Relógio Parado
Idas e vindas
De idas e vindas
A vida me surpreende
De nada achar, retorno.
O vento me traz da mesma forma
Que me levou
Agora, mais forte.
Seguro nas asas do meu presente
E espero
Não se atrase,
O tempo tem pressa e eu também
O relógio corre sem parar
Tento alcançá-lo e não consigo
Por isso não se atrase
Tenho pressa e o tempo também.
A vida e o tempo
A vida não cabe no tempo
Temos tanto para viver
Que não cabe nos números do calendário
São tantos planos, desejos e sonhos para conquistar
Que não cabem nas horas
E nos minutos que os relógios marcam
Há tantos amigos para abraçar
Muitos sorrisos a oferecer
Conversas permeadas de risadas, para se alegrar
Vinhos para beber
Pele para acarinhar
Lugares para conhecer
Faces e bocas para beijar
Livros para ler
Eu te amo para falar
Cheiros para sentir
Músicas para cantar
Você é linda para ouvir
Pessoas para amar
E flores a ofertar
Há tanto por fazer
Porém, pouco, ou quase nada, conseguimos realizar
E ainda nos damos ao luxo
De o tempo desperdiçar
Como se essa a vida pudesse se repetir
Ou o tempo fosse se expandir
Por isso, guardemos naquela gaveta
Onde nada conseguimos recuperar
Todos os relógios e calendários
Que querem nos escravizar
E a partir de então
Não se preocupe com as horas e os dias
Muito menos com a idade
Beije, sorria, abrace
Cante, dance, viaje
Sonhe, cheire, afague
Apaixone-se, ame, se embriague
Assim, quando a “indesejada das gentes”
Vier nos encontrar
Ela não levará a nossa vida
Mas apenas um corpo
Pois a vida, nós a teremos vivido
Essa vida, que não cabe no tempo
Essa vida, que não cabe num poema
Às vezesse você dá corda demais no relógio, ele não desperta...
Charlie Brown: Somos todos um pouco assim, Sally.
Para os almanaques
No meu relógio, de uma para outra hora,
quando o ponteiro menor sai a levar lembranças ,
passa-lhe a frente o grande, transportando intrigas
Um relógio parado, mas ainda faz tic tac
o relógio se posiciona em cima do muro para ver o tempo passar, tic tac
o tempo passa, mas o ponteiro não meche
quem passa pelo muro e ver o relógio parado diz que ele está quebrado
o relógio não liga, e fica apenas observando o tempo passar
só que o relógio não queria mudar
um dia quando tudo acabou, todos viram o relógio
ele simplesmente tava parado no tempo, no mesmo lugar
mais do que parado no tempo, ele viu o tempo passar e levar todos que queriam mudar sua hora
mas até o final do dia o relógio que não queria mudar estava certo
mesmo que ele não queira, a corda não e infinita
e quando a hora certa chegar o relógio contemplará todo tempo precioso, todo tempo qual ele fez sua parte, todo tempo que passou e nunca ira voltar.
Até um relógio parado está certo duas vezes por dia. Após alguns anos, pode vangloriar-se de uma longa série de sucessos.
Não existe nada de completamente errado no mundo, mesmo um relógio parado, consegue estar certo duas vezes por dia.
Pare de se cobrar, Mude o modo que você olha para as coisas, afaste-se de pessoas negativas que estão sempre vendo defeito em tudo!
Ninguém vai pra frente estando ao lado de gente pessimista e de mal com a vida.
A pessoa negativa, quando se faz ausente, deixa o ar mais leve.
Ninguém mais além de você é responsável pela sua felicidade.
Relógio parado
Noite silenciosa
Misteriosa lua
Vestida por dentro
Por fora nua
O vento sopra perguntas
Percorre a multidão
Faz barulho no pensamento
Faz desabrochar o coração
A lua toda bela
Até parece que zela
O sono de alguém...
Os sonhos
E o andar dela
Ilumina a rua e a janela
Noite sem sono
Sem plano
O tempo voa
Às horas não
Autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 29/11/2021 às 19:00 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Enquanto o mundo e o relógio disputam uma corrida girando depressa, sigo parado no tempo pensando nela.
Gaiola doida
O relógio parado
Fixado na parede
Não falta água
Só não tenho sede
A minha causa rara
Afirma-se em solidão
Sem perspectiva do amanhã
E o hoje sem a tal emoção
O velho sábio pensa
Indefinições que voam
Como pássaros embriagados
Sonhos que são lamentados
Nada é como outrora
O pôr-do-sol se extinguiu
Nunca pesquei naquele rio
Minha empresa já faliu
Antes de nascer eu previ
Na gaiola doida estaria
Segue então o rumo do baile
Fantoches em total monotonia
O meu esconderijo maior
Esconde aqueles sentimentos
Cada vez mais realçados
Num poço de lamentos
Não vejo as cores
Tal como elas são
O daltonismo cai
A luva serve na mão
Razão na pura emoção
Comoção sem sentir
Um amor que aflora
Na cova vou partir
Quase nunca nada
Jamais te conheci
Nada serei sem ti
Estrela da madrugada
Adeus ao navio negro
Leve todas as vítimas
Eu aqui ainda aguento
Mesmo sem carícias.
Assim como um relógio parado acerta a hora duas vezes ao dia, certas pessoas caladas são duas vezes mais sábias.
Olhei para o relógio e ele estava parado. Mas mesmo que os ponteiros não marquem as horas, o tempo está passando, rápido, devagar, silencioso, barulhento, ele vai embora arrogantemente sem se preocupar com ninguém, apenas cumprindo seu ofício: passar. E nós dividindo opiniões por vezes achando que uma hora é muito e outras, muito pouco. Lembro a primeira vez que beijei, foi só uns 10 segundos, mas aquela sensação de medo e alegria durou uma eternidade, aliás, ainda dura. Lembro também da demora que a ambulância levou para chegar durante um acidente, mas também como passou rápido e de repente estavam todos bem. Lembro quando fui buscar uma filhotinha de labrador que nos encheu de alegrias e de repente passaram-se quase 12 anos e ela virou aquela estrelinha lá no céu, a da direita que está piscando de saudades. O tempo passa, passa, passa mas a duração dos segundos, dos minutos e das horas, depende da nossa capacidade de aproveitarmos, nossa iniciativa de fazer e na nossa vontade de viver.