Relações
Quanto cidadãos, que partilham a vida em sociedade, ajudaria bastante se, nas relações, conseguíssemos manter um nível considerável de coerência entre tudo que falamos sobre os nossos bons sentimentos tendo como resultado as nossas ações
"O impulso de pertencimento vem das primeiras relações afetivas, que se refletem claramente no comportamento adulto." – Dan Mena.
Nunca é por uma única coisa. As relações não se encerram por desentendimentos das partes, elas se encerram pelo surgimento do desfecho conclusivo que faltava dando início a um novo capitulo que começa a ser escrito
"O intrincamento da nossa sexualidade pede por relações que transcendam o controle e a superficialidade." Dan Mena.
A harmonia na sociedade e nas relações depende, exclusivamente, da hipocrisia diária de cada indivíduo.
Me convença que as relações pautadas na hipocrisia elevam a qualidade emocional do ser humano, e não só a vaidade íntima das partes frente a plateia, e eu prometo me esforçar para aderir tal postura, como prática assídua, apesar de deprimente, e colaborar com a felicidade interior do outro.
Quando, nas relações, há paz integral e a harmonia é irretocável, desconfie. Alguém está abrindo mão, por alguma conveniência, da sua paz interior e da felicidade individual para promover, exclusivamente, a paz e a felicidade do outro. Está se sabotando. Está pavimentado a estrada do rompimento definitivo. Nem paz total, nem guerra constante...diálogo é a indicação, sempre.
As relações são como um quebra-cabeças, porém elas não devem, nunca, terem todas as suas peças encaixadas, porque um quebra-cabeças montado torna-se um desafio vencido. Perde a graça, ou desencanta. Se queres manter-se numa relação não faça questão de conhecer todas as peças do quebra-cabeças que te une a alguém. Ah, e viva o durante, pois o início e o fim são os que menos merecem atenção. O início é ilusão, o fim é frustração, em geral, e o meio é aprendizado. Mas, ainda assim, dá para ter um pouco de prazer durante o jogo.
Nas relações, sempre que possível, abra as portas sem medo, porém, quando necessário, fecha-as sem culpa
O vitimismo, em todos os segmentos das relações humanas, na grande maioria das vezes, sensibiliza o alvo, e sempre abre mais as portas do que as fecha, mas quando fecha é definitivo
Nas relações afetivas, o "para sempre" pode ter fim, e o "passageiro" pode ser eterno. Quando o protagonista é o coração só ele têm o poder de decisão sobre o tempo que vai durar a felicidade que nos toma à vida quando estamos ao lado de alguém essencial para nos tornarmos completos nos nossos anseios mais íntimos. A torcida é sempre pelo final feliz para ambas as partes, "individualmente à dois"
Eduque sempre com exemplos. Inclusive nas suas relações amorosas. Os filhos agradecem e crescerão com uma boa referência afetiva. Na pior das hipóteses, os estragos serão menos danosos.
É a partir da nossa sanidade emocional que conseguimos desenvolver nossas relações afetivas com saúde
Ei, você que sempre se apresenta na vida e nas relações de maneira transparente, como exatamente é, tome muito cuidado com aqueles que se apresentam sendo muito bondosos e caridosos, pois ao contrário do que tentam te convencer, nem sempre o perigo está no oposto deste alerta.
Nas relações humanas quem sabe jogar tem grande chance de sair vitorioso naquilo que pleiteia no jogo, mas só quem não joga tem chance real de ser feliz naquilo que acredita dentro de uma relação.
É no bastidor que acontece a realidade das relações públicas, no palco, para a plateia, só é encenado o que foi ensaiado.
As relações ideais e realmente felizes são aquelas em que as partes não precisam tentar mudar o outro para que ele se encaixe nos seus interesses com a relação e nem quando se faz necessário que cada um esconda as suas verdades e valores para impressionar e conseguir sustentar um suposto afeto construído com arbitrariedades passíveis de serem condenadas pela consciência. Quando este jogo de interesses é dispensado e o sentimento é realmente verdadeiro e espontâneo não há a necessidade de atender a demanda social do exibicionismo da felicidade e nem de priorizar a exposição de uma realização falsa e frágil.