Reflexões sobre Sensualidade

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UNICIDADE

Quero me misturar à ti...
Mesclar nossas essências
Confundir nossos átomos
Unificar nossas células
Amaranhar nossas
moléculas.
Na doçura,
na candura,
na descompostura
do ato,
do fato
de fazer
amor contigo.

Fundir nossos corpos,
tesar nossos músculos
nervos...
Nossos
fluídos,
incorporados,
intrínsecos
Um gosto exposto
pelo mesmo
gosto
do gosto teu.

Reunir cada pensamento
Cada sensação
Cada centímetro
dos nossos torsos,
ventres...
...Tão sós
Tão à sós
Únicos
Unidos no mundo
que contém
o
mundo teu...
O nosso mundo,
na unicidade
de
nós...

Compartilhar
nossos lamentos,
dores,
medos,
conflitos,
tormentos...
Afogado-os
Extirpando-os
Extinguindo-os
em cada centímetro
da pele que não repele
nunca
a tua pele

... E não há erro
Não há incertezas
culpas ou
dúvidas
Dívidas ou
cobranças.
Só beleza e poesia
em arte
e harmonia...
Teu corpo
no
meu.
Unicidade.

ENTREGA

Toma, amor
São teus
Todos os meus
... Pensamentos do dia
Toda a minha ternura
Toda a minha loucura
Toda a minha timidez
e a minha
ousadia.

Toma, amor
São teus
Todos os meus instantes
Todos os meus flagrantes
Todos os meus rompantes
De euforia
De agonia
De fantasias
transbordantes
de apegos,
de desejos meus,
pelo desejo teu.

Toma
Meus versos
Meus complexos
Meus reversos
Desconexos...
São teus.

Toma
Minha lassidão
Minha adoração
Toda minha inspiração
em entrega
no que me doma
e me enverga
até o chão

Toma
Meus estorvos
Meus renovos
Minha apatia
e
Minha alegria
Tudo
Todo
eu
em
poesia.

Elisa Salles
( Direitos autorais reservados)

Eu brisa fria
na tua pele macia
ao entardecer...

Eu, pôr de sol,
morno no arrebol;
acalanto à te enternecer.

Eu, amor eterno
marcando tua alma à ferro,
sem poder jamais esquecer.

Eu, a rima dos teus versos,
desbravando os mundos
e universos de todo o teu bem querer.

Eu, motivação dos teus sorrisos,
embalo doce, gentil, terno e preciso
no teu acalanto... Tua vida, minha razão de viver!

Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)

O frascário amor

Forasteiro, vermelho, cru que assanha!
Dá um tanto de hiena
Leva um pouco de cidadão

Grito uníssono aterrador,
Lá de onde vem
Mas sensual aqui

Nos segue e o seguimos,
Desde a infância a sequidão dos seios da morte
Por vezes só pela pureza e realidade em um beijo.

POUSO

Tal qual a caneta que após percorrer todas as linhas repousa exaurida sobre a folha de papel
Depois que eu fizer todo o percurso de sua pele
Embrenhar-me em seu corpo
Enfim exausta
Ofereça-me seu peito como pouso.

Ela se amarra mesmo em beijo bem dado. Em olho no olho com olhar safado. Em pegada da boa com cabelo molhado. Gosta de música alta e movimentos marcados. De sentir o cheiro na nuca e morder a orelha. Desejar e ser desejada. Cobiçar e ser cobiçada. É um jogo e vale tudo que ela permitir, não se preocupe, ela sabe dar o recado. Está para fazer e acontecer, é incansável. Se dedica aos detalhes, não tem pressa, gosta mesmo do inesquecível, do inenarrável, do que lhe parece demais. Usa lingerie preta e boca marcada. É inteligente, observadora e pode surpreender. Banheira de espuma, com champanhe importado e pétalas de rosas jogadas ao chão. Mas ela não é para qualquer um, não venha com papo furado.

"Gosto de ter você em cima de mim.
Sinceramente?
O peso da gravidade não me incomoda nem um pouco!"

'"Não foram tuas mãos que sabiam caminhar
Não foram seus lábios doces que me sugaram o mel
Não foi a tua voz que me fez saber o quanto eu era bela
Não foram seus olhos que me viram antes de todos
Foi o teu jeito de despir minha alma antes de me tirar a roupa!"
Elisa Salles

Se você é remédio ou veneno ainda não sei
Só sei que vou beber até a última gota.

Poema Sacana

E o leve toque das suas mãos sobre o meu corpo,
Causa-me arrepios...
Percebo que não tem mais jeito,
a minha instabilidade já está por um fio

É quase inevitável me entregar...
Mas se eu for...
não sei se saberia voltar!

Suas pernas se entrelaçam as minhas,
minhas mãos exploram sua anatomia,
sinto teu cheiro e a textura da sua pele macia

Tenho receio!
tenho medo de me entregar...
se me deixo levar em desejos,
não sei se saberia voltar!

O calor do meu corpo aquece o seu,
o calor do seu corpo incendeia o meu...
É fogo ardente em desejos a me queimar!

Pronto fui!
me deixei levar
agora que aqui estou
desejo nunca mais saber voltar.

Sob os teus olhos me revelo
Sobre tua boca me sacio
Sob o toque de suas mãos me deixo
Sob o teu desejo, teso, me entrego,
sem limites de espaço ou tempo
ou reservas do meu eu, pois
...meu eu é o que quiseres de mim.
Porque tudo o que quero é que me queiras.
E no nosso querer,
alimentamos o compasso,
mais um passo,
mais um passo
Cadência de movimentos
Arqueio
Permito
Tudo...
E estrelas explodem num céu de luz.

Eu poderia jurar que vi o verso
perfeito na curva do teu pescoço
quando passei minha boca por lá...
... Mas seu gemido não me permitiu
registrar as palavras.
Desci para os teus seios
e me perdi
nos entremeios de tua alma.
Mas eu vi,
tenho certeza que vi poesia ali.

Triste eu?
De forma alguma!
Imagina.
Estou silencioso
Paciente
Quieto e
Caliente.

à espera de que venhas ser feliz
... Comigo!!

MERGULHO

Encantei-me pelo mar
Talvez por nunca ser igual
Ora suas águas são serenas
Em outra é onda que afoga
Nunca sei se a maré estará cheia
Se precisarei ficar na areia

Apaixonei-me pelo mar
De águas frias
Areias quentes
Mar que enfeitiça a gente
Banha o corpo
Lava a alma
Deixa seu sabor na pele
O gosto de sal que tem na água
Que vem no vento
Tempera a vida da gente

Ah mar!
Agora sei porquê te chamas assim
Quero mergulhar
Eu quero amar.

Deixou o mar bravo
E o céu mais bonito
Não é pelo dia
Mas pela sua presença
Ah meu amor, quando eu te olho
Eu não sei poetar
Mas eu sei o que céu existe
converso com verso
E confesso que você
É tudo que desejo
Conexo com os versos
E viajo sozinho no meu coração
Voou então minha imaginação
Não quero solidão
Foi o fim do do rio e inicio do mar
Ser mar é rumo do meu castigo
É ver você passar sem poder
Te tocar
É ver seu lindo sorriso sem
Poder sorrir
E saber do perfume
E não poder sentir
Tantos rios e diferentes rios
Ama-me então do jeito
Que quiser
Sou mar, então morrerei
Mar

"Aqui Senhor, sempre aos seus pés.
Onde é o meu lugar.
Onde eu mereço ficar.
Peça-me o que quiser, e eu te darei, sem exitar ou questionar.
Faça de mim seu objeto de prazer, use meu corpo para satisfazer o seu.
Me deixe sentir o seu através da minha língua das minhas unhas e do meu olhar.
Assim!.. me deixe te olhar, te desejar e me saciar.
Faça da sua menina o seu lar, e diz que é, onde quer ficar. Onde pretende morar, e nunca abandonar.
Meu corpo queima de tanto te querer. Vem, ameniza essa dor que é simplismente a falta de você."

“ 'Poderia prosseguir, se não fosse pelo corpete'. Mas por que o ainda usava?... Fechou os olhos: toda a sua propriedade orgânica, plástica, sensorial estava lá. Mas o corpete, no apuro dos sentidos, imobilizava-lhe o instinto; atrapalhava o prelúdio, limitando movimentos, desafiando-a para sempre... Eis o modismo e o massacre, através dos séculos".

"Conhecê-la: eis o caminho. Mergulhar em sua personalidade ambígua".

A voz levemente rouca denuncia teu desejo, eriça meu coração, excita meus sentidos. Toca-me devagarinho como se asa tivesse na pontinha dos dedos, soerguendo cada pêlo da alva pele, que se torna toda leveza no enlevo desse instante.

É no seu corpo cansado que descanso meu desejo, entre suspiros e palavras doces, carregadas de suores lascivos.