Regresso
Apesar do regresso dos filhos pródigos e a recepção irresponsável de seus pais colocarem em risco toda nossa família, precisamos colaborar com as autoridades para ultrapassarmos a situação.
A jornada em direção ao amor foi tão fácil e graciosa; mas a jornada de regresso era uma escalada muito longa e trabalhosa.
SENHOR HOJE MORRI
Morri Senhor nos abraços dos anjos
Já não há espera, não há regresso
Não há prendas, não há esquinas
Onde se pode jogar às escondidas
Olho o espelho, olho as flores
Olho os narcisos brancos, que belos
Olho a tarde que cai, aqui à noite
Aqui me esqueço, mas tu que vivo te encontras
Procura entre todas as sepulturas, a minha
Ajoelha-te e reza uma bela oração
Fica, escuta a erva a crescer onde pisas
As lágrimas do que restou de mim nesta vida
É a felicidade que vivi, as dores do que eu sofri
No caminho das sombras em almas nuas
Onde o sol deteve os pontos de luz
Do meu duro coração, insanidade no espaço
Vazio, pois nada quero, nada espero, há muito
Tempo de calvário, em verdade estou aqui senhor
Pois não me recordo do meu corpo, nem de mim
Faço o caminho do destino no terço que guardo
Afinal morri Senhor, espero ter deixado saudades
Nas lágrimas de orvalho e na esperança do recomeço
Não te esqueças de mim, espero estar à altura do teu céu Senhor.
O REGRESSO
E o regresso ficou para esse tempo
Onde o desalento mora
E a tristeza chora.
Não há canto algum
Que faz rir a alma
Nem rimas de poesias
Nessa calma.
Tudo cessou!
A maresia
Até o mar chorou
E a poesia entristeceu
Junto ao céu
Que apesar de ser seu
Aguardava para outro dia
Dia qualquer!
Não tão breve nem tão logo
Mas como a vida se atreve?
A poesia entristeceu!
Enquanto crianças, saímos de casa e os pais aguardam nosso regresso .
Mas sabem que, algum dia, partiremos em busca do nosso progresso.
Ó grande espelho não vejo a ordem e nem o progresso ,mas sim um regresso .Um berço sendo sacudido por um verdugo .Transformando uma grande inanição sobre uma nação que está sem ação.
O Regresso
Voltei, pra ti encontrar
Vim ver como está
Você, meu bem
Talvez, não queira me aceitar
Mas como é que eu vou ficar
Sozinho sem ninguém
Vai ver que já esqueceu daquele louco amor
Será que foi tão pouco e o beijo nem marcou
Nem marcou... ou ou ou
Andei, procurando um alguém
Que me fizesse tão bem
O quanto você fez
Porem, foi uma busca em vão
E agora o meu coração
Te pede outra vez
Repare para mim e vejo o que sobrou
Vamos reconstruir o pouco que restou
Desse amor ou ou ou...
E como as águas correm pros rios e rios correm pro mar
Regressei e te encontrei e nos teus beijos
Hei de me afogar
E assim eu vou vivendo e acreditando no que o poeta falou
Que em todo coração gelado ha sempre uma...
Gota de amor
Ahhhhhh, os sentimentos…. Alguns possuem em excesso ou em regresso, acredito que todas as minhas relações,até agora, foram pautadas nesse sentimento. Mas, acredito que, eu sempre
Fui o que mais desejou e deseja o sucesso. Por vezes acho que o amor demasiado me mata, outras vezes penso que ele me salva.
Ultimamente, eu encontrei uma pessoa especial. Rogo a Deus todos os dias, para que por todo o sempre possamos ficar juntos, afinal, uma garota de pele parda, da cor do meus sentimentos, de olhos marrons que mais parecem espelhos da minha alma, de cabelos médios com mechas loiras, capaz de me desestabilizar em qualquer momento, local ou circunstâncias.
Lembro-me do momento em que a vi pela primeira vez, era um dia comum, estava meio cabisbaixo com a vida, os sentimentos, lembro-me que havia os murmúrios de uma garota nova, para mim não seria nada demais, entretanto, quando adentrei ao recinto, a qual você estava localizada, eu descobri que você não seria mais uma. Há momento em nossas vidas, na qual o simples fato de conectar-se a uma pessoa te muda, e assim aconteceu comigo. Me recordo da sua linda feição, os seus olhos lentamente foram de encontro aos meus, eu apenas iria pedir um controle, mas foi através daquele controle que descobri a pessoa mais especial da humanidade.
Autor anônimo.
"Nao faça regresso ou tente ver o futuro, ao inves disso observe seu presente e terá ambos os resultados"(Astolfo Reis)
Memória: que vigor tem para à dor
Sujeitar-me. Regresso em vão no Tempo
E do que foi - fatal - viro detento,
Do remorso me tendo receptor.
Memória: lutuosa, trepidante;
Mesmo que na masmorra seja presa,
Nas mentes mais calosas, de agudeza,
Às ruínas de agrura é instigante.
De reflexões na vida o império alcança,
Correntes de incertezas já levanta
Do passado infinito a guilhotina.
Assombrada, troveja, cinza, canta
A música da Morte, o vivo encanta:
Em estupor o caos me alucina.
Regresso agonizante.
Voltei para minha cidade Natal, cheia de esperanças e expectativas. Eu estava convencida de que meu genitor pai era o problema que assolava o lar de minha mãe, e acreditava que ao retornar, conseguiria transformar a dinâmica familiar e oferecer um lar acolhedor para minha filha amada.
No entanto, logo percebi que estava errada. Meu pai não era o único responsável pelos conflitos e traumas que assombravam nossa família. A toxicidade estava enraizada em cada membro, em cada gesto, em cada palavra proferida.
Decidi fazer uma grande mudança e instalei-me em minha cidade Natal com o objetivo de proporcionar para minha filha um ambiente familiar caloroso, com cheiro de bolos assando ao forno e brincadeiras de vó ao chão. Eu ansiava por reunir meus irmãos à mesa, para juntos resgatarmos os anos perdidos e reconstruirmos os laços de família que pareciam despedaçados.
No entanto, a realidade se mostrou muito mais sombria do que eu poderia imaginar. Minha mãe, incapaz de se libertar dos padrões tóxicos que a aprisionavam, continuava a perpetuar as mesmas atitudes prejudiciais. Meus irmãos, divididos entre suas próprias feridas e ressentimentos, não conseguiam se unir de forma saudável.
A tristeza me envolveu, me consumiu. Tentava agir com o coração, mas a sensatez e a razão clamavam por atenção, por cuidado. Minha filha, inocente e vulnerável, era testemunha de um cenário marcado por conflitos, tramas, mentiras e ofensas, fui obrigada a tomar uma atitude fria, porém a mais correta, minha filha de apenas dez anos de idade não pode mais ter contato com minha família, triste e cruel está sendo para mim, mas eu não posso permitir que a toxicidade do lar de minha genitora mãe, venha assolar a minha pequena e doce filha.
Eu ansiava por momentos de paz e harmonia, por uma convivência familiar saudável. Desejava que minha filha pudesse desfrutar da presença de sua avó, de seus tios, sem ser afetada pela negatividade que parecia permear cada interação.
Tentei, por diversas vezes, dialogar, buscar soluções, promover mudanças. Mas a resistência era grande, a inércia era mais forte. Sentia-me sufocada, dilacerada, dividida entre meu desejo de união e minha necessidade de preservar minha sanidade e a de minha filha.
Imersa em um mar de conflitos e desencontros, fui obrigada a encarar a triste realidade de minha família. A distância entre nós parecia cada vez maior, a comunicação cada vez mais falha. Eu me via presa em um ciclo de toxicidade, ansiosa por escapar, mas sem saber por onde começar.
A presença de minha filha, por outro lado, era um raio de luz em meio à escuridão que me envolvia. Seus sorrisos, suas brincadeiras, sua inocência eram meu refúgio, minha âncora em meio à tempestade.
Eu só queria o mínimo: a união de minha família, a possibilidade de compartilhar momentos felizes, sem mágoas, sem ressentimentos. Desejava que a casa de minha mãe fosse o lar acolhedor que eu imaginara, onde pudéssemos compartilhar risos, abraços e memórias felizes.
Mas a realidade era outra, mais dura, mais complexa. Enquanto tentava encontrar um equilíbrio entre minhas emoções e minha razão, entre meu desejo de harmonia e a realidade sombria que me rodeava, percebia que a jornada rumo à reconciliação e à cura seria longa e árdua.
E assim, entre a esperança e a desilusão, entre a tristeza e a resignação, eu seguia em frente, tentando encontrar um caminho para a paz e a harmonia que pareciam distantes, mas não impossíveis.
Desordem e regresso em uma nação condenada, entre esquerda e direita não andamos de mão dadas, puxando o gatilho da impunidade eles nos oprimem ocultando a verdade.
Regresso a Casa -
Regressa a casa um homem de coragem,
pálido mármore sombreado pelo tempo,
perfil endurecido, severa imagem,
fria, cinzelada sem voz nem pensamento!
Um mágico silêncio carregado de virtude,
constância, altruísmo, um tão alto nivel
que por tal destino, por tal vicissitude
ficou de tantas memórias insensível ...
Homem de grandes causas, um mecenas,
uma Alma d'oiro que a Évora se abraça
como às aves se abraçam suas penas.
E passa o tempo, vai-se a vida, tudo é vão,
mas hoje, de regresso, bem vindo a casa,
Jose Maria Ramalho Perdigão.