Reflexão sobre a Morte
A vida é uma curta pausa na sala do tempo da morte. Condenar alguém ao inferno por pecado seria o mesmo que condenar uma criança que se comportou mal no recreio à pena de morte
Ao suicida a morte é a única forma de se livrar de seus problemas; Aos que amam viver a morte não ensina, apenas prova que viver é o único meio de aprender. A fuga não é a solução mais sensata para quem está preso numa cela desde que nasceu. O corpo não é uma prisão, a vida não é uma prisão, mas sim o que o homem faz dela. Só nos sentimos presos e doentes em razão do que o homem fez para tentar obter controle sobre a terra e tudo o que há nela. A sabedoria do homem o levou a lua, mas não o trouxe de volta para sua verdadeira liberdade. Visto que a liberdade necessita de confiança divina, o ser humano se sente inseguro demais pra dizer: Voe da forma que desejar. Porque sabem que o que ensinam no mundo é pura ilusão, é a forma de manter os homens presos em suas próprias celas e pagarem por elas e seus alimentos, e assim manipularem uma falsa liberdade, que ensinam nas escolas, desde sua infância. É injusto aprender uma mentira e crescer sem nenhum alicerce real do que realmente se trata a vida. Por isso, é necessário ser forte para permanecer vivo por mais tempo e trabalhar muito. E quem se destaca no mundo dos negócios recebe um prêmio do próprio homem: O poder da influência. Sócrates veio ao mundo antes de Jesus e foi condenado à morte por falar de liberdade, e não de como se manter preso na cela vazia, escura e covarde da manipulação. Sócrates preparou o povo pro que viria mais à frente. Vejam, as pessoas se tornaram tolas, não falam mais de liberdade, apenas de ilusões, ou seja, do que o dinheiro pode comprar. Mas não se esqueçam, que dinheiro algum compra sua liberdade e a liberdade de toda a população. Os humanos manipulam as palavras de Deus e de sábios para permanecerem no controle, mas não compreendem a verdadeira essência da liberdade. O que adoece o coração humano e põe maldade em seu pensamento é a forma que são obrigados a fazerem dia após dias as coisas que não querem para se manterem vivos por mais tempo e cuidarem de suas famílias. O amor à Deus e ao próximo é o verdadeiro limite da liberdade humana.
Sócrates veio ao mundo antes de Jesus e foi condenado à morte por falar de liberdade, e não de como se manter preso na cela vazia, escura e covarde da manipulação.
Se pecados realmente existem,
eles são pagos em vida,
não em morte.
Em morte
se descansa dos outros,
não de nós mesmos.
As ondas da morte quebraram ao meu redor; Enxurradas de homens imprestáveis me apavoraram.
As cordas da Sepultura meenvolveram; Os laços da morte me confrontaram.(...)
2- Samuel 22:5-6
(...) Os homens céticos, os intelectuais rejeitam a bíblia, mas acham Shakespeare e Goethe gênios, desconhecem a fonte onde ambos beberam.(...)
Pobres mortais.
" Por que não aceitamos a morte?
Simples, porque não queremos aceitar a perda,
Ficamos em um estado de total negação,
O medo e o desespero de nunca mais vê a pessoa amada é enorme.
Mas isso é egoísmo nosso,
Ou talvez tenhamos inveja de como a pessoa estará melhor sem nós,
Sem dor,
E não terá sofrimento algum.
As únicas pessoas que de fato sofrem,
São seus familiares...
A saudade?
Ela é eterna
E o que fica?
São as boas e velhas recordações.
A outra Face da Vida -
A Morte não existe,
somos Seres Imortais ...
Estamos vivos desde Sempre
e viveremos para sempre!
Fazemos parte de um Sistema Vivo
que Eternamente se Recicla ...
Somos Seres Reencarnantes,
a parte Humana de Deus
que habita a Eternidade.
A Consciência de "não-Morte"
é a percepção de que a Morte
é a outra Face da Vida.
Somos Almas e não corpos!
O Engano da morte -
Certa vez,
aprouve à morte dizer por aí,
ainda sem morte ser,
que sem morte a Vida seria
sem Sentido!
E quando Deus assim o quis,
chamou a Vida e a morte
para lhes dar suas tarefas ...
A Criação estava prestes a Nascer!!!
E quando eleitos foram seus cargos,
a morte que antes de ser morte
já vinha de Escorpião,
do submundo de Plutão,
aceitou o cargo com uma condição.
E falou:
"Aceitarei tal tarefa
se fizerdes que o meu acto
traga sempre um motivo!"
E assim foi, a morte aceitou ser morte
por trazer sempre arreigada uma desculpa,
um mote!
Mas Deus, Omnisciente,
incutiu uma clausula
que ninguém viu:
"Não há Vida sem morte,
porém, não haverá morte
sem Nova Vida!"
E assim, a Vida prevaleceu sobre a morte!
E a morte, eternamente "condenada"
a Renascer numa Nova Vida ...
Morte das Ilusões -
Silêncio! Calem-se as vozes!
Perfilem vossos corpos
façam silêncio ... "chora" a ilusão!
"Acendam cirios que passa a minha dor!"
Dor-de-Amor nascida de esperanças vãs
num bulício de esperas infinitas!
Ilusão que gera ilusões de ilusões
prisioneiras na teia obliqua
de um Coração "frio".
Projecção limite sem limite
de um "vazio" interior...
Teia solitária, ofensiva, defensiva,
precária ... nascida do efémero,
iludida no Eterno, reduzida ao banal.
Teia por mim tecida onde a "presa mortal"
sou Eu. Assim é a dor que "promove" a morte
das ilusões.
Dor que "arrefece" a paixão que projecta
no outro uma ilusão de absoluto.
Não é Amor, é desejo, isso que manipula!
O desejo não Ama, possui!
Desejar o Amor e não Amar o desejo
é a percepção final da dor-de-"desamor"
nascida da ilusão precária de querer "agarrar"
alguém a quem se "perde".
Alguém que vai e não vem,
alguém que vai e não torna!
Apaguem os cirios! A ilusão morreu!
A dor já não é dor, é Consciência ...
E a Consciência de "desamor" é a percepção final
de que o Amor Renasce na iluminação de cada dor!
“Como se pudesse me parar, não vão, não podem, não conseguiram me derrotar, porque se minha morte chegar ela não será em vão, meu sangue irá tocar no chão buscando uma solução”
Quando um amor é muito forte,
permanece vivo em suas lembranças
e assim, pode sobreviver à morte...
Osculos e amplexos,
Marcial
O AMOR PODE SOBREVIVER À MORTE
Marcial Salaverry
Para aqueles que se amam verdadeiramente, e que conseguem superar o tempo vivendo um amor completo, mantendo um relacionamento com base sólida, cimentada em muito amor e carinho, sempre preocupa a possibilidade de uma separação causada pela partida de um deles. Como o remanescente sobreviverá ao trauma dessa separação inevitável, é algo que somente o fato em si poderá determinar.
É preciso muita força de vontade para não se entregar ao desespero. É preciso muita vontade de viver para superar esse trauma. Nem todos têm essa força. Nem todos conseguem superar essa dor. Para quem está de fora, é muito simples falar na vontade de Deus, e que o destino quis assim. Mas sua cabeça dá um nó. Seu coração parece querer pular fora do peito. Sua alma chora noites seguidas.
Mas a vida continua, e é preciso começar a imaginar que quem partiu não gostaria de ver seu parceiro entregar-se à dor. É preciso pensar que o amor não morreu, e que em algum lugar poderá estar observando, e se entristecendo com sua incapacidade de reagir. Há que ir até o fundo da alma, para retirar aquele restinho de vida que lá está, e faze-la aflorar. Para vencer a dor da saudade, é preciso aprender a driblar a tristeza que sempre invade a alma, procurando recordar aqueles momentos de muita felicidade vividos juntos. As doces recordações sempre amenizam a tristeza da saudade, mudando uma saudade doída, para uma saudade doida, que inclusive poderá fazer sorrir ao invés de chorar. Há que se entender que, se a morte nos leva o ente querido, jamais levará o amor que foi vivido. Este permanece latente em nosso interior.
Algo que dá vontade de fazer é uma espécie de pacto, para que ambos possam embarcar juntos para a derradeira viagem. Infelizmente quase nunca isso é possível, e o remanescente deverá continuar vivendo, com a certeza de que esse é o desejo de quem partiu, pois o amor quando é verdadeiro, sobrevive à morte. As boas recordações fazem-no viver dentro do coração, que pode parar se não soubermos vencer a dor que insidiosa se infiltra em nossa alma.
E é na busca dessas recordações, que aqueles que tiveram a felicidade de viver um grande e verdadeiro amor devem concentrar suas forças, para poderem fazer de cada um de seus dias, sempre UM LINDO DIA, apesar da tristeza que lhes vai n'alma, que pode ser superada usando das recordações de lindos momentos vividos, e embora a alma chore, o coração pode sorrir...O sempre pode sobreviver à morte...
Soneto à Morte do Conde Orgaz -
Lá longe, mais além, onde não vejo ninguém,
existe um préstito funéreo
a que minh'Alma se prende, porque contém,
um profundo olhar etéreo ...
Vão muitos a sepultar, entre lúgubres caminhos,
D. Gonzallo de Tolledo, Senhor da Vila de Orgaz.
"Óh morte, quando é que também me vestes...?" Assim diz, o Poeta-Conde, Senhor da vila de Monsaraz!
E em hora derradeira ouve-se uma voz sem Paz:
Não há ninguém que me conforte,
oiço ainda o Vento chorar trágico e forte!
E tanta gente se vê nos funebres chorões do seu caminho
a abrir com lágrimas de morte, um qualquer destino,
para aquele que foi outrora o Conde de Orgaz!
(Soneto que nasce da belissima Tela do Pintor El Greco em que o tema principal é a morte e enterro do Conde Orgaz.)
Pranto à Morte de Cristo -
Não haverá quem chore
dor mais funda ou maior
do que as contas do Rozário
choradas por Maria
a caminho do Calvário!
Vêde, ó gente inclemente,
gente pobre que não sente
esta Alma Divina,
ela arrasta por Terra
o que só o Amor ensina.
Olhai a mantilha de Maria
e vêde vós o que eu não via,
o branco já não é branco,
é vermelho cor-de-sangue,
tanta dor, amargura e agonia.
Onde'ides pecadores?!
Segui Cristo sem pudores,
segui Maria com ternura
nesta dura caminhada
onde cada passo é desventura.
Ó Senhor que tormentos
que dura caminhada:
Mais pura que o Cristal
é a vossa Santa Face
que na mão dos Judeus
foi como se quebrasse!
E o vosso olhar Divino
raso de lágrimas amargas,
são as lágrimas do Mundo
que carregas como Chagas!
É o peso da Cruz
aos meus pequenos ombros
é o peso do mundo
que me atira aos escombros!
E aquela mulher, que pena!
Quem é ela que tanto chora?!
Não é Maria tua Mãe?
Não, é Maria Madalena.
E essa outra da toalha
que vos foi a limpar?!
Ela correu para vós
ao ver-vos a chorar!
Guardiã da minha Face
é a jovem do Sudário,
deixo-lha estampada
a caminho do Calvário!
E lá vai Cristo ensanguentado,
cuspido, caido e julgado
pela Rua d'amargura!
Ó Homens que maldade,
não tendes ternura?
Senti a dor desses Passos,
tende Piedade!
E quando Deus rompeu o Céu
o Templo rasgou o véu,
nasceu o Graal!
E da veste dos Fariseus
coberta de sangue
nasceu este Pranto
no Seio de Portugal!!!