Frases de reflexão para casais
'ESPARTILHO'
O espartilho,
vazio.
Ninguém vê condolências,
tampouco adiposidade.
Sem castilhos,
sem brio.
Amordaçando consciência,
vislumbrando fatuidade...
Há barbatanas,
melancolias.
Lâminas cortando o abdome,
exíguo.
Ah Juliana!
Vê essa travessia.
Não dê tanta atenção para os homens,
para quê tantos castigos?
Afrouxas o corriqueiro,
delgado.
Já és esbelta,
graciosa.
Coração em jasmineiro,
delicado.
Seguras a fisberta,
e não deixes cair a rosa...
'ESSA SEMANA'
Vi um rosto que não via há anos e bateu uma saudade no peito rasgando todo o tempo perdido.
Pitada de esperança em revê-lo,
abraçar-lhe e falar dos anos escorregadios na qual passamos juntos...
Presenciei uma idosa correndo atrás de dinheiro desesperadamente,
igual a uma criança, correndo atrás de pipas, sem conseguir ter paradeiro para suas refeições diárias.
Fiquei meio intrigado com isso...
Abracei um problema que não era meu.
Mas o fiz por entender que o próximo é a nossa mais fiel semelhança.
Temos muito de congênere,
comportamentos parecidos,
mas análises e ponto de vista diferentes...
Era para ser uma semana normal.
Mas atrasei-me ao buscar o filho na escola.
Não conversei habitualmente com algumas pessoas como de costume.
Fui 'duro' com algumas pessoas e não abracei meu cão...
A semana passa rápido após os quarenta.
Essa foi de nostalgia,
algumas pessoas 'partiram' de súbito,
Não tiveram oportunidade de pedir perdão,
ou despedir-se carinhosamente da mãe,
dos irmãos,
amigos...
A semana finda,
e com ela,
tantas desesperanças...
'CORAÇÃO III'
Coração
mar de indecisões
Descompreensões e outras cifras
Debilitado nas condições de amar
Relutante como as pedras nas cachoeiras
caindo lentamente
Avistando abismos
Preservando sequelas
enxurradas
Conflitante ao extremo
Sangrando feridas vãs
Mórbido nos limbos
Desencorajador de almas
Incógnita conclamando o futuro
vivendo migalhas a cada manhã
Eco sem respostas
Existo?
Não sei!
Talvez!
Indecisão causando confusão
Não sendo o que me pedem
Coração
nasceu mórbido
Conflitante consigo
Tenta ser diferente
escalar penhasco
Verdade seja dita!
É semelhante aos outros
Deixa ser abatido
Morrendo mas ainda pulsando
Às vezes sorrindo
chorando
Tudo imaginação!
Com suas brechas e espaços
Coração
vida e morte!
Pulsar estranho
Tarântula escorregadia nos olhos
Desprendendo veneno e revivendo leucócitos
Tem flechas
ceifando sonhos
A vida a cada pulsar diminui
Tintas em papiros
sem muita razão e sombreado
Coisas do coração!
Tudo soa tão banal
Que truculento esse meu amigão
Artista sem intenção
E a decisão é não mais tê-lo
Coração
é chegada a hora!
Não se precisa de órgão
Somos perecíveis
Para quê sequelas?
Costelas não abrasam a dor
Se quer um coração de verdade
Desses que se joga no rio
esperando ele fazer o percurso sozinho
Provisório
como respirar outras intenções
fotografando imagens diferentes
reais
Coração sem pretextos...
'PERCURSO...'
Ele sempre caminhava pelas ruas observando a crueldade.
Numa de suas andanças,
percebeu uma pobre criança,
a pedir comida a um senhor que o rejeitou.
Mas à frente,
um vetusto de idade,
já sem conhecer a cidade,
tentando atravessar a rua sem que ninguém o ajudasse.
Mas à frente,
observou um nasocômio,
Ali presenciou pessoas enfermas!
Outras truculentas.
Pessoas sofrendo nas filas ali formadas.
Olhares abatidos,
desesperadas...
Voando pelos lados,
viu pessoas jogadas ao chão.
Cheiro de fome e frio,
sem brio perdidas no vício.
Amotinação de carne humana,
sem ação.
Céleres andando de um lugar para o outro,
andar sem direção.
Caminhando em volta da pequena praça,
ninhos de celeiros à céu aberto...
Cidade metropolitana com seus metropolitanos fantasmas.
Passou na igreja e presenciou uma porção de tristezas espalhadas.
Refúgio de ludibriados,
pensando ser desanuviados.
E a nuvem de truculências e idolatrias estavam seguidas juntas.
A partir de então,
o homem resolveu ser triste por excelência.
Um mundo triste,
cheio de pessoas tristes.
Tristeza refletindo adolescentes contemporâneos.
As tantas guerras entre si,
sementes cultivadas pelo esboço humano...
O homem triste sempre chora ao perceber que os milagres não mais existem.
E que as enfermidades escurecem o amanhecer.
Toda sua tristeza percorre-lhe novamente à alma como um menino nascendo.
E lembra do pequeno parto que é a vida,
dos pequenos verbetes que lhe atingem a alma olhando fotografias antigas.
Pequenas descobertas parecem tão reais,
triviais,
fortalecendo o percurso.
Ele toma seu café da manhã como se fosse o primeiro,
talvez o último.
Cheiro de 'novo'.
Mas novamente faz o mesmo decurso,
cheio de atalhos,
sem pássaros para mostrar-lhe as melodias.
Percursos que ainda podem reviram um coração cheio de dor...
E quando eu ficar mais velho, que minhas dores sejam acalmadas pelo verde e o ar puro que ainda restam...
'VETUSTO'
Aprendi tanto.
Borboleta voando em lugares.
Ubiquidade avistando publicações do paraíso,
juntando amontoados de aprendizados.
Plantei dores,
sem jamais esquecer das pitadas de esperanças no olhar.
A fé cultivada virou bonança em plena tempestade...
Sonhei tanto.
Sonhos imperceptíveis que ainda alegram a alma e o coração.
Há um tempo em que os sonhos chegam ao fim,
perpetuando a linha azul do horizonte,
e as estrelas perdem o brilho.
Tudo fica sem sabor...
Sorri tanto.
[Sorrisos verdadeiros,
outros faz de conta.]
Se o amanhã não mais abrir as cortinas,
e as lágrimas caírem,
lembre do sorriso que lavava o coração,
e deixava o dia mais colorido...
Vivi tanto.
Mas as estações são passageiras aos oitenta.
Outras vezes demora na dor.
Vi netos,
bisnetos.
Filhos agarrados na compaixão,
mágoas em tantos corações...
Já esqueci quase tudo.
Agora só abstrações,
os flashes veem para apaziguar a dor.
Quarto escuro e seus muros.
Perdido não apenas no cansaço,
esperando a hora de um abraço ou do sono infernal,
sem tantas crenças no por do sol...
GRAMÁTICA
Fi-lo obliqua,
substantivada.
Substitui-lhe pronomes.
Ei-la agora objeto indireto,
intransitiva.
Complemento nominal.
Verbo sem ligação.
Voz passiva...
NAS NUVENS [PRAÇAS]
Um dia ficara adulto e percebeu não ser criança.
Semelhante aos demais,
a vida lúgubre.
Passou a andar rude nas praças.
A olhar para o céu,
'bestiado' porque as nuvens nunca caem...
Talvez elas declinem nas suas formas várias - pensara!
Exuberantes e tão tempestuosas.
Nuvens de poeira e algodão doce ficadas para trás.
Como a vida metaforizada,
nuvens levadas ao ermo...
A praça estar vazia.
Nos céus,
nuvens de orações e tecnologias.
Sem perceber,
as praças caíra no esquecimento,
surrupiadas e expostas nos ventos,
sem ar...
Tudo perde a graça ao olhar para o céu sem granizos.
E todo o tempo as nuvens sempre caem em chuviscos.
Das praças mirando ao alto,
as nuvens já são tão repetitivas.
Menos as células abaixo,
enferrujadas envelhecendo sorrisos...
As pessoas só veem aqui [praça] por algum tempo,
quando tem a liberdade de fitar os olhos nas suas tempestades.
Após,
se aprisionam em outros espaços caóticos,
nuvens de areia impactando-se...
Na praça há multidões,
chuvas ácidas.
Nas nuvens,
simplórios corações dualistas.
Seres matando expectativas sem antes abraçá-las...
Sempre se olha para as nuvens asfixiando conquistas.
E as praças em preto e branco,
já não tão mais otimista,
lembra saudade e solidão...
'REESCREVER'
Lápis à mão caído
Folhas supérfluas penduradas
Roteiro no ar
Suspiros de incógnitas...
Mãos entrelaçadas
Alma apertada sob a escrivaninha
Desesperada à procura
Pauta desvairada...
Linhas tortas gritam desespero
Reescreve-se erros
Versos nada explícito,
gritam calados...
Como as canções caídas
Navegando janelas
Percorrendo ruas desertas
Ausentes de sentidos...
Deserto está o coração
reescrevendo destinos
Sem saber para onde os caminhos se vão
Poemas reescritos ao chão...
'BEIJOS ESPERANÇOSOS'
Já estamos cansados
E olhando um para o outro
Ainda tento segurar suas mãos como antes...
Sentindo sua respiração
Lembro dos tempos tenros de outrora
A juventude ainda vive aqui dentro...
Vencemos tantas barreiras
Sempre tentando ver a vida e os dias com bons olhos
Decerto - tudo ficou mais violento...
Ruas sem ponteiros
Relógio e tormento
Tudo passa: coisas boas e ruins...
Mas seus olhos ainda são os mesmos
A mesma luminosidade
Cabelos e sorriso esbanjador...
Quando nos vimos
Não havia dor
Quando ninguém mais acreditava...
Molhávamos os olhos em ascensão
E dávamos a cada dia mais risadas
Risos no tempo ficados para trás...
A história nunca morre
Quando mantemos viva a esperança
Quando voltamos a ser criança...
Precisamos apagar as luzes
E dormir para enfrentar mais um dia
Um ao lado do outro...
Beijos esperançosos
Como antes
Vividos no hoje...
'O ÚLTIMO SUSPIRO'
Serei perfume
Ardentes fragrâncias
O tudo bagunçando esperanças
O último suspiro...
A vida no leito
Tantas dores cíclicas
E eu só quisera abraçar desconhecidos
Remisso nos sonhos...
Olhares ao redor
Substantivando o vil futuro
Tudo prematuro!
deleite acabado...
'O MUNDO QUE SONHAMOS'
É antiletárgico.
Circunflexo em tonalidades.
Infinito nos olhos,
Nas mãos,
No tempo/rio que corre.
Paira janelas infinitas de possibilidades.
Ar puro mesclando vida tenra e longínqua...
Tem quadros atenuados que aquece/arrefece o coração nas noites frias e Incandescentes.
Pontes flamejando paz e tranquilidade.
Acolhedor,
Abrasador nas suas inquietudes e harmonias...
Suspiros vigorosos brotam flores nos seus jardins aromáticos,
Jesuíticos.
Córregos reluzentes em algodão-doce espalham reflexos criando sombras nos dias de sol...
Há pássaros,
Animais silvestres.
Só não há órbita do 'tirano bicho-homem',
Trancafiando-se no inumano.
Na predisposição de autodestruir-se.
Furiosos e alheios ao mundo que se fantasia no travesseiro,
Desarmonizando a neblina dos dias sutis e pungentes...
'CIRANDA'
Pequenas sonatas,
Nas ruas que brilham,
Claves entreabertas,
Assimetria isolada.
Fogueiras - calçadas -,
Atravessando canções,
Estrelas desnudas,
Nas noites rajadas.
Ritmos pousadas,
Ciranda rodando,
Melodia sem cheiros,
Criança - na estrada -.
Bailando camadas,
A alma em canções,
Compassos desvairados,
Dobradiças quebradas.
Borboletas nas casas,
Metamorfose sem sedas,
Voos febris,
Saudade cascata.
No peito de magma,
Procura-se poemas,
Rodas de Tremas,
Cirandas sem asas.
'QUE HORAS!'
'O dia a dia varanda'.
Que horas lagartas!
Vozes de rios,
ilusórios.
Lembrança insistente.
Prenúncios torpentes.
Anúncios nas chuvas.
Montanha enseada...
Pedras corredeiras.
Que horas crivadas!
Invisíveis tragando nuvens.
Folhas no rosto,
cheiro de frio,
jornada acrobata.
Alucinógenos devorando o tempo.
Que horas traçadas!
Bordas/granizos.
Quadros irretorquíveis.
Suspiros sólidos.
Linhas pontuadas...
Retinas figurando horizontes.
Que horas ardentes!
O mundo nos olhos.
Trilha de matas.
Renascimento recente.
Reluzentes no hoje que brilha.
Sentimentos passados.
Grito potente,
urgente na vida pacata.
O que vale são sementes.
Jorradas em qualquer estação.
Milagres nas mãos.
Que horas,
que nada!
'TECNOLOGIA'
- Dê-me um GigaByte Amortizador para o ego dividido em Envelopes Virtuais de 512 KiloBytes por gentilza! Ah!!! E que cada pacote contenha uma ação de pelo menos dois minutos no mínimo de um mundo utópico, metafísico, mestiço, desamorável...
- Escaneei sua íris no nosso Eyelock Myris por favor! A entrega será feita usando nosso System Cloud Computing e pagamento PagSeguro Online. Nosso link dinâmico com proxy é um dos melhores e nosso Firewall, como sempre, é 100% livre de Malwares e outras tantas intercepções que atingem a alma. Mas, porque tantos KiloBytes fragmentados?
- Meu holograma está sem sincronismo com o Server Core Advanced. E meu coração, meu coração está sem conexão com o Tegra K3, Xbox One Five, Horizon 6, smartwatches. Agora imagine dormir sem um Sleep Number X15 ao lado? Um Velho Programador sem seu Google Glass e seus míseros 3.000 Coins, sem um amor, violador dos anos 90. Fitando 20 horas por dia excessivos monitores. Respirando tecnologias, perceptíveis datagramas, morfologias. Tantas outras dores...
- 2.048 KiloBytes por conta da casa. Tenha uma boa sorte!
'LIBERDADE'
Bicicleta nas manhãs de inverno.
Tarefa árdua sob o sol de tempestades.
Rabisquei os pulsos na neblina sob a brisa fosca.
Fôlego estreito nas estradas ensopadas.
Trilho autônomo sem folhas.
Rosto embebido nos zigue zagues.
Pedalo/descalços provocando itinerários sem horizontes...
Nos montes, respiro asas.
Poderio de ventos, cheiro ludibriador nas saudades que abatem os tecidos transitórios.
Permutei o adeus das razões.
O amplexo das árvores mórbidas persistem.
Fraquezas nos vestígios abstraíram caminhos tortuosos.
Onde estão meus 'abraços Titãs'?
Desisti do passado.
Sou mais reflexo costurando a alma.
Castiguei a fraqueza do adeus.
Sem chuvas, sobreviverei na insistências das palavras opacas.
Tenho o fulgor das turbulência nas veias.
Pedras? Deixei-as nas veredas.
Tenho a engenharia dos novos horizontes vasculares conquistados...
Sou granizo arremessando dor.
Tenho 'balanços' palmilhando liberdade, quebrando ventos.
A escalada das novas estradas que virão, não mais serão ilusórios.
Sou pássaro nos dias sedentos por emancipação.
Voarei até as montanhas e avistarei a imensidão da nova liberdade que grita, essa que a vida um dia transformará em Fênix...
'DESENHO'
Cogito o mundo dos vernizes,
obra de arte,
teu corpo.
Sou breve em rasuro,
representações,
embaralho.
Fragmento telas,
borracho novos quadros.
Fito o linear dos olhares.
Pinto álgebras em giz,
cenários.
Amplificações de afeições,
Painéis,
compassos...
Traço esboços diários,
tuas curvas,
retratos.
Infinito novos dramas.
Torturo faces,
mãos,
papéis,
panoramas.
Inspiro geometricamente tua forma,
incorporo métodos,
desejos...
Nos quadrângulos/côncavos,
sussurro prospectivas.
És partículas,
com seus ângulos moldados à grafites,
tintas,
cores,
sulfites.
Sínteses de contornos harmoniosos,
fictícios,
provisórios.
Tentações...
" Você ainda não viu nada, somente as estrelas sabem o que passa em minha mente e só o destino pode nos dizer se vamos seguir em frente "
'QUADROS'
Pincelo quadros como quem esculpi sonhos intocáveis.
Faço traçados diluindo curvas,
lacunas,
eixos.
Talho sonhos tal qual a quem escreve poesias,
que a cada toque,
desfaz-se fugaz à imagem passada...
Imagens recriadas envoltos às linhas que revivem bruscamente.
Metamorfoses de mãos e suas injustas proporções em molduras,
pensamentos.
Fixados nas velhas paredes,
estranhamente modernos.
Velhos quadros,
no ontem rabiscados,
fluem pelas veias como correntes,
ascendentes,
hodiernos...
Gero quadros/transições tornando-se passadouros,
ausentes.
Porém,
Insisti-lo-ei aos sonhos de outrora,
à beleza,
à vida,
à angústia da criança que chora sem saber.
Mãos que tremem sem querer,
são quadros desejando mutações,
aquarelas,
tantas outras formas,
novas telas.
Você...
Escrito por Willas Gavronsk e Risomar Silva.
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