Relações
As relações humanas se deterioram como a madeira que foi assolada pelo cupim.
Assim, são as pessoas que descartam as outras quando estas já não tem mais utilidade. O que há com a dupla essência adicionada no ente pelo Divino?
É triste como a frivolidade tomou conta das relações, sejam afetivas, sejam profissionais.
Fala-se o que se deve, não o que se sente.
O que a opinião é senão uma leve expressão de sua conduta, um grito no vácuo das relações sociais atuais, que sinceramente, pode ser bem guardada e trancafiada num belo baú de tesouros, à espera de uma bela gatuna.
Copo cheio, relações vazias. BH virou sinônimo de open bar. A excitação e ansiedade pela “balada perfeita” traz como conseqüência do dia seguinte a carteira vazia e o fígado cada vez mais debilitado; isso para não mencionar os resultados da trágica mistura “álcool + volante”.
É assim que muita gente tem vivido por aqui; buscam fugir dos problemas, frustrações e insatisfações em ambientes superficiais, onde a “alegria” é efêmera e desprovida de sustentação. Chega a ser um vício muitas vezes difícil de detectar. A fórmula já é mais do que conhecida: bebida liberada, ambientes super povoados e imagem sobrepondo ao conteúdo.
Não há nada de errado em curtir uma balada, sair para se distrair, deixar de lado as preocupações. O problema é quando a exceção vira regra, quando a quantidade é mais importante que a qualidade. O “baladeiro” não quer perder seu tempo se preocupando com os outros, quer satisfazer seu ego e suas vontades a seu tempo e modo e em seguida partir pra novas aventuras. São pessoas que não suportam a própria cia, precisam desesperadamente da adrenalina alcoólica para se sentir preenchidas. E o ritmo tende a acelerar cada vez mais, já que o efeito da “droga” é curto.
Em meio a tudo isso temos ainda o paradoxo de que grande parte dessas pessoas anseiam e procuram por alguém que supostamente seria o responsável para encerrar toda essa fase descompassada. Ora, sendo bastante simplista: se nesse tipo de ambiente dificilmente se consegue ouvir a voz do outro, como seria possível conhecer uma pessoa disposta a iniciar um relacionamento sério? E mais, por que acreditar que um namoro tem o poder de consertar tudo e colocar as coisas no lugar? Somos inteiramente responsáveis pela nossa felicidade, estando acompanhados ou sozinhos. Atribuir a alguém o poder de solucionar nossos problemas é o primeiro passo pra derrocada de uma relação.
Como já foi dito certa vez, vivemos na era do “fast-food” e da digestão lenta, do homem grande, mas de caráter pequeno; das casas chiques e lares despedaçados; do excesso de vaidade e lucro e das relações vazias. Para aqueles que insistem em permanecer no ciclo vicioso da futilidade, meus pêsames. Ninguém é melhor do que ninguém, o que temos de mais valioso não é possível se enxergar a olho nu e as nossas melhores experiências não são vivenciadas quando estamos bêbados. Portanto, saia do “transe” enquanto é tempo, tem muita coisa interessante por detrás das cortinas deste espetáculo bizarro.
Somos capazes de estabelecer relações genuínas de afeto somente quando olhamos para as pessoas e nos esforçamos para perceber o que está além das aparências.
Nas relações interpessoais sólidas, a sinceridade é a alicerce que constrói laços de confiança, capazes de resistir a qualquer tempestade
No itinerário das relações humanas, descobri que ninguém pode dar aquilo que não tem.
(CLARIANO DA SILVA, 2016)
Reflexões perfunctórias do Menino do Vale do Mucuri
Lute sempre para melhorar
As relações humanas
O bem-estar, a qualidade
De vida das pessoas
A grandeza do nível
De confiança no meio social
No ambiente em que se vive
Sua força enobrece o território
E o espaço na sociedade.
Seja porta-voz na defesa
Dos princípios humanitários
Não deixe a maldade prosperar
Não transija jamais diante
De choques de interesses
De conflitos de valores
Se tiver que fazer opção entre
A influência do poder econômico
E os valores éticos
Faça opção pelas firmes
Convicções da dignidade
A espada capitalista do terror
Não tem o mesmo poder diante da sólida
Estrutura moral
Existem valores que são inegociáveis
Se algo lhe importuna e maltrata sua alma
Saia do barco enquanto
Somente persistem as ameaças
Iminentes de naufrágio
A hipocrisia cabotina
Logo se descortina
A máscara logo vem ao chão
E todos verão que tudo
Era ditadura do vazio
Do amadorismo, da fantasia narcisista
Da vaidade desmedida
Do encanto pueril
Bom mesmo é ser feliz no Vale do Mucuri
Na amada Teófilo Otoni
Onde a paz prospera
Tudo é muito leve
A arrogância logo é detectada
A brisa ameniza o sofrimento
E afasta a opressão
Seja protagonista do seu tempo
Cujo desiderato é a promoção
Dos Direitos Humanos
E construção da Cultura da Paz.
Sei que todos a sua volta gostam de relações carnais e suas tais 'musicas', mas não me inclua nisso.
Relações saudáveis são construídas por homens que reconhecem a importância de elevar suas parceiras, em vez de diminuí-las.