Reflexão sobre Adoção de Crianças
Ao brincar, a criança assume papéis e aceita as regras próprias da brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis na realidade.
O erudito é como o corvo que alimenta os seus filhotes vomitando o que comeu. O pensador é como o bicho da seda, que não nos dá folhas de amoreira, mas seda.
Casar, ter filhos, é jogar atrevidamente na sorte, na qual tão raramente os bilhetes nos saem premiados.
O valor do casamento não está no fato de que adultos produzem crianças, mas em que crianças produzem adultos.
Aquele que tem mulher e filhos entregou reféns ao destino; é que eles são um obstáculo aos grandes empreendimentos, quer sejam virtuosos ou mal formados.
Chora aos berros como as crianças até te estafares. Verás que depois adormeces.
Nunca houve criança tão amável a ponto da própria mãe não ficar satisfeita ao conseguir adormecê-la.
Não deve causar surpresa o fato de que as crianças nascidas fora do casamento sejam geralmente as melhores cabeças; são o resultado de uma hora espirituosa. Os filhos legítimos muitas vezes resultam do tédio.
Sai da mão de Deus que a contempla / antes de criá-la, como uma criança / que chora e ri sem verdadeiro motivo, / a alma ingénua que tudo ignora, / excepto quando, movida pelo desejo de retornar a Ele, / segue de bom grado o que a diverte.