Reflexo
Ensaios de um amor
Podia ser nós dois, eu preciso de você para ser eu, tomo-te como espelho, para recuperar o meu reflexo. Mato-te em mim!
Eu só ...
Eu só queria ter o privilégio de poder contemplar de perto os teus olhos. E não importa a cor deles, castanhos, verdes, azuis ... pode ser até mesmo todos os espectros de cores existentes em toda a ciência óptica. Afinal, a cor que busco não tem tonalidade, mas sim a intensidade, e desejo que no alinhamento dos meus olhos com os seus, transborde a essência transparente do olhar, e que a partir daí as janelas da alma possam se abrir, para deixar passar os raios dos sentimentos, e eis que estes então produzirão um reflexo, que há de propagar e refletir no coração de nós dois, aí ... sim ... quem sabe aí não nos transcendemos em espelhos? E que sempre ao te olhar, pudesse de alguma forma me enxergar, e que sempre quando você me olhar também pudesse te enxergar ... e não seria a transparência deste caminho ponto a ponto, a luz do amor? Quem sabe!
O espelho é o sinônimo da verdade. Te mostra, a cada dia, o seu envelhecer. Desde as rugas até os cabelos brancos, e cicatrizes e marcas que venham a aparecer. Ele não mostra o futuro, mas qualquer passado nele pode rever. Ao se olhar, poderá ver quem foi e as marcas do tempo lhe ajudarão nas lembranças e farão com que seu coração balance, pois o passado não volta.
A Chuva passou
de madrugada
deixou
espelhos
espalhados
pela calçada
refletindo
árvores alagadas
no fundo
infinito do céu...
As Dores que Escolhi Carregar
Dizia que me amava, mas amava como quem repete um verso decorado, sem sentir o peso das palavras. Amava a ideia de me amar, mas não a mim. Porque, na prática, eu me deixava para depois. Quando choveu, encarei as gotas sem guarda-chuva, aceitando o frio como se meu corpo não merecesse abrigo. Quando a febre me queimou, deixei que ela ardesse, porque gastar com remédio parecia um capricho supérfluo.
E os sapatos que me feriam? Caminhei com eles, como quem carrega um fardo invisível, fingindo que a dor era pequena. Porque, no fundo, acreditava que suportar as feridas fazia parte de existir, fazia parte de ser eu.
Mas o que mais me machucava não era a febre, nem os sapatos. Era o silêncio que guardava quando alguém me feria. Eu calava e, pior, tentava compreender. Tentava justificar os golpes que recebia, como se fosse justo aceitar ofensas, palavras ríspidas e gestos que me cortavam. Perdoava antes mesmo que me pedissem perdão, carregando culpas que nunca foram minhas, tornando-me um depósito para dores que não me pertenciam.
Hoje, olhando meu reflexo, não vejo apenas um rosto marcado pelo tempo. Vejo uma pergunta que ecoa: o que é, afinal, esse amor que digo ter por mim mesmo? Será que amar-me é só esse hábito vazio, essa rotina de sobrevivência? Ou será que amar-me é algo maior, mais profundo?
Talvez amar-me seja o gesto simples de abrir o guarda-chuva na tempestade, de trocar os sapatos que me machucam, de tratar minhas feridas com o cuidado que sempre ofereci ao mundo. Talvez seja entender que minha dor também importa, que meu coração merece repouso, e que o amor que dou ao outro só tem valor se primeiro eu souber oferecê-lo a mim mesmo.
Se for isso, amar-me será um desafio diário. Uma escolha nova a cada manhã. Mas é uma escolha que preciso fazer, porque percebo agora: não sou terreno de passagem para o peso alheio. Sou uma casa que merece abrigo, uma estrada que também precisa de cuidado. Amar-me, enfim, é aceitar que eu não fui feito para ser silêncio, mas para ser inteiro.
Você percebe que está evoluindo quando param de fingir elogios e começam a bombardear com críticas.
Nossas ações podem nos conduzir à felicidade ou à tristeza; portanto, se você quer entender as razões por trás de seus sucessos ou fracassos, enfrente seu reflexo no espelho e questione a si!
Por mais que pareça uma coisa muito antiga, muito pouco se sabe e se estudou sobre as dimensões, portas e mistérios da 'reflexologia' da imagem diante do espelho. Desde a antiguidade ele é largamente usado na alquimia e na magia, até onde vai o segredo.
Tudo aquilo em que você acredita veemente, se torna realidade material. Pois a realidade material nada mais é do que um reflexo da realidade imaterial. Esta é real, aquela é realizavel.
Vida interior eu tenho bastante para viver até no deserto. Quem escreve poesia não padece de solidão e nem de falta de distração.
Pensamentos silenciosos,
Mal posso ouvi-los,
Mas estão lá,
Prontos á serem colocados para fora,
Mesmo sem palavras,
Inconscientemente,
Transformam-se em atitudes conscientes.
Mostrando o que sou,
Mais do que sei,
Só sou.
Em constante movimento,
Sendo moldado pelo viver,
Sem saber,
Misturado às aprendizagens que ficam marcadas,
As histórias contadas,
A importância de adquirir os bons hábitos,
As boas conversas e os bons pensamentos,
Para que sua vida te molde melhor,
Para ser o melhor,
Que é ser melhor para alguém.
Quando a pessoa muda internamente, o exterior, as circunstâncias, a vida, também mudam. O exterior é um reflexo do interior
O ritmo da inovação tecnológica depende mais do qualquer outro fator, do tamanho da indústria, que reflete o do mercado.