Reflexões de Pedro Bial

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“Em uma relação nem tudo precisa ser dito. Uma relação é decidir se estar junto vale a pena, se você quer ouvir as verdades do outro, se você quer e acha que consegue se foi adaptar ao outro sem deixar de ser você. Uma relação varia entre a conversa e o silêncio. É decidir após uma briga se vale a pena conversar ou esperar as coisas acalmarem para que nenhum fale algo sem pensar. Algo do que possa se arrepender. Uma relação é bem mais que, e totalmente diferente de, ignorar o que acontece. Uma relação é completar, acrescentar e continuar a ser um só. Mesmo sendo dois.”

Medo.. medo de demonstrar medo.

Os tristes, vão fingir ao menos 3 vezes ao dia que estão felizes.

Ninguém resiste a um bom desprezo.

Se já perdeu uma vez, será que não aprendeu? Talvez a gente não aprenda certas coisas.

Para mim, felicidade é a busca da felicidade. Ou melhor: felicidade é ter direito à busca da felicidade. Os fundadores dos Estados Unidos foram muito felizes ao enunciar na declaração de independência americana: todo homem tem direito à busca da felicidade.

E felicidade não é sinônimo de alegria, você pode muito bem ser feliz e estar triste, ou alegre. E para ser feliz não é preciso fechar os olhos para o sofrimento alheio, que tantas vezes nos rodeia. A felicidade não está na indiferença.

A felicidade não estava nos planos da natureza, é uma invenção humana. E não existe felicidade obrigatória, ou uma única receita para a felicidade, felicidade é algo pessoal e sim, às vezes, transferível. Poucas coisas nos fazem mais felizes do que ver quem a gente ama feliz. Quer saber? Não se chega nunca à felicidade, a felicidade está no caminho. Eu, por exemplo, sigo em frente, felizmente.

Algumas amizades passam rápido, num piscar de olhos. Outras são feitas para durar até que você pisque pela última vez

Difícil não é ser alguém, dificil é ser nós mesmos.

Pedro Bial

Nota: No programa "Na Moral"

Amor de amigo

Inserida por karlla_teixeira

Outra proposta controversa do novo código é criminalizar os jogos de azar, que hoje são contravenção... Tal proposta leva à inevitável pergunta: que jogos? Só aqueles que não são monopólio estatal? Só o jogo do bicho? A mega-sena, não?

Nossos legisladores vão ter que trabalhar duro, rápido, e sob pressão... Uma historinha para contribuir para a discussão sobre a intervenção do estado na vida pessoal dos cidadãos: quando os republicanos criaram a nossa bandeira, usaram apenas parte do lema da filosofia positivista, "O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim".

Ficamos apenas com "ordem e progresso", pois foi considerado que o amor não pode ser uma política de estado, que o amor é algo de caráter estritamente pessoal, de ordem doméstica, em que o estado não deve se meter... Pátria amada, salve salve!

Inserida por loveandrockets

Hoje, a gente olha pro céu e clama: “Pra que tanta pressa?”; e reclama, cambaleante, sem o chão de sua voz: Marília, por que tanta pressa? Por que tão rápido?

Você ainda tinha tanta história pra viver e ouvir e depois em versos nos contar, tanto canto a doar. Por que tão rápido, pra que a pressa?

Que versos você escreveria pra explicar isso? Como termina essa canção, interrompida pelo estrondo de silêncio? Que música é essa em descompasso e desafino, onde dó é só padecimento?

Como toda história, uma canção tem começo, meio e fim. E alguém já disse que toda canção começa buscando um meio de chegar ao fim. A canção de sua vida, parece, foi interrompida antes de encontrar o meio. É tão antinatural chegar ao fim sem nem acabar de começar. Arrancaram a flor, ficou seu sonoro perfume a consolar um jardim entristecido.

Pois, agora, você que falava das coisas fugidias da vida, essas coisas de amores e dores, encontros e adeuses, você que libertava as palavras, deixando que voassem passarinhas pra nos consolar e pra que a gente as acolhesse no ninho de nossas solidões; agora, Marília, seus versos se aquietaram, imóveis, como mão de mãe, suave, sobre cabeça de menino, pousados sobre nossa memória.

Hoje a gente lhe pergunta: “Nunca mais, Marília?”

E, com um sorriso mais manso do que triste, você nos responde que não, não é “nunca mais”. Dedilha o violão, compondo uma canção pros anjos, e diz: “É pra sempre.”

Pedro Bial

Nota: Homenagem de Pedro Bial para a cantora Marília Mendonça, exibida no programa “Fantástico” em 07/11/2021.

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Inserida por pensador

Escolhas de uma vida.