Reflexão sobre a Morte

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O único trabalho do poeta é se manter vivo. Todo resto é sua vida.

Você tem escolhas sobre a vida
Você tem escolhas sobre o amor
No entanto, todas as escolhas levam para um só lugar
Para a morte....
Porque esta é a vida.

Depois de três cortes, três gotas de sangue se misturam com três gotas de lágrimas. Assim sei que está tudo bem, e poderei sorrir, sorrir, e sorrir. E assim, ao menos fingir estar feliz por fora.

Disseram a Sócrates:
“Vamos lhe dar algumas alternativas. Se deixar Atenas e prometer nunca mais voltar, pode se salvar da morte. Ou, se quiser permanecer em Atenas, então deve parar de falar, ficar em silêncio. Depois também podemos persuadir o povo a deixá-lo viver. Caso contrário, a terceira alternativa é que amanhã, quando o sol se pôr, você terá que beber veneno.”
O que Sócrates fez? Disse: “Estou pronto para tomar o veneno amanhã ou hoje, quando quer que o veneno esteja pronto, mas não posso parar de dizer a verdade. Se estiver vivo, vou continuar a dizê-la até meu último suspiro. Além disso, não posso deixar Atenas apenas para me salvar, porque depois vou sempre me sentir um fraco que ficou com medo da morte, que escapou da morte, e que não pôde assumir a responsabilidade da morte também. Tenho vivido de acordo com a minha própria forma de pensar, sentir e ser, e quero morrer também dessa forma.
“E não se sinta culpado. Ninguém é responsável por minha morte. Sou eu o responsável. Eu sabia que isso estava prestes a acontecer, já que falar a verdade em uma sociedade que vive de mentiras, fraudes e ilusões é pedir para morrer. Não culpo essas pessoas pobres que decidiram por minha morte. Se alguém é responsável, esse alguém sou eu. E quero que todos saibam que vivi assumindo responsabilidades por mim mesmo e vou morrer dessa mesma forma. Em vida, fui um indivíduo. Na morte, sou um indivíduo. Ninguém decide por mim, sou eu quem decide sobre o meu destino.”
Isso é dignidade. Isso é integridade. Isso é o que um ser humano deveria ser. E se a Terra como um todo fosse cheia de pessoas como esse homem, seria possível fazer desta Terra um local tão bonito, com muito êxtase, abundante em tudo...
(texto extraído de O Livro dos Homens, de Osho)

Acelerar faz bem; Que mal tem ?
De tristeza não se morre, sem medo não vive.
Morto já estava , quando sorria para você sentindo sua fria presença, isso me acalma,
Só quero sentir o medo novamente,
Só espero voltar a viver lentamente.

Querido diário,
Mais uma noite de febre intensa, acordei com a cabeça molhada... meu sistema imunológico já não resiste a nada!
Mas quando me viro em meio a tanta dor e angústia, vejo um anjo ao meu lado! E agradeço a Deus cada sorriso e olhar apaixonado que ele tem para me dar!
A vida não faz sentido sem amor, sem carinhos, sonhos e desejos!
Ontem fotografamos mais momentos juntos, cada sorriso que tiro dele, eterniza em mim, um desejo insano de vencer a morte! O tempo! E todos os males que ainda me aguardam neste mundo que pouco me amou!
Quero sonhar com ele, viajar com ele, sorrir com ele, e vê-lo realizando cada sonho possível é feliz...
Darei tudo de mim pra isso!
Tentei, lutei, falhei em não me apaixonar por ninguém, mas ele lutou a venceu meus medos!
Prioridade e hoje: que o dia acabe e o traga de volta para os meus braços

Pessoas morrendo, querendo viver... Outras vivendo, mortas (...).

Vi ela um dia antes do ocorrido, ela estava com um sorriso enorme no rosto e dizia que era impossível ficar melhor, aquele sorriso lindo sendo distribuído para todos os amigos que chegavam, era inspirador e nos trazia paz interior, mas a paz era só pra nós, todas aquelas palavras dizendo estar bem e aquele sorriso de orelha a orelha era só um disfarce para toda a dor que ela sentia, mas não queria compartilhar, guardou pra ela e transbordou uma tristeza que a matou afogada por dentro levando ela a se matar por fora e deixar saudades no peito de todos que não entenderam o que teria acontecido. Pensei naquele sorriso e naquelas palavras e percebi que as pessoas ao nosso redor estão mortas por dentro fingindo estar vivas e nós nem sequer percebemos, somos tão impotentes, tão fracos, tão frágeis e sensíveis, eu não pude evitar e isso é o que mais dói!

Vou me esvair, esvair de tudo, de todos, esvair minha alma desse mundo, meu sangue desse corpo, minha mente desse plano... Vou me esvair, remover tudo que sinto, tudo que penso, tudo.
Agua jorra em minha cara, e não acordo, muco escorre de minhas narinas, mas não engasgo, meu coração arritmico, meu corpo em extase, minha mente apagada, o amargor ainda resiste, mas, já não me importo, estou eu morto ou apenas mais um dia desmaiado no banheiro? Tanto faz, por dentro, já morri..
Sussurros não ecoam mais pela minha mente, lagrimas não escorrem pelo rosto... Vomito meus últimos pensamentos, vomito minhas ultimas palavras, e nelas, ouço um "eu os amei" até em meu leito de morte pensei em vocês, vocês que me condenaram e acusaram, até em meu leito de morte senti por vocês, mas agora, agora já é tarde, não estou mais aqui, não chorem por mim, não pensem em mim, esqueçam minha existência, eu, estou melhor agora, estou realmente morto, estou em tudo, em qualquer lugar, disperso pelo universo, estou em paz comigo mesmo.

Confissões de passageira

Cá estou, na janela do avião,
Admirando a luz energizante deste sol que nos ilumina,
Analisando os prós e os contras de manter-te em minha sina,
Comparando-te a esta imensa vastidão (de ambos, conheço tão pouco!)

Longe de ti, o mundo parece vago,
Vivemos um romance nunca escrito,
Mas, ah que autor maldito!
Mantém-te longe de tudo que trago.

Até meu cigarro tornou-se morno
Quero tua boca, o gosto do teu corpo,
Descobrir em ti caminhos, desses que conheço pouco.
Devolva-me o o prazer de uma vida sem você!

Como um sopro de epifania traduzo tuas línguas,
Minhas mãos leem-te como braile,
Te acariciam de um jeito que bem sabes,
Ainda que não digas.

Hora quero-te perto,
Noutra, mais ainda
É loucura que não se finda,
Muito fogo pra pouca palha,
Seja meu pecado incerto.

Difícil é saber o que queres,
Mais difícil saber como podes brincar com meu pensamento
Logo eu, tão frígida no assunto sentimento...
Já não sei mais a que santo rogo para atender minhas preces

Teu corpo atrai,
Tuas curvas enlouquecem,
Conheço-te por completo sem nunca ter-te tocado.
Trago-te comigo, em minha pele gravado.
Tuas palavras me aquecem
Meus lábios de ti não saem.

És minha contradição favorita,
Anseio-te de cabelos assanhados
Nossos corpos suados, colados,
És o paraíso que mais me excita

Quem tem sentimentos sabe que vive a perecer...
Sou louca por ti, mas imploro,
Me ame, me use, me tenha,
Só não faça-me enlouquecer!


Thaylla Ferreira Cavalcante (Sou nós)

Ter saudades de quem não está mais fisicamente próximo é ter recordações de momentos que marcaram a convivência e que deixaram marcas na alma e coração. Pra hoje orar por quem está longe dos olhos, e criar boas recordações de quem podemos olhar nos olhos, abraçar e agradecer por fazerem parte da nossa vida. Crie bons momentos com as pessoas que são especiais pra você!

Entre brumas, ao longe, surge a aurora.
O hialino orvalho aos poucos se evapora,
Agoniza o arrebol.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece, na paz do céu risonho,
Toda branca de sol.

E o sino canta em lúgubres responsos:
“Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”

O astro glorioso segue a eterna estrada.
Uma áurea seta lhe cintila em cada
Refulgente raio de luz.
A catedral ebúrnea do meu sonho,
Onde os meus olhos tão cansados ponho,
Recebe a bênção de Jesus.

E o sino clama em lúgubres responsos:
“Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”

Por entre lírios e lilases desce
A tarde esquiva: amargurada prece
Põe-se a lua a rezar.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece, na paz do céu tristonho,
Toda branca de luar.

E o sino chora em lúgubres responsos:
“Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”

O céu é todo trevas: o vento uiva.
Do relâmpago a cabeleira ruiva
Vem açoitar o rosto meu.
E a catedral ebúrnea do meu sonho
Afunda-se no caos do céu medonho
Como um astro que já morreu.

E o sino geme em lúgubres responsos:
“Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”

Foi como Evan lhe disse uma vez: 'Pare de esperar por um resgate que nunca vai chegar. Nenhum herói virá por você, pegue sua própria espada e vista sua própria armadura.' E, bem, ele não estava de todo errado.

Carta para minha mãe.

Faz sete dias que a senhora se foi, e não passou um dia que eu não tenha chorado sua falta.
Sei que com o tempo essa dor vai se acalmando e deixando de machucar tanto. Mas sempre te levarei comigo dentro do coração, onde quer que eu vá. Mãezinha, eu me lembro de tudo que a gente viveu e até coisas que eu tinha me esquecido e não tinha importância passaram a ter. Pequenos gestos seus, hoje, me dizem muito. A senhora sempre falou mais por atos e pelo olhar, e eu agora entendi. Mãe, cada ensinamento que a senhora me passou eu guardei em mim. Quando seu corpo desceu à sepultura, ali também ficou um pedaço de mim. Eu sei que a vida deve continuar e eu tenho lutado para seguir em frente. Mas te confesso, mãe, que não é fácil. Nossa ligação vai além desse mundo, nosso elo vai além do cordão umbilical. Saiba que te amarei para sempre! Meu primeiro amor! E sempre te levarei comigo. O que me conforta é saber que a senhora está descansando e livre deste mundo de tormentos. Posso ter perdido minha mãezinha, mas ganhei um anjo no céu.

A vida é que nem uma grande peça de teatro:
Vivemos repetindo as mesmas cenas só que em situações diferentes, escrevemos o melhor roteiro possível para que possamos obter um número maior de público. Mas quando as luzes se apagam e as cortinas se fecham é que ela se assemelha mais ainda com uma grande peça, é nesse momento que percebemos que a vida é um grande ensaio para a morte.

Quando eu morrer, por favor não chore por mim, estarei em descanso. Quando me olhar no caixão, se lembre do sorriso e sorria comigo, saiba que todo choro se convertia em alegria quando estava junto a mim. Talvez o futuro não é dos mais justos, mas toda essa desordem, certamente tem um sentido... A desordem da mente, do coração, quantas vezes não choramos juntos sem ao menos deixar que qualquer lágrima tocasse nosso rosto? Queríamos mais do que podíamos e quando não conseguíamos, voltavamos como crianças e na cama, que mais parecia o nosso refúgio, adormeciamos... A morte chegava todos os dias, quando não era correspondido, quando me depreciavam... Agora, tenho paz. Então não chore por mim, chore pelas palavras que me ouviste falar, mas não me escutavas, chore por cada vez que não me compreendeu, eu só queria a tua felicidade. Enfim, chore por tudo, só, por favor, não chore pela minha morte.

Em 2020, quando a Terceira Realidade terminou de envolver todo o planeta Terra, uma pandemia global matou mais de três bilhões de terráqueos. Foi um momento muito caótico que durou dois anos. Foi uma pandemia viral psicossomática que penetrava somente em corpos incompatíveis com a vibração de amor ao próximo. Não havia para onde fugir.

Mãe que partiu

Tanta palavra partiu com sua materna luz
Tanta dor no peito das lágrimas roladas
Hoje são lembranças eternamente amadas
De tantas distrações e aflições por ti resignadas
Tanta saudade insiste em apertar o coração
Sufocando cada pedaço que resta de emoção
Que dorme na memória recente do seu abraço
Que ainda caminha embalada por seus passos
Para aliviar o brutal rompimento deste laço
Tento buscar na ausência algo para amenizar
Mesmo na distância que nos separa imaginei
Mil formas de afeto e amor pelo vento mandar
E novamente nos seus carinhos me encontrei
Levaste pedaço de mim para a sua eternidade
Marcada com cada lágrima desta cruel realidade
Consoladas nos ombros que na vida eu cruzei
Dos meus vazios momentos que de ti lamentei
Mãe, mesmo ausente é ensinamento presente
É caminho com as suas pegadas ainda recentes
De força, ação, amor, doação, calor, confiança
Agasalhando-me com seu manto de esperança
O céu festeja sem que eu ainda seja convidado
Seu filho por ti amado exalta o dia em oração
Por gesto singelo vai a minha voz de saudação
De eterno dia das mães entre nós ou sobre nós
Nos seus conselhos de mãe recorremos a vós
Em meditação, em nossos momentos de aflição
Mãe que partiu... Sua bênção!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Rio de Janeiro
19 de dezembro de 1987
à minha mãe

Às vezes um momento pode ser o seu último instante.

⁠Tempestades e provações não matam! Elas te prepararam e te amadurecem para seu destino profético.