Reflexão sobre a Morte
A vida da morte
Não é apenas decomposição, não é a entrada no caixão, é mais relevante, é a vida dilacerante, a morte ganha vida no corpo em movimento, é mais ou menos quando acaba o gás, é o prazer de satanás, habitação do cansaço, do desgosto, do descontentamento, da falta de prazer no pensamento, quando os sinais chamam a lutar, mas a cada dia nada transformar, sabe gente, quando a vida é tribulada, toda oportunidade ceifado, esse exato instante, o pranto alarmante, que escorre em meus dedos, revelo meus segredos e dou libertação a vida, para não ficar comovida, se está escrito nesse porte, se preferes ser réu, da vida a morte, esse diálogo magoa, não estou querendo ser coitadinho, mas o diabo vive coladinho, o que esse bicho viu em mim, desde criança perseguindo, ferindo, que arrepio, já rezei, orei, clamei, jejuei, porém o inimigo atravessa, não deixa alcançar promessa, por mais que o espante e tanjo, não consigo ver meu anjo e entrego minha sorte, vejo em mim a vida da morte.
Giovane Silva Santos
Sobre os artistas, os pensadores e a morte.
A vida é um castelo e um artista está preso. A chave que o artista usa é o pincel, mas o pincel não é a chave. Então ele pinta. Ele pinta a realidade que só pode imaginar. Atrás das paredes do castelo está a realidade. Ele está preso com vários quadros na parede, onde só imagina como é o lado de fora. Ele está preso e a arte é uma falsa realidade para suportar o castigo de não saber. No castelo tbm tem um pensador. A chave que o pensador usa é o lápis, mas o lápis não é a chave. Então ele escreve. Ele escreve a realidade que só pode imaginar. Atrás das paredes do castelo está a realidade. Ele está preso com vários livros na estante, onde só imagina como é o lado de fora. Ele está preso e os livros são uma falsa realidade para suportar o castigo de não saber.
_Sendo o que sou diante a você
esperando a morte caminhar em teus sonhos,
sufocando cada instante de prazer,
dando visão de um futuro que nunca verá,
e das pessoas que deixou,
vendo assim seu sofrimento e destinos até morrer.
É difícil entender as pessoas que lotam os hospitais, pois que muitos lá foram para escapar da morte, outros tantos porque tentaram escapar da vida.
Ir-se
Escandalizo a tal sorte
Afetação cruel e triste
Espera, alma e morte
Do gabo nada existe
Mesmice reescrevo
E o passo aí, passa
Na saudade relevo
Nos olhos fumaça
Nasci pra renascer
Das cinzas ressurgir
Morro e tento viver
Afeito. Outro partir!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
O uso de celular tá ficando que nem o sim no dia do casamento: "Até que a morte os separe." Do jeito que a coisa anda, tem gente que vai querer levar o celular prá outra vida. Ainda bem que na época que fizeram o filme Ghost- do Outro lado da vida, ainda não existia o celular, senão não teria dado a bilheteria que deu. Ninguém estaria prestando atenção no filme e sim no The Best. Sr. Digníssimo CELULAR.
A única certeza é a morte?
O único que salva é o amor?
Contar até 3 ,10 ou 1000, sempre acalma a ansiedade?
A dor sempre será o fim?
A vida é única e exclusivamente pessoal, então escolha viver!!!
A morte é uma palavras difícil de dizer até de escrever e principalmente difícil de aceitar. Ela é inexplicável, vem sem avisar, de repente, sem ao menos nos despedir (que seria difícil pq nunca estamos preparados para isso). Acho que é por isso que essa palavra é tão sombria.
Para a medicina a morte é quando um corpo perde os sinais vitais, para a religião é quando a alma se liberta e vai para um lugar melhor ao lado de Deus,para mim ela é inexplicável. Um vazio,um enorme buraco negro, uma ferida inflamada que cicratiza com o tempo mas deixa marcas profundas.
Porém só Deus coloca em nosso caminho o conforto,seja através de pessoas ou através de algo que está escrito no livro da vida.
NOCTURNA LUZ
Nocturna luz que me faz esquecer
No desuso eterno da morte
Sombra na alma em lágrimas
Na solidão da velhice anunciada
Num caminho sem sonhos ou direcção
Passagem de tantas fragas no céu
Que sorvem as nuvens de afagos
Sopros na profundidade do monte
Nocturno nevoeiro que morre na serra
E escava os olhos da loucura sentida
Numa luz nocturna em livre pensamento
Que esmaga as flores pelo atalho entre a poeira
Pregada palavra que se afunda em silêncio
Nocturna luz que me anuncia a morte
Nas lágrimas de um pobre poema em poesia
“Muitas feridas e enfermidades possuem curas, mas a maldade do coração gera morte.”
Giovane Silva Santos