemplariamos o amor , ouviriamos o silencio e ele nos ensinaria a paz , veriamos o nosso proprio e eu e então poderiamos vive lo completamente !
Pare seu relogio , tire o son e Apague as luzes !
A cada dia que se passava menos o relógio alegrava-me com seus blefes supersticiosos dizendo que alguém pensava em mim, o que eu achava curioso, pois era de grande costume ver os ponteiros sempre colaborando com meu ingênuo poder de acreditar com muita fé que números iguais, lado a lado, no visor do dono do tempo, pudessem de verdade fazer um alguém parar um minuto do seu dia e pensar em mim e no que vivemos juntos. Eu sabia que era ele, alguma coisa me dizia isso e meu coração acelerava repentinamente.
Clarice Lispector é realmente a dona da razão. Incrível como seus escritos nos calham em mãos dizendo a coisa certa na hora mais precisa, sempre. É como se ela calculasse o que nos poderia acontecer em míseros fragmentos de segundo e que isso fosse para nos aprontar e fortalecer para o que estava a fim de advir de pior nos momentos mais importunos. As últimas palavras dela que li há uma semana avisaram-me e eu não quis acreditar. Tola. “Eu tenho um amor em minhas mãos que me escapa entre os dedos querendo que eu o recupere”. “O definível está me cansando um pouco.” E era isso, tudo estava altamente definível e não é bem assim que as coisas têm que ser. O amor tem que ser inesperado, admiravelmente abrasador, há tempos o que sentíamos não andava mais assim. Tinha como presumir cada passo, nada mais espantava e por capricho empurrávamos a relação juntos com a barriga somente por estarmos acomodados com o namoro. Frio, cavo, porém namoro.
Quando começou não havia como crer que aquilo perduraria mais do que o nosso primeiro beijo, mas as coisas foram caminhando, passo a passo, e acabou durando até demais. Demais porque eu o amava mais do que podia, vivia por ele e a cada dia olvidava que dentro disso tudo tinha certo mim que mais e mais eu deixava de lado. Não era mais saudável. Juntos passamos momentos maravilhosos, delirantes, inesquecíveis e aprendemos, crescemos. Eu não sabia que ele era capaz de fazer tanto por mim, e fez. O carinho que hoje, cá, tenho por ele não tem como regular, a importância, o respeito é grande demais e a ele só tenho a agradecer. Por mim ele fez uma coisa que há muito tempo eu tentava fazer e me sentia incapaz de. Não podia ter deixado isso ir tão longe, não fazia mais bem nem a mim, muito menos a ele que calado agüentou todas as minhas reclamações e fez com que existissem momentos magníficos ao seu lado que me fizessem esquecer de todos os problemas. Problemas tais que às vezes nem existiam, eu apenas criava para ter um pouco mais de zelo, pois com as brigas eu via o quão ele se importava em só fazer isso crescer, eu me sentia bem fazendo-o sofrer, inconscientemente. Acabou e dessa vez eu sei que não tem mais volta, o que é uma pena, pois eu podia ter feito melhor, eu sei disso.
Ele deve saber que eu o amei e o amo muito, que não vivi nada de tão absorvente e duradouro antes disso. Ter conhecido sua família, ter me apegado tanto a todos eles foi um dos passos mais importantes que demos, pelo menos pra mim. Fez parecer mais palpável, que aquilo tudo não era somente mais uma de minhas quimeras irrefreáveis. E eu ainda me recordo da primeira vez que ouvi eu te amos saírem por meio de seus lábios. Fico feliz por saber que mesmo após o fim eu consegui fazer ele me amar assim como eu o amava muito antes de compartilharmos suores, isso pra mim, de início, parecia-me impraticável. Ele foi e é a razão de muitas coisas que hoje me rodeiam. Ele despertou em mim uma vontade incontrolável de escrever, ele foi a grande causa do nascimento do meu blog. - Obrigada. – Ele me fez sonhar, planejar e me fez acreditar em cada vírgula que dão vida às minhas palavras avulsas.
Não há como resumir esse todo muito que vivemos. Não importa a quantidade de páginas e de vocábulos teatrais. Nada nunca delineará cada minuto ao lado desse grande homem que fez de mim mulher. Essa é apenas uma forma de evidenciar o meu orgulho por ter vivido isso, pra dizer o quão ele ainda me é importante e que eu não vou querer me manter longe dele, jamais. A amizade me seria muito formidável, ainda mais vinda de uma pessoa que tanto me instruiu.
Após chorar mil lágrimas desesperadas, e ouvir o derradeiro “não vou voltar atrás” vindo do telefone, eu engoli o pranto, vesti minha armadura e fiz de mim mulher forte. Cheguei ao quarto e me desfiz de cada folha, pétala, flor seca, tampa de garrafa, tudo que ele me entregava nos dias que passávamos juntos e que eu guardava em uma caixa com muito carinho obrigando-me a manter aquilo vivo até darmos o nosso último adeus. E se foi. Deletei mensagens, apaguei fotos, fiz de um tudo, mas ainda sinto um vazio. Acabou, pois era triste amanhecer sozinha sabendo que ele ainda estava anoitecendo. Nunca andamos ao mesmo compasso. – Infelizmente - O que me inquieta é que após tudo isso eu consegui adormecer, coisa que antes eu não faria. Dormi, e dormi muito bem. Parece que foi porque eu me senti mais leve em saber que agora ele está alforriado, livre para mais pra frente, quem sabe, encontrar uma outra flor que desabroche no mesmo tempo que ele. Foi bom enquanto durou e hoje eu posso dizer que por mais que durante essa história de amor tenhamos passado por muitas brigas e desalinhos, ele foi o melhor erro de toda minha vida.
É vai bater saudade
Final de semana longe
Eu digo que o tempo é maldade
O Tic TAC do relógio
O Tum Tum do coração
Adie o casamento
Eu pedi em oração
De nada adiantou meu lamento
Amanha entro no avião
O Xuxu vai me levar
Meu coração com ele vou deixar
Guarda, guarda bem
É o coração de quem te adoro
Que agradece sua chegada sem porém
Logo mais volto aqui
Quero seu abraço
E te fazer cócegas pra gente rir
Quero seu beijo ansioso
Quero dormir do seu lado
Bem gostoso
E sem terminar
O que só começou
Estou de passagem comprada
Mas eu não vou
Porque mesmo longe
Ao seu lado sempre estou
Leva meu coração
Olhando pela janela, vejo o sol incidindo
Derrama luz na estante, no relógio, na maçaneta
Na ampla sala vazia de cor
A mesa está posta
Toalha branca, límpida, ingênua
Pratos limpos, panos largos, pães, leite
Não há ninguém à mesa
Há o silêncio, o abandono, o não ser
Rastros invisíveis, sombras do vácuo
Tudo passa despercebido e nada é nunca lembrado
É a transmutação do tempo
A natureza sendo absorvida
para que minha sala nunca envelheça
Para que seja embriagada
no meu próprio passado
A pergunta involuntária sem resposta
Provei à cereja ácida
Provei a angústia do momento em que nasci
O início, o vazio, a quitina negra do ferrão
O ponto letárgico onde a alma encontra barreiras tão obscuras...
E não pude seguir adiante
Dissoluto no fundo da morte
encontrei teu viço jovem, infantil, puro
Entendi o que é a paz;
essa alegria distraída de viver
este sopro macio no campo
Um rubor na face macilenta
Um instante estúpido contigo
Eu esperarei por ti
na vida, na morte, na distância
No delírio da febre, na tristeza do pranto
nas noites frias, nas minhas pálpebras fechadas
Nas águas turvas do meu sono
Sufocado no escuro, enlaçado na calada
Sentei-me no chão ouvindo o ruído do nada
Do sangue ascórbico corroendo faminto
Do coração pulsando agudo por instinto
Nega-te o alimento, o sustento diário
[nega-te a vida
Acostuma teu nome ao sinistro obituário
Roga-te a praga, converte-te em semente
E da moléstia, forma-te o carpelo
de um mundo inconsolável e belo,
doses excessivas duma fome demente
E não há mais miséria na aguardente
Nem pudor nas faces coradas
Os braços rasgados de cercas farpadas
O grito à ânsia, o fruto à serpente
A relatividade do tempo
Vamos perder os ponteiros,
imaginar um relógio sem horas,
ajustar os minutos,
deixar fluir os segundos,
da nossa relatividade do tempo.
As vezes penso se este tempo,
que leva tanto tempo a passar
quando é dor ou agonia,
é o mesmo tempo que passa
com pouco tempo de passar
quando do prazer e alegria.
Quando damos um tempo,
criamos o hiato do tempo,
como a dizer ao tempo:
tempo por favor dá um tempo,
pare que eu quero pensar.
A velocidade do tempo,
se é que dá pra mudar,
somos nós quem mudamos,
no tempo que a gente cria.
by Mel
Eu sou o relogio da minha vida. Sou culpado por tudo que aconteceu, que acontece e que acontecerá na minha vida.
Ironia
Besta é aquele que olha para o relógio esperando que a hora passe. Enquanto ele poderia estar fazendo algo de interessante como estar lendo está frase agora mesmo sem perceber que já fez algo e já passou o seu minuto tão esperado!
Vejo o tempo passar em minha frente.
Vejo o ponteiro do relogio apontar o novo tempo.
Hoje já é o ontem e amanha o hoje.
Vejo o tempo passar no meu rosto.
Que castigado pelo tempo me diz,
quanto tempo tenho.
Hoje é o meu tempo.
Amanha o tempo dos meus filho,
e o filhos dos meus filhos.
Que assim como o ponteiro do relogio,
conta o tempo de todos nós.
Como sobreviver no mundo?
Me pergunto isso a cada tic tac novo do relógio.
Eu aqui na minha realidade inventada procurando pequenos vestígios nos seres humanos,
quem sabe descubro algo que me faça acreditar que vale a pena.
o sabor das manhãs oscila entre doce e amargo
o toque da brisa me refresca e me sufoca...depende da intensidade em que tento respirar a vida
Procuro nas pessoas o perfume, a fragância delicada que entra diferente no olfato até impulsionar o coração.
Nos livros histórias sobre amores eternos e finais felizes.
Na música a melodia dos sonhos, o encanto dos enamorados que choram através notas e rimas.
Como sobreviver no mundo?
Questino a cada clarear e escurecer de dia.
Eu aqui no mal-me-quer e bem-me-quer da margarida
que perde no vento cada pétala sua em busca de alguém que eu queira meu
A voz do coração me ensurdece, grave e águdo do não sentir
Meus olhos vasculham o mundo, a linha tênue da afeição sempre me escapa,
se desintegra na "borracha" vida que apaga sonhos.
Nas noites histórias sobre falta de amor e excesso de hormônios...quase nenhum final feliz
Nos dias pessoas muito ocupadas...
Entrego meu sentimento ao mundo, só preciso aprender a como sobreviver nele primeiro.
É perigoso viver às custas do relógio. Acreditaria se eu dissesse que o mandei ontem para o conserto?
Pois é... péssimo técnico! Os ponteiros continuam andando devagar...