Reflexão sobre Adoção de Crianças
Em desespero, a mãe decidiu que a criança precisava de um “pissicólogo”. É. De um pissicólogo, para deixar bem claro. Como fazem os adultos que sempre contratam “adevogados” ou trocam “peneus”. Sua justificativa esdrúxula era simplesmente a mudança contínua de comportamento da menina, ora bem comportada, ora birrenta e voluntariosa, e algumas vezes até desaforada.
Muitas mães não suportam constatar que os filhos crescem, tornam-se crianças ou adolescentes com temperamentos próprios, vontades pessoais, o que significa não serem mais tão cordatos ou obedientes. Uma variação normal, se não houver extremos como aqueles que transformam nossos filhos em pequenos tiranos ou até minipisicopatas. Afinal, a criança um dia se descobre pessoa e não aceita continuar dominada mesmo em seus pensamentos, os sentimentos e a personalidade.
Na verdade, a mãe da pequena jamais levou a filha para fazer o tratamento. As coisas foram se amoldando aos trancos e contra sua vontade. Não que ela passasse a julgar a ideia inicial desnecessária, mas porque a imagem do tratamento “pissicológico” dava preguiça. Demandaria mais trabalho que o já então vício de arrancar os cabelos, dar gritos histéricos, solavancos na menina. Um desempenho que mais tarde acabou por fazer com que a parentalha a convencesse de que ela, sim, a mãe, teria de procurar não um psicólogo, mas um “pissiquiatra”, pois o neurologista falhara.
Verdade, ainda, que aquela mãe tinha, entre outras coisas, a profunda frustração de nunca ter se livrado da infância reprimida, sem voz nem vez, mesmo nas questões aparentemente mais simples. Questões como as que envolviam a disposição de seus brinquedos (se é que os tinha), o gosto pelas roupas mais adequadas ao seu critério infantil e o desejo de brincadeiras que sujassem ou molhassem as roupas.
Preocupante mesmo seria ter um filho que jamais questionasse, nunca fizesse uma birra nem dissesse um desaforo do tamanho de seus poucos anos. Comportamento invariável, sempre cordato e maduro não combina com criança. Aliás, o adulto precoce de hoje pode ser a criança infeliz e até perigosa de amanhã. Tal criança, sim, precisa e continuará precisando de acompanhamento profissional.
Eis aí uma tamanha incoerência: Doar para o Criança Esperança e não enxergar as crianças carentes da casa ao lado, que jamais serão contempladas por nossa doação.
A REVOLTA DO LIXO
(Uma historinha para crianças de 0 a 100 anos)
Uma caixinha de leite condensado já devidamente vazia foi atirada no quintal por Dona Carmem, porque ela estava na varanda preparando um bolo; apressada e desatenta não viu a lixeira por perto. Uma chuva um pouco mais forte logo levou a caixa, que foi parar num córrego pertinho dali. Dona Carmem, que não é de fazer lambança, logo depois da chuva deu por si e foi procurar a embalagem. Não a encontrou, mas também não deu muita importância, porque afinal, era só uma caixinha.
Quando chegou ao córrego, a caixinha deu de cara com um jornal. Fez amizade com ele. Sem demora, um carrinho de madeira que estava logo ao lado se aproximou. Resmungão como ele só, reclamou do mundo e da vida e disse poucas e boas do menino que o desprezou. Pensava, inclusive, numa forma de se vingar, mesmo sendo apenas um brinquedo inutilizado pela falta de peças e por algumas partes quebradas.
Mas ali não havia somente caixa, jornal e carrinho. Além de muitas outras embalagens, impressos e brinquedos, também havia latas, vidros, plásticos, sacolas, garrafas pet, ferro, madeira... Uma infinidade de sucatas que lambões de todas as classes, idades, etnias e religiões atiraram nas ruas, nos quintais e pátios públicos. Isto sem contar com os não lambões, como Dona Carmem, que acabaram deixando a desejar, por causa da pressa e a desatenção que resultou dela.
Foi aí que aconteceu uma coisa inusitada: Toda aquela lixaria, que poderia ter tido sina mais digna, em muitos casos sendo reciclada e voltando a ser algo importante, resolveu se vingar dos cidadãos daquela cidade: Uniu-se à primeira chuva intensa e forte que não demorou a chegar, para punir a todos, até os que não tinham culpa, com uma enchente de proporções catastróficas! O evento gerou muitos danos, encheu as ruas de lama, ratos e doenças, e deixou centenas de pessoas desabrigadas!
O que não se sabe até o presente momento é se aquele povo aprendeu a lição ou se continua deseducado. Gente, desde que o mundo é mundo, é mesmo assim: Demora muito a aprender que a vida é um bem precioso e que ela depende muito do nosso amor por nós próprios e pelo ambiente que nos cerca.
EDUCAR É VIVER
Demétrio Sena, Magé - RJ.
A criança confere o meu discurso
no percurso das minhas atitudes;
na firmeza ou na fuga dos meus olhos;
na transparência do que a fala diz...
O menino defere ou indefere
meus conselhos, as recomendações,
quando a própria postura me autentica
ou as contradições me desmascaram...
Valem mais as leituras das ações;
das lições de vivência consistente
no contexto real de minha vida...
Sou estrada pros passos do meu filho;
sou espelho da fé que o meu aluno
tem ou não neste mundo; nas pessoas...
PAIS, MÃES E FILHOS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Nunca tive saudades do meu pai. Tive, sim, saudades do pai que meu pai não foi. Na verdade, saudades de qualquer saudade que teria, se a minha história e de meus irmãos com ele fosse outra.
Ao me tornar e “retornar” pai, passei a ter medo. Um medo imenso de que minhas filhas algum dia não tenham saudades do pai que tiveram, mas, do pai que não fui. Ou que tenham saudades de qualquer saudade que pudessem ter, se nossa história fosse outra. Se tivéssemos história, pelo menos que valesse a pena lembrar.
Pais e mães deveriam refletir mais a respeito disso. Deveriam se preocupar em construir com seus filhos, histórias relevantes. De amor e presença. De atenção e cumplicidade. Se houver sofrimento - e sempre há -, que o sofrimento seja compensado por esses atributos indispensáveis à relação pai, mãe e filhos.
Que seja por egoísmo. Pelo simples deixar saudades. Não tem problema, porque esse egoísmo tem a capacidade mágica de salvar os filhos de uma frustração eterna.
Quando somos crianças, sonhamos em crescer, quando crescemos sentimos falta de ser crianças, fazer o que não fizemos, quando envelhecemos sentimos falta de quando éramos um adulto na flor da idade, acontece que as pessoas são assim, sonham com o que teve e não soube aproveitar, e perdem por não aproveitar novamente, nossa vida é feita de ciclos onde a maioria vive dando valor ao que tinha e esquece de dar valor ao que tem.
O sorriso de uma criança tem uma magia tão intensa, que é capaz de transformar um simples gesto num majestoso espetáculo.
Ela sorriu
Ela chorou
Ela sofreu
Dos filhos cuidou
Viveu intensamente
Cada momento em questão
A quem diga que ela não merecia
O sofrimento que assistia
Na pele sentia
A ansiedade virou sua amiga
Mais ela não se deixou abalar
Deu a volta por cima
Deixando ir embora
Aquela vida vazia
Ela era mulher
Era menina
Que ainda em seu mais profundo sabia
Que coisa boa aí vinha
E quis logo acelerar
Saiu da prisão
Mais sem opção
Mais soube levar
Pois ela era forte
Não se deixava abalar
Chorava a noite
Mais pela manhã era a mais forte leoa a se levantar
Mesmo com lágrimas nos olhos
Sorria ao passar
Menina valente
Sorria ardente
Pronta a recomeçar
Pois a cada dia
Já lhe fazia a esperança voltar.
Se alguém fez você se sentir um lixo, lembre-se que o Criador do Universo não daria Seu Filho por um lixo. Ele ama você!
Madurar
Os adultos não sabem que não são crianças
Vivem reclamando, chorando por suas mães
Não perceberam na vida as totais mudanças
Clamam por suas ingenuidades perdidas sãs
Os adultos querem ser meninos e meninas
Eternamente...
Deitar no colo e permanecerem traquinas
Eternamente...
Querem não ter dever e nunca terem rotinas
Eternamente...
Os adultos esquecem que um dia tem que dobrar as esquinas
Da vida, madurar
Eternamente...
Luciano Spagnol
A cura da criança interior e de feridas emocionais, é praticamente uma escavação arqueológica.
Requer paciência na hora da escavação e da cura.
Relacionamento
Vamos falar de relacionamento, todo mundo sonha em casar, ser feliz, ter filhos e se realizar profissionalmente e, embora tudo não passar apenas de ritual as pessoas não estão cientes de que tudo será apenas uma simples junção de dois corpos, é também de almas. Casar é muito mais que juntar, é uma mudança de habito, uma nova formação pra nossas vidas. É quando se efetiva o matrimônio faz-se a soma do Eu, com o Tu, que caracteriza o Nós; e estes mesmos nós vão abranger filhos, netos, bisnetos em uma união que ficará eternizada. É saber que a partir daquele instante embora você não tenha consciência do novo estado, foi efetivado, declarado e mesmo com sua dissolução nunca mais será o mesmo sem falar nos sentimentos sejam de renovação que vai perdurar, ou que pode acabar com uma simples decepção. Hoje é comum não se levar em conta muitos aspectos, dentre eles o da convivência, é quando se efetiva plenamente se a união vai perdurar, se o até que a morte nos separe, fará sentido. Relacionamento é fundamental pra que sejamos sociáveis, sem ele desistimos de viver e ficamos sem objetivo de vida onde as batalhas que travaremos pra fugir da solidão não terá sentido. Há quem diga que é melhor mal acompanhado que sozinho e deve ser mesmo, pois quando acompanhado vamos longe e o cansaço fica imperceptível. O relacionamento pode ser bom ou ruim, o tempo encarregará de constata-lo, mas temos que insistir em tê-lo, comentam até que as pedras se encontram e por isso caracteriza-se um relacionamento onde entramos e saímos muitas vezes e só nos damos conta quando o perdemos. Que a paz seja sempre meta em sua mente.
Aos que dedicam-se em demasia ao trabalho, cônjuge,filhos e tudo oque nos rouba de nós mesmos... Vai um alerta!
Morreremos em breve, deixaremos sempre a desejar por tudo e pros outros.
E se valer um conselho.
Faça tudo aos demais como se fosse pra si mesmo,
Porém nunca ultrapasse 30%,
...dedique-se mais 40% ao Divino,
Porém usufrua dos seus 25% natotalidade consigo.
Este, será oque tú levarás ao túmulo!
Meu filho me disse, “Pai me ensine a não Amar pra não sofrer, pois me sinto um idiota.” E falei pra ele.
Só posso te ensinar a se compreender, começando pelo se enternecer,
Pra no egoísmo não perecer.
Pois toda forma de viver é premiçamente embasada no Amor e com isto no sofrer.
E mais tarde se entender...