Reflexão sobre a Morte
Que me leve a morte na sua hora, mesmo que a noite não chegue, que me leve nas labaredas da sua melodia.
Sou o segredo na morte do meu coração, que sobre a reação do meu intelecto vivo escondido no sorriso celestial de um pequeno deus-humano que não sabe ser indiferente ao sofrimento do mundo.
É a dor que nos avisa da existência da morte e nos prepara para a luta com ela... A dor física é apanágio de quase todos os animais, a psicológica só de alguns.
Mais difícil de lidar do que a morte, só a vida, já que a primeira é consequência das ações ou inações da segunda...
A vida é uma grande aventura, dede o nascimento até a morte. Mais não pense você que é só isso, pois existem os momentos de alegria todavia apenas quando você se distrai... divirta-se mais no fim e só isso que se leva.
Hino à Morte
Tenho às vezes sentido o chocar dos teus ossos
E o vento da tua asa os meus lábios roçar;
Mas da tua presença o rasto de destroços
Nunca de susto fez meu coração parar.
Nunca, espanto ou receio, ao meu ânimo trouxe
Esse aspecto de horror com que tudo apavoras,
Nas tuas mãos erguendo a inexorável Fouce
E a ampulheta em que vais pulverizando as horas.
Sei que andas, como sombra, a seguir os meus
[passos,
Tão próxima de mim que te respiro o alento,
— Prestes como uma noiva a estreitar-me em teus
[braços,
E a arrastar-me contigo ao teu leito sangrento…
Que importa? Do teu seio a noite que amedronta,
Para mim não é mais que o refluxo da Vida,
Noite da noite, donde esplêndida desponta
A aurora espiritual da Terra Prometida.
A Alma volta à Luz; sai desse hiato de sombra,
Como o insecto da larva. A Morte que me aterra,
Essa que tanta vez o meu ânimo assombra,
Não és tu, com a paz do teu oásis te terra!
Quantas vezes, na angústia, o sofrimento invoca
O teu suave dormir sob a leiva de flores!…
A Morte, que sem dó me tortura e sufoca,
É outra, — essa que em nós cava sulcos de dores.
Morte que, sem piedade, uma a uma arrebata,
Como um tufão que passa, as nossas afeições,
E, deixando-nos sós, lentamente nos mata,
Abrindo-lhes a cova em nossos corações.
Parêntesis de sombra entre o poente e a alvorada,
Morrer é ter vivido, é renascer… O horror
Da Morte, o horror que gera a consciência do Nada,
Quem vive é que lhe sente o aflitivo travor.
Sangue do nosso sangue, almas que estremecemos,
Seres que um grande afecto à nossa vida enlaça,
— Somos nós que a sua morte implacável sofremos,
É em nós, é em nós que a sua morte se passa!
Só então, da tua asa a sombra formidável,
Anjo negro da Morte! aos meus olhos parece
Uma noite sem fim, uma noite insondável,
Noite de soledade em que nunca amanhece…
Só então, sucumbindo à dor que me fulmina,
A mim mesmo pergunto, entre espanto e receio,
Se a tua asa não é dum Anjo de rapina,
Se eu poderei em paz repoisar no teu seio!
Inflexível e cego, o poder do teu ceptro
Só então me desvaira em cruel agonia,
Ao ver com que presteza ele faz um espectro
De alguém, que há pouco ainda, ao pé de nós sorria.
Mas se nessa tortura, exausto o pensamento,
Para ti, face a face, ergo os olhos contrito,
Passa diante de mim, como um deslumbramento
Constelando o teu manto, a visão do Infinito.
E de novo, ao sair dessa angústia demente,
Sinto bem que tu és, para toda a amargura,
A Eutanásia serena em cujo olhar clemente
Arde a chama em que toda a escória se depura.
É pela tua mão, feito um rasgão na treva,
Que a Alma se liberta, e de esplendor vestida
— Borboleta celeste, ébria de Deus, — se eleva
Para a luz imortal, Luz do Amor, Luz da Vida
Não viva de qualquer forma, pois a graça de Deus é um assunto sério que custou a morte do seu Filho.
A mente vagando soturna
em decibéis agudos de torturas
digita tons e pincéis de amarguras.
A morte me olha acenando numa urna
com seu buquê de rosas vermelhas escuras.
num triste arco florido e pisoteado.
Aqui jaz meu ser enterrado.
Cheios de medos,usando todos os dedos
para desenhar seu último recado.
Uso a musa nesta fria inspiração
enquanto te espero em outra dimensão
Alma dilacerada ainda sem compreensão
escrevendo,com sua emoção,folhas sem alívio,
eternamente buscando sua mão.
“Extra! Extra! Descoberto o primeiro caso de vida após a morte, trata-se de um jovem, muito lindo por sinal, que foi encontrado após ter sido abandonado pelo amor de sua vida. Em relato à bolha de São Paulo, afirmou não saber qual o seu nome, mas pelas vestes humildes que trajava, acredita-se ser algum professor da rede pública. O rapaz gritava insistentemente Helena! Helena! Especialistas afirmam se tratar de protestos contra o Governo de turno, por isso a insistência do mancebo em vociferar: ele não! Ele não!”
Na calada da noite, ela se revela
como a Dama da Morte
por matar as saudades que deixa,
por sua sagacidade forte,
por matar a vontade de quem a deseja,
por provocar uma notória desordem
com a sua impetuosa presença.
Senhor Deus, eu sei que estais comigo, eu já não temo mais a morte ou solidão, por que tu fizeste-me superar todas essas coisas, tu bem sabes o deserto que passei, o vale da morte que tu me ajudou a atravessar, no sofrimento eu aprendi e ser forte é o que vier agora será apenas grãos, por que as pedras do caminho tu me fizeste superar.
Senhor que a minha morte
Seja perfumada de flores
Mesmo que a dor dos espinhos
Trespasse o meu frágil corpo
Ame profundamente em vida , a morte e algo
inesperado e retira de nós algo profundo . Seja capaz de demostrar amor
as pessoas que estão ao seu redor e se você for capaz de amar os desconhecidos , você é simplesmente uma pessoa incrível .