Reflexões sobre Música
A Bruma e a Réstia
Por entre as brumas que envolvem as incertezas
Sempre há uma réstia de brilho, de beleza
Seja vermelha carmim ou turquesa
Por entre os limbos, umbrais, carnes e vais
Há o barro, o jarro, o sarro, o sonho o riso...
Haverão, inevitavelmente, as notas batizadas
Pelo frade Arezzo .
Entre você e eu existe a bruma, mas a réstia é demasiadamente incandescente! É fogo
Qual mil lampiões no breu de uma noite sem estrelas.
Entre o eu de você o lamento de muitos vais
Em nossa tempestade existe o sal do mar
O sol do lá, e do turquesa. Beleza!
No desassossego da alma, exuberante é o Álamo
Que adorna nossa casa, a casa das nossas almas, vez em quando, esguias – trivialidades.
Não obstante, no liquidificador metafórico que transcende e mistura a magia,
Somos um só líquido.
Sólido líquido
Calefação
Ebulição
Nunca o congelar. Jamais o engessar.
Somos porquês com respostas
Somos o ganhar sem apostas
Somos um verbo conhecido e desconhecido
Somos uma aberração dos comuns sentidos
Em vários desvarios.
Se isso não é o amor
Amar é o nada
Se isso não é amor
As brumas são réstias
Se o sol não está aqui
A chuva nos basta
Isso é amor
Luciano Calazans, Salvador, BAHIA. 05/02/2018
dizem que o amor nunca te decepciona
dizem que o amor nunca vai esquecer de você
então eu estou tentando me reencontrar com o amor próprio que um dia eu senti
a intenção é nunca esquecer do amor
mas o processo de amar a si mesmo é doloroso
mas se eu soubesse também que os meus motivos para não me amar fossem profundamente dolorosos
eu escreveria uma música para o passado com o nome o amor não te tortura
mas se eu soubesse também que a linha tênue entre amor e ódio fosse uma desculpa
eu nunca me permitiria sentir medo das minhas angústias
ainda bem que eu posso ser inconstante sem arrependimentos
pois eu estou em constante passagem pelo processo de metamorfose
eu nunca disse mas o propósito é partir a cada dia
para enfim me libertar de todos os casulos que me prendem
ainda bem que eu estou em constante passagem pelo processo de metamorfose
então estou deixando no pretérito todas as minhas inseguranças
pois a inquietude do amor me convenceu disso
quando me disse que eu precisava escrever uma carta sobre amor para mim mesma
(então eu termino o epílogo desse monólogo com uma declaração de amor para você)
(então eu te provoco a escrever uma carta sobre amor para sim mesmo)
A música é minha vida e a minha vida é a música. Quem não entender isso, não é digno de Deus.
A arte da vida é viver e dançar conforme a música, então vamos "atuar" da melhor maneira possível, pois o tempo não para e nem dá pausa para descanso...
"Tenho que parar de associar músicas a pessoas. Um dia a pessoa faz merda de estraga a música que eu gosto."
Tem dias que bate uma deprê mesmo, uma vontade de ficar só, de ouvir uma música qualquer e chorar até a última lágrima.
Na música, as pausas são tão importantes quanto as notas, por isso o músico conta os silêncios com o mesmo valor que têm as notas.
Quem dera hoje eu fosse a bailarina daquela caixinha de musica, que não se importava com nada à sua volta, apenas dançava com seu sutil encanto.
A música me consola, me entende, melhora ou piora meu humor, mas no final ela sempre está certa. Ela me liberta e me prende, descreve como estou, até nas vezes quando nem eu sei descrever. Ela me faz lembrar de certas coisas e pessoas que eu tenho me esforçado para esquecer. Mas assim ela me faz entender que tem coisas que tem que ser assim, mas que no final talvez tudo melhore.
Música sempre foi uma atividade social. Com o surgimento do walkman começou a individualização do que era coletivo. Na contramão, resta a praga dos caras que abrem o porta-mala do carro num posto de gasolina pra beber cerveja quente e ouvir a eguinha pocotó.
O objetivo e finalidade maior de toda música não deveria ser nenhum outro além da glória de Deus e a renovação da alma.
É preciso fazer o mundo inteiro cantar. A música é tão útil quanto o pão e a água.
Yôga é como música: o ritmo do corpo, a melodia da mente e a harmonia da alma criam a sinfonia da vida.
Gastei muitos anos perseguindo a excelência, porque é nisso que se pauta a música clássica... Agora eu me dedico a liberdade, o que é muito mais importante.
Onde está a música?
Você pode encontrá-la nas cordas vibrando, no bater dos martelos, nos dedos que tocam as teclas, nas notas escritas na partitura e até nos impulsos no cérebro do pianista. Mas são apenas códigos. A realidade da música é uma forma invisível, misteriosa e difusa que desperta nossas lembranças sem estar presente no mundo físico.
“Gosto de repetir livros e filmes, passo o dia todo ouvindo a mesma música. Por isso eu não estranho a insistência de gostar sempre de você.”
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