Reflexões sobre Música
Acho que até esqueço você às vezes. Aí toca aquela música, vejo aquele filme, passo naquela rua, encontro aquela foto, tropeço naquele degrau..
A música é sua própria experiência, seu pensamento, sua sabedoria. Se você não a viver, ela jamais vai sair do seu instrumento...
Poderíamos dizer que o psicopata é aquela pessoa que sabe a letra da música mas não sente a melodia.
Quero sorvete, flores do campo, massagem nos pés, lua cheia, algodão doce, música boa, paçoca, amizade sincera, fruta do pé, chuva fresca, sorrisos, sorrisos, sorrisos...
No fim só esperamos o recomeço, mas sabemos que ele não chegará. Então temos os filmes, músicas, poesias, fé, o álcool e muita imaginação.
O mais importante é ouvir a música da vida em qualquer lugar. A maioria das pessoas ouve apenas as suas dissonâncias.
O discernimento estético é parte integrante da cultura espiritual. A música, as artes plásticas, o cinema e o teatro são armas letais usadas na desumanização das massas, e isto menos pelo conteúdo propagandístico explícito (uma exceção) do que pelo simples fato de dissolverem o senso estético das multidões pela exposição repetida ao feio e disforme apresentado como normal.
“O que isso significa realmente? O que é o estilo de vida Rock and Roll? Ouvir música alta, ter tatuagens, uma jaqueta de couro, beber Jack Daniels e cuspir? Pilotar uma Harley? Ter uma limusine e posar de cafetão? O uso do termo, obviamente, ajuda a nos identificar. Gosto do termo ROCKER. Traz uma imaginário romântico. Mas não acho que para isso seja necessário dirigir em alta velocidade à noite, ouvindo música no último volume”.
É por isso que amo música. Uma cena banal se enche de significado. Todas as banalidades, de repente, se tornam pérolas de beleza e efervescência.
Embaixo do chuveiro aproveite o aconchego morno da água, cante baixinho a musica da sua vida. De olhos fechados passe os dedos em seus cabelos como se pudesse limpar a mente, deslembre as magoas passadas e permita que a espuma alva e perfumada te lave a alma, e se encarregue de arrastar toda a negatividade pelo ralo. Busque a calma, o abraço da toalha, o som das gotas caindo, e pelo embaçado do espelho contemple lá no intenso de seu olhar que já és outra pessoa: Magnífica, linda, sorrindo!
Tinha jeito de menina mimada, arrogante e prepotente, mas no fundo era pura doçura, música que chegava aos sentidos no tom exato do amor.
Mergulhada no silêncio dos que se observam... Um filme, um livro, uma música, um acontecimento convencional que mexeu mais do que o normal e essas coisas de achar que eu não sou deste planeta, mas que apenas estou nele: eis a minha necessidade de aceitação. Mas sei também que pessoas são Universos e que eu, o sendo, tenho que cuidar para que esteja confortável nele, ou seja, em mim. Chorei quando estava triste, senti saudades fundas, dei gargalhadas de situações absolutamente normais, tive ideias “geniais”, abracei, fui acariciada, fiquei aninhada no amor, depois me enrosquei com a solitude... Fiz tudo o que quis e pude. E percebi cada um destes sentimentos e minhas reações a eles. Mas o que percebo, é que a alegria que mora em mim clama por vida, não somente pelo sossego; clama pelo dinamismo, pelas mudanças, pela sobriedade, pela esperança. O que há de irremediável não se cura com placebos. Se eu rejeito é porque não quero. Se eu recebo é porque já participa de algo aqui dentro. Minhas ambições são apenas estar com a roupa adequada para quando eu sumir nesta estrada, nunca sentir que minha intuição e o meu coração estão desagasalhados...
E tudo na vida chega ao fim. Um filme acaba, uma música, um cigarro, tudo. Já parou para pensar quantas pessoas passaram em sua vida até o momento? Pessoas com as quais você teve um imenso contato, e outras que pelo menos uma palavra você já trocou. É impossível contar quantas vezes conhecemos alguém, e esse mesmo alguém vai embora e você nem se lembra, meses ou anos depois da existência. Despedir-se é doloroso, e não é uma dor física, é emocional. Não aprendi dizer Adeus, talvez nunca fosse preciso. Despedir de alguém que fez parte de sua história, é despedir-se de si mesmo. É uma parte sua que vai embora, e uma parte do outro que fica. Não é fácil. Mas quem disse que seria? Nada é fácil. Nem mesmo a chegada de algo ou alguém. Sempre tem aquele frio na barriga, e aquela ansiedade fora do comum. Mas tudo isso é preciso. É preciso limpar a poeria dos sapatos e seguir em frente. Mas em frente a que? A quem? (...)
- Não se ouvia mais nada, silêncio, e ele disse por nós dois. Depois sorrimos, como se nada estivesse acontecido. Não foi dito um adeus. Ficou subentendido um até breve. Até!