Reflexão sobre a Morte
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A vida só será eterna, quando a morte envelhecer.
O maior mistério que a vida tem em seu poder é a sua própria morte.
Esperar é o esforço que a vida faz para apresentar como oferta o momento infalível da morte.
Na distância entre a vida e a morte, permanece não só a existência mas, também, a intensa sabedoria de viver e renascer.
A Terra é um palco: onde a vida ensaia a própria morte.
Nem a própria morte consegue abater a vida ao Amor.
Na morte do ego, alcança-se a eternidade da sensação de existência.
A Vida são minutos cheios de anos. A morte são anos cheios de minutos.
A vida e a morte são inseparáveis em todas as religiões:
-Se eu não existisse, tu não viverias. (Vida)
-Se eu não vivesse, tu não evoluirias. (Morte)
Morre-se e vive-se tantas vezes dentro de um abraço que, nem a morte, nem a vida, o tornam compreensível.
A vida é um percurso observado pela morte.
A morte promove a vida para sobreviver.
Tempo é: reunião entre a vida e a morte para assegurar a ordem da eternidade.
Envelhecer é: enrugar a morte.
A vida é uma rua pequena e a morte um beco longo sem saída.
A solidão interna é um suicídio sem morte.
Preocupante não é o que o tempo faz com a vida; preocupante é o que a morte fará com a alma.
Nascer é expor-se vagarosamente à morte.
A arte consegue demonstrar que vida e morte são realidades por descobrir.
Por vezes, a morte cava sepulturas no coração e deixa-nos à mercê da vida.