Rei
O solitário tem fé.
Como um rei que não ama.
Eu me desespero sem ter uma dama.
Canto só nesse canto.
Sem meu doce encanto.
Quem amava.
No passado me enforcava.
E hoje me ensina.
E logo tira meu clima.
Rezei pra Deus nos unir.
Mas tenho de esperar.
O negocio não pode sucumbir.
Hoje só posso orar.
Ter fé e esperar.
Posso ver meu ser conseguindo te alcançar.
O solitário aqui tem fé.
O negocio vai dar pé.
O autista
Meu olhar vagueia
E incomoda
Me julgam alheio
Não sabem do meu mundo
Onde sou rei
Me acham diferente
E não percebem
O quanto diferem de mim
E são estranhos (pra mim)
Preocupam-se com outras vidas
Falam de outras pessoas
Escondem sentimentos
Ensinam o que não fazem
E mesmo assim...me julgam diferente
Ser normal para eles
É fazer o que fazem
E ordena a sociedade
Ser normal para mim
É fazer o que eu quero
E quando eu quero
Sentem pena de mim
Por me acharem diferente
Mas o que não sabem
É que eu, na minha indiferença
Sinto pena deles todos
(Nane-06/11/2014)
Se não quer nada do que é meu
Por você posso começar do zero
Se quer alguém que não sou eu
Me reinvento, me recrio e viro o cara certo
Eu desejo que os ventos te soprem boas energias, te tragam alegrias, surpresas, magia, que a paz reine em teu lar, que o 'ser feliz' seja permanente e não apenas um estar, que a doçura, de mãos dadas com a ternura, passeiem por teu coração, que teus sonhos sejam sonhados por uma mente tranquila e pacífica, que as tormentas não te atinjam e que tu sejas firmado, cada vez mais, na rocha maior. E te desejo tudo isso, hoje, amanhã e sempre. Que dezembro te presentei com doses diárias de amor e te aparte de todo o mal. Que a cada dia, teus sonhos se realizem, que cada amanhecer seja um novo começo, e que a tua vida seja um eterno Natal.
No xadrez, tenho como objetivo aniquilar o Rei hostil, assim como no xadrez para lograr minhas metas na vida real, tenho que deslocar peças, e até mesmo sacrifica-las sem remorso algumas para cumprir o que almejo, e outras por estar atrapalhando na minha jornada, quando obtenho meu intento, e vejo o resultado do meu esforço e cada gota de suor saindo de meu corpo, devido a grande peleja, a satisfação é veemente grande, unicamente, é isto que importa pra mim
O BOBO DA CORTE
5 de janeiro de 2013 às 11:52
Na intenção de fazer o Rei sorrir,
O bobo da corte veio se apresentar...
Com seus acordes dissonantes e seus gracejos disparates.
Leva a rir a multidão.
Intrigante e muitas vezes privilegiado, começa a olhar desconfiado...
No salão principal fotos da criadagem e suas caras de fome!
Envolto a tantas meias verdades lembrou-se o “Bobo”.
Da tristeza que carregava em seu coração.
E em uma luta desumana entre alegria e tristeza,
Que travava seu coração...
O clown começou a chorar diante da corte,
Que logo percebia que sua maquiagem multicolorida escorria...
A feiúra que divertia então o Rei cedeu espaço para uma deformação...
Foi quando ouviu um grande grito que vinha debaixo da coroa real.
_ Que insulto, um palhaço com rosto de gente que ao invés de nos divertir
Chora pela fome de rostos desconhecidos!
Morte é seu destino...
O Bobo em seu último suspiro suplicou sem ao menos se preocupar com o rumo
Que sua vida ia tomar.
E aproveitando toda liberdade de ação, exclamou bem do fundo de seu coração uma das poesias mais belas, dizendo que era seu ato final.
O Rei cruel, mas curioso e cordial... Deixou o Clown se expressar...
Mal sabia que esse era seu erro!
E no ato solene e polêmico recitou sua poesia dirigindo seu olhar ao Rei.
O Rei dos Bobos
Passou a estudar e a conhecer
As fantasias, anedotas por vocação...
Carregava algumas moedas que ganhava ao cantar.
Era feliz,
Pois nunca havia presenciado a tristeza no olhar.
Seu defeito foi sentir emoção,
E o suplicio no ventre
A arte iria completá-lo,
Mas ainda sim pareceu banal
E sem forças pra continuar a recitar...
Olhou para o céu e pasmou-se com tantas cores,
Pediu em oração...
Sob a proteção de sua companhia,
O insolente que não podia chorar...
Permitiu-se nascer para fazer rir,
E antes mesmo que acabasse a cantoria.
Faça-me o favor completo.
Mande enforcá-lo um quarto de hora antes de me fazer mal.
"Já perdi muito tempo com poesia".
Kadu Costa
O Rei do Cangaço
O governador da Bahia
divulgou no País inteiro
que pagaria em dinheiro
uma volumosa quantia
pra um cabra de valentia
um destemido cidadão
foram quinhentos mil réis
a quem trouxer aos seus pés
o famigerado Lampião
João Bezerra o Tenente
preparou a sua volante
e partiu para adiante
armado até os dentes
uma emboscada de repente
ele cumpriu a sua missão
ocupando todo espaço
morria o rei do cangaço
nascia o rei do sertão.
MEU PERFIL
NÃO SOU REI, NEM MILIONÁRIO;
NEM P.H.D., NEM OTÁRIO;
O QUE TENHO JÁ ME BASTA;
TENHO AMIGOS EM ABUNDÂNCIA;
ENTRE ADULTOS E CRIANÇAS.
TUDO ISSO NÃO TEM PREÇO,
NEM DISCUTO SE MEREÇO.
PARA MIM É UMA BELELZA;
É A MINHA MAIOR RIQUEZA.
É A VIDA SIMPLES, QUE SEMPRE QUIS;
SEM MISTÉRIOS E SEM SEGREDOS;
SEM MAGIAS E SEM MEDOS;
E POR ISSO SOU FELIZ.
Salve Astro Rei,Salve Lua,Salve dia ,salve noite,salve Vida!
Viva os elementos e magia que existe em cada um de nós!
Lindo despertar a todos!
Fui estudar história e tava tudo igual, só que o soldado do rei agora é policial. A polícia pegou Cristo e o botou na cruz. Pior ainda nossos políticos, pergunta pra Jesus.
Uma menina me ensinou
Quase tudo que eu sei
Era quase escravidão
Mas ela me tratava como um rei
Ela fazia muitos planos
Eu só queria estar ali
Sempre ao lado dela
Eu não tinha aonde ir
Mas, egoísta que eu sou
Me esqueci de ajudar
A ela como ela me ajudou
E não quis me separar
Ela também estava perdida
E por isso se agarrava a mim também
E eu me agarrava a ela
Porque eu não tinha mais ninguém
E eu dizia
Ainda é cedo
Cedo, cedo
Cedo, cedo
E eu dizia
Ainda é cedo
Cedo, cedo
Cedo, cedo
Sei que ela terminou
O que eu não comecei
E o que ela descobriu
Eu aprendi também, eu sei
Ela falou: "Você tem medo."
Aí eu disse: "Quem tem medo é você."
Falamos o que não devia
Nunca ser dito por ninguém
Ela me disse
"Eu não sei
Mais o que eu sinto por você
Vamos dar um tempo
Um dia a gente se vê."
E eu dizia
Ainda é cedo
Cedo, cedo
Cedo, cedo
Rei de copas
Trago o cheiro forte de incenso.
Espalhado em meus perfumados pensamentos.
Ao longe, o barulho incessante de vento.
A lareira ofegante ainda aquece aqui dentro.
Na claridade deficiente avisto um vulto.
A garrafa de vinho deitando-me insultos.
Meu interno titubeia em total tumulto.
Foge o menino, grita de longe o adulto.
Eu que não venci meu irmão pra fundar uma cidade.
Não fui grandioso pra estampar o rei de copas.
Não bradei descobertas geniais na minha mocidade.
Nem naveguei, ainda que trôpego, pelos mares da Europa.
A água no vaso não impede que as rosas murchem.
Nas estufas da vida novas flores surgem.
Não vou deixar a vida no cofre trancafiada.
Sigo, mesmo que lôbrega possa ser a jornada.
Sou rei, majestade de mim mesmo.
Todos nós e em todos os momentos devemos ser majestade de nossas paixões e buscar conhecimento em todos os momentos, mas sem nunca se esquecer de olhar aos céus e agradecer tal oportunidade.
Sempre justo e perfeito consigo mesmo
Houve, uma vez, um rei que tinha uma filha extraordinariamente linda, mas tão soberba e orgulhosa que pretendente algum lhe parecia digno dela; repelia-os todos, um após outro e, ainda por cima, fazia troça deles.
Certo dia, o rei organizou uma grande festa e convidou, das regiões vizinhas e distantes, todos os homens que desejassem casar. Foram colocados todos em fila, de acordo com as próprias categorias e nobreza: primeiro os reis, depois os duques, os príncipes, os condes, os barões e, por fim, os simples fidalgos. Em seguida, fizeram a princesa passar em revista a fila dos candidatos mas ela criticou um por um, em todos encontrando defeitos; um era muito gordo: - Que pipa! - dizia; o outro muito comprido: - Comprido e fino não dá destino! - o terceiro era muito pequeno: - Gordo e baixo graça não acho; - o quarto era pálido: - A morte pálida! - O quinto multo corado: - Peru de roda: - o sexto não era muito direito: - lenha verde secada atrás do forno; - e assim por diante. Punha defeitos em todos mas, especialmente, visou e divertiu-se a troçar de um bom rei que estava na primeira fila, o qual tinha o queixo um tanto recurvo.
- Oh, - exclamou, rindo-se abertamente, - esse tem o queixo igual ao bico de um tordo.
E daí por diante, o pobre rei ficou com o apelido de Barba de Tordo. Mas o velho rei, ao ver a filha caçoar do próximo e desprezar todos os pretendentes lá reunidos, encolerizou-se violentamente; e jurou que a obrigaria a casar-se com o primeiro mendigo que aparecesse à sua porta.
Decorridos alguns dias, um músico-ambulante parou sob a janela, cantando para ganhar uma esmola. Ouvindo-o, o rei disse:
- Mandai-o entrar.
O músico-ambulante entrou, vestido de andrajos imundos; cantou na presença do rei e da filha e, quando terminou, pediu-lhes uma esmolinha. O rei disse-lhe:
- Tua canção agradou-me tanto que vou dar-te minha filha em casamento.
A princesa ficou horrorizada, mas o rei disse:
- Jurei que te daria ao primeiro mendigo que aparecesse e cumprirei meu juramento.
De nada valeram os protestos e as lágrimas. Foram chamar o padre e ela teve de casar-se com o musico. Depois do casamento, o rei disse-lhe:
- Não é lógico que a mulher de um mendigo fique morando no palácio real; portanto, deves seguir teu marido.
O mendigo saiu levando-a pela mão, e, assim, ela teve de caminhar a pé, ao lado dele. Chegaram a uma grande floresta e então ela perguntou:
- A quem pertence esta bela floresta?
Pertence ao rei Barba de Tordo;
Se o tivesses querido, pertenceria a ti.
Ah! como fui tola, meu bem,
Porque não quis ao Rei
Que a Barba de Tordo tem!
Depois atravessaram um belo prado verde jante e ela novamente perguntou:
- A quem pertence este belo prado?
Pertence ao rei Barba de Tordo;
Se o tivesses querido, pertenceria a ti.
Ah! como fui tola, meu bem,
Porque não quis ao Rei
Que a Barba de Tordo tem!
Mais tarde chegaram a uma grande cidade e ela perguntou mais uma vez:
- A quem pertence esta grande e bela cidade?
Pertence ao Rei Barba de Tordo;
Se o tivesses querido, pertenceria a ti.
Ah! como fui tola, meu bem,
Porque não quis ao Rei
Que a Barba de Tordo tem!
O músico-ambulante, então, disse:
- Não me agrada nada ouvir lamentares-te por não teres outro marido: achas que não sou digno de ti?
Finalmente chegaram a uma pobre casinha pequenina e ela disse:
- Ah! meu Deus. que casinha pequenina
A quem pertence a pobrezinha?
O músico respondeu:
- É a minha casa e a tua; aqui residiremos juntos.
A porta era tão baixa que, para entrar, a princesa teve de curvar-se.
- Onde estão os criados? - perguntou ela.
- Qual o que criados! - respondeu o mendigo; - o que há a fazer deves fazê-lo tu mesma. Acende logo o fogo e põe água a ferver para preparar a ceia! Eu estou muito cansado e quase morto de fome.
Mas a princesa não sabia acender o fogo, e nem serviço algum de cozinha, e o mendigo teve de ajudá-la se queria ter algo para comer. Tenho engolido a mísera comida, foram deitar-se; na manhã seguinte, logo cedo, ele tirou-a da cama para que arrumasse a casa. E assim viveram, pobre e honestamente, diversos dias até se consumir a provisão que tinham. Então, o marido disse:
- Mulher, não podemos continuar assim, comendo sem ganhar. Tu deves tecer cestos.
Saiu a cortar juncos e trouxe-os para casa; ela pôs- se a tecê-los, mas os juncos muito duros feriam-lhe as mãos delicadas.
- Vejo que isso não vai, - disse o homem, - é melhor que fies! Talvez consigas fazer algo.
Ela sentou-se e tentou fiar, mas o fio duro cortou-lhe logo os dedos finos até escorrer sangue.
- Vês, - disse o marido, - não sabes fazer coisa alguma; contigo fiz mau negócio. Vou tentar o comércio de panelas e potes de barro: tu poderás vendê-los no mercado.
"Ah! - pensou ela, - se vier ao mercado alguém do reino de meu pai e me vir sentada lá a vender panelas, como irá escarnecer de mim!"
Mas não tinha remédio, ela foi obrigada a ir, se não quisesse morrer de fome. Da primeira vez, tudo correu bem; porque era muito bonita, a gente que ia ao mercado comprava prazerosa a mercadoria e pagava o que exigia; muitos, aliás, davam-lhe o dinheiro e não levavam objeto algum. Com o lucro obtido, viveram até que se acabou, depois o homem adquiriu novo estoque de pratos; ela foi ao mercado, sentou-se num canto e expôs a mercadoria. De repente, porém, chegou desenfreadamente um soldado bêbado, atirando o cavalo no meio da louça e quebrando tudo em mil pedaços. Ela desatou a chorar e na sua aflição não sabia o que fazer.
- Ah, que será de mim! - exclamava entre lágrimas; - que dirá meu marido?
Correu para casa e contou-lhe o sucedido.
- Mas, quem é que vai sentar-se no canto do mercado com louça de barro! - disse ele. - Deixa de choro, pois já vi que não serves para nada. Por isso estive no castelo do nosso rei e perguntei se não precisavam de uma criada para a cozinha; prometeram-me aceitar-te; em troca terás a comida.
Assim a princesa tornou-se criada de cozinha; era obrigada a ajudar o cozinheiro e a fazer todo o trabalho mais rude. Em cada bolso, trazia uma panelinha para levar os restos de comida para casa e era com o que viviam.
Ora, deu-se o caso que iam celebrar as bodas do filho primogênito do rei; a pobre mulher subiu pela escadaria e foi até a porta do salão para ver o casamento. Quando se acenderam as luzes e foram introduzidos os convidados, um era mais bonito que o outro; em meio a tanto luxo e esplendor ela pensava, tristemente, no seu destino e amaldiçoava a soberba e a arrogância que a haviam humilhado e lançado naquela miséria.
De quando em quando os criados atiravam-lhe alguma migalha daqueles acepipes que iam levando de um lado para outro, e cujo perfume chegava às suas narinas; ela apanhava-as, guardava-as nas panelinhas a fim de levá-las para casa. De repente, entrou o príncipe, todo vestido de seda e veludo, com lindas cadeias de ouro em volta do pescoço. Quando viu a linda mulher aí parada na porta, pegou-lhe a mão querendo dançar com ela; mas ela recusou espantada, pois reconhecera nele o rei Barba de Tordo, o pretendente que havia repelido e escarnecido. Mas sua recusa foi inútil, ele atraiu-a para dentro da sala; nisso rompeu-se o cordel que prendia os bolsos e caíram todas as panelinhas, esparramando- se a sopa e os restos de comida pelo chão. A vista disso, caíram todos na gargalhada, zombando dela; ela sentiu tal vergonha que desejou estar a mil léguas de distância. Saiu correndo para a porta, tentando fugir daí, mas um homem alcançou-a na escadaria e fê-la voltar, novamente, para a sala. Ela olhou para ele e viu que era sempre o rei Barba de Tordo, o qual, gentilmente, lhe disse:
- Nada temas, eu e o músico-ambulante que morava contigo no pequeno casebre, somos a mesma pessoa.
Por amor a ti disfarcei-me assim, e sou, também, o soldado que quebrou a tua louça. Tudo isto sucedeu com o fim de dobrar o teu orgulho e punir a arrogância com que me desprezaste.
Chorando, amargamente, ela disse:
- Eu fui injusta e má, portanto não sou digna de ser sua esposa.
Mas ele respondeu:
- Consola-te, os maus dias já acabaram; agora vamos celebrar as nossas núpcias!
Vieram, então, as camareiras e vestiram-na com os mais preciosos trajes; depois chegou o pai com toda a corte, a fim de apresentar-lhe congratulações pelo casamento com o rei Barba de Tordo e, só então, começou a verdadeira festa.
- Ah! como gostaria de ter estado lá contigo nessas bodas!