Reflexão sobre Adoção de Crianças
As crianças sentem a necessidade de serem notadas pelos adultos, dê oportunidades para uma delas e repercussões coletivas acontecerão.
O desenvolvimento emocional começa na família se perpetua e oferece à criança elementos facilitadores na construção de sua autonomia, oportuniza a capacidade de pensar sozinha, refletir e chegar às soluções mais favoráveis para os seus questionamentos.
A afetividade pode começar desde a vida intrauterina, e a criança ouvindo sons do mundo externo, talvez possa saber instintivamente decifrar a voz da mãe e do pai.
A Mãe
A mãe que chora pelo filho , sua vida sem raciocínio , seu cérebro em declínio , la se foi mais um menino .
Se você é um filho de Deus, saiba hoje, que não importa o que você está enfrentando, você é profundamente e totalmente amado.
Precisamos educar nossos filhos para que aos poucos nos tornemos dispensáveis.
Que gradativamente tenham autonomia para cuidar de si mesmos e de seus bens. Compreendam a importância da organização e do conhecimento. Da necessidade de constante evolução.
Que ofereçamos todas as ferramentas e explicações necessárias sobre o mundo, a vida e as possíveis consequências de cada ato. De que para toda decisão há uma consequência. E para toda consequência indesejada há necessidade de reparação, embora essa nem sempre possa acontecer da maneira que desejamos. E que há consequências praticamente irreparáveis.
E diante disso possamos lhes dar liberdade para experimentarem a vida. Para aprenderem com seus erros e seus acertos. Para descobrirem a fórmula do equilíbrio. Para tornarem-se capazes de cuidar de si mesmos.
Mesmo diante das violências do mundo. Mesmo diante do nosso medo de que algo de ruim lhes aconteça. Afinal, não sabemos até quando estaremos ao lado deles. Eles precisam saber cuidar de si mesmos antes que seja tarde demais.
Afinal, esse é o papel da educação.
Capacitar alguém a ser, existir e se relacionar, sem depender de ninguém.
Que possamos lhes dar um voto de confiança.
É primordial entendermos que não podemos evitar que nossos filhos sofram. O sofrimento também faz parte da existência. E é com ele que nossos filhos crescem, evoluem e aprendem as lições da vida.
É essencial que encontrem em nós, seus pais, um ombro para chorar, uma palavra de consolo e de ânimo e o reforço da fé.
Eles só estarão preparados se tiverem a oportunidade de experimentar. De acertar, de errar, de reparar e assumir suas falhas.
E serão pessoas muito melhores se tiverem a chance de ver nosso exemplo.
De saberem que não somos perfeitos. Mas que tentamos e damos o nosso melhor.
Que mesmo se eles errarem ou seguirem por caminhos completamente diferentes do que lhes ensinamos, mesmo assim ofereceremos nosso apoio e nosso amor.
Afinal, estamos todos caminhando juntos em busca de um objetivo em comum, que é sermos felizes.
E para isso o perdão, o consolo, a aceitação, o exemplo, o equilíbrio e o amor são essenciais.
E com certeza no campo dos sentimentos nunca seremos dispensáveis.
Que eles possam nos querer sempre por perto simplesmente porque gostam da nossa companhia. Porque nos amam e sentem-se amados.
Priscilla de Carvalho Fev/2016
Priscilladecarvalhoar.blogspot.com
OS FILHOS ESQUECERÃO
O tempo é um animal estranho. Se parece com um gato, faz o que lhe dá vontade, te mira com olhar astuto e indiferente, vai embora quando você suplica, para que ele fique e fica imóvel quando você pede por favor, para que se vá. As vezes te morde enquanto recebe carinho ou te arranha enquanto te lambe (beija).
O tempo, pouco a pouco, me liberará da extenuante fadiga de ter filhos pequenos, das noites sem dormir e dos dias sem repouso.
Das mãos gordinhas que não param de me agarrar, que me escalam pelas costas, que me pegam, que me buscam sem cuidados, nem vacilos.
Do peso que enche meus braços e curva minhas costas.
Das vezes que me chamam e não permitem atrasos, esperas, nem vacilos.
O tempo me devolverá a folga aos domingos e as chamadas sem interrupções, o privilégio e o medo da solidão.
Acelerará, talvez, o peso da responsabilidade que ás vezes me aperta o diafragma.
O tempo, certamente e inexoravelmente esfriará outra vez a minha cama, que agora está aquecida de corpos pequenos e respirações rápidas.
Esvaziará os olhos de meus filhos, que agora transbordam de um amor poderoso e incontrolável.
Tirará de seus lábios meu nome gritado e cantado, chorado e pronunciado cem mil vezes ao dia. Cancelará, pouco a pouco ou de repente, a familiaridade de sua pele com a minha, a confiança absoluta que nos faz um corpo único, com o mesmo cheiro, acostumados a mesclar nossos estados de ânimo, o espaço, o ar que respiramos.
Chegarão a nos separar para sempre o pudor, a vergonha e o preconceito, a consciência adulta de nossas diferenças.
Como um rio que escava seu leito, o tempo perigará a confiança que seus olhos têm em mim, como ser onipotente, capaz de parar o vento e acalmar o mar, concertar o inconcertável e curar o incurável.
Deixarão de me pedir ajuda, porque já não acreditam mais que em algum caso eu possa salvá-los.
Pararão de me imitar, porque não desejarão parecer-se muito a mim.
Deixarão de preferir minha companhia em comparação com aos demais (e vejo, isto tem que acontecer!)
Se esfumaçarão as paixões, as birras e os ciúmes, o amor e o medo.
Se apagarão os ecos das risadas e das canções, as sonecas e os "era uma vez... acabarão de repercutir na escuridão.
Com o passar do tempo, meus filhos descobrirão que tenho muitos defeitos e se eu tiver sorte, me perdoarão por alguns deles.
Sábio e cínico, o tempo trará consigo o obvio.
Eles esquecerão, mas ainda assim eu não esquecerei. As cosquinhas e os "corre-corre", os beijos nos olhos e os choros que de repente param com um abraço, as viagens e as brincadeiras, as caminhadas e a febre alta, as festas, as papinhas, as carícias enquanto adormecíamos lentamente.
Meus filhos esquecerão que os amamentei, que os balancei durante horas, que os levei nos braços e ás vezes pelas mãos.
Que dei de comer e consolei, que os levantei depois de cem caídas.
Esquecerão que dormiram sobre meu peito de dia e de noite, que houve um dia que me necessitaram tanto, como o ar que respiram.
Esquecerão, porque é isso que fazem os filhos, porque isto é o que o tempo escolhe.
E eu, eu terei que aprender a lembrar de tudo para eles, com ternura e sem arrependimentos, incondicionalmente.
E que o tempo, astuto e indiferente, seja amável com esta mãe que não quer esquecer.
Você só vai conhecer realmente quem é o seu filho quando somente quando você não tiver mas nada a oferecer a não ser o seu amor
Eu já disse que ela é mais minha dona
que eu dono dela
Os animais tem a pureza que só a criança
consegue trazer no olhar
e nós fodemos a vida dessa criança
e arrancamos dela
o sorriso
Fazemos festas de formatura
e comemoramos por termos comprado conhecimento teórico
e bebemos sem saber o motivo
Se não choramos
tentamos achar motivos
se não somos felizes
arrumamos músicas que combinem conosco
Nossa vida vai se arrastando
e não tem nada
que pague o amor que os bichos me correspondem
Quando ela me procura
quando ela olha fixamente no meu olho
é como se o mundo parecesse fácil de digerir
e a vida tão leve quanto qualquer movimento que ela faça
Eu que sempre fui o amante
achei a fidelidade em alguém que não sabe dizer duas palavras
Mas, mesmo assim
conversa comigo
e me ouve
como nenhuma pessoa já fez.
Um bom pai não é aquele que diz sim para tudo que o filho quer, assim como um bom líder é aquele que saber dizer não no momento certo para desenvolver sua equipe, traduzindo o desenvolvimento em um sim para a carreira da equipe.
Acolha-me.
Deixei que deite em seu colo
e tenha sonhos de criança
permita-me ter medo e confessa-lo
deixa que eu solte meu ser por campos onde seja possível andar
sem jogos, sem temores e mentiras.
Acolha-me.
E guarde em seus braços meus infantis segredos
minhas dúvidas de gente grande
meus sentimentos de ser pequeno
faça com que eu deixe o mundo lá fora por apenas alguns instantes
e assim, que dentro de mim possa encontrar
alguma razão real para ainda estar vivo.
Acolha-me.
Norteai-me pelo seu olhar, mostre-me luzes que não mais vejo
segure minhas mãos com o carinho que não mais conheço
seca meu choro com palavras reais sobre um mundo tão distante
de onde vim.
Acolha-me.
Traga-me a paz em forme de gestos
não apenas me diga, mas mostre-me,
decora meu rosto com desenhos feitos com seus dedos
com linhas que novamente me liguem ao mundo doce e terno
as possibilidades de ser mais do que o herói de uma noite
o vilão de um amanhecer.
Acolha-me.
Dê guarida ao meu fugitivo, ao meu insistente ser
ao que resta dos meus exércitos de bondade e luz.
Semeia em meu corpo gestos puros e leves
guarda minhas costas para que eu possa enfim dormir
para que me sinta na casa dos seus braços
como um viajante que finalmente chegou.
Acolha-me.
E não peça nome e nem documento
não me fale daquilo que eu possa lhe dar e você possa e pegar e perder com as mãos
Acolha-me e olhe dentro dos meus olhos
busque por mim
grite num sussurro meu nome
tira-me disso tudo
enquanto ainda há o que tirar.
Acolha-me.
E com a tinta do seu amor
escreva comigo uma história bonita
destas onde o amor existe.
Segue comigo num cavalo branco
numa noite de lua
para um lugar qualquer
que mesmo existindo apenas em nossa comum imaginação
será uma ilusão segura
que me fará de novo viver.
Acolha-me.
Preciso de seus braços
para de novo poder ver Deus.
Passei direto, amor. Acredita? To parecendo criança. To vidradinha em você. Te pensei tanto no ônibus que perdi a minha parada. Na hora de descer, travei. Só queria voltar pra sua casa. Deu vontade de gritar "moço, volta com esse ônibus que a saudade ta batendo demais" e olha que só fazem vinte minutos que eu resolvi ir embora. Maldita hora! Tem como parar o tempo da próxima vez?
Se uma criança vir e passar o ódio a você, absorva e devolva Amor... quando essa criança reagir, terá em si, o que você deixou anteriormente... (Cris)