Reflexão sobre a Morte
A morte, não nos desliga daqueles que nos amam.
O som, vindo num ritmo acelerado...
... são as batidas do coração, na porta da saudade !
Se a morte não tem hora
E nem dia pra chegar
Prefiro não esperar
Para não sofrer a toa
Levo a vida numa boa
Amando e querendo bem
Sem pensar no mau que tem
Quando a “marvada” chegar
Prefiro não esperar
Por quem não sei quando vem.
A MINHA MORTE!
Morrer é deixar a dor
Morrer é deixar de viver.
Morrer é deixar de padecer.
Morrer é deixar tudo para os vivos...
Mas ela não percebe isto, para ela é mais um dia comum...
Para mim é mais um dia de observar aquela que foi meu anjo da guarda...e com a minha MORTE tornei-me um anjo dele de guarda!
Hoje ela veio trazer flores, aquelas que em vida dava para ela nos finais de semana, elas são belas e encantadoras como sempre.
Ela chora toda vez que vem ver-me, lágrimas de arrependimento, por não ter aproveitado seu tempo comigo, por não percebe responder minhas sms, por não me abraçar quando precisava...e por tudo que já não pode fazer mais!
Apenas resta está sepultura que lhe tortura de dor...se ao menos soubesses o q quão sou feliz morto, jamais chorarias, flores ñ posso toca-las, beija-las, senti-las...porquê não responder me deste antes!? Por acaso amas-me agora depois da minha morte?
"Nos precisamos do toque de quem amamos quase tanto de ar para respirar" mas ela nunca deu importância no toque, até não ter mais!
five feet apart...
Se ao menos a morte tivesse revistas...
Ela morria tantas vezes
em tiroteios à porta de casa
que já não sabia morrer para sempre
assim
de uma vez só.
Se ao menos se marcasse um dia
para a morte, uma hora certa
como no dentista
que apesar de tudo
nos faz esperar
onde apesar de tudo
não sabemos quando será a nossa vez.
Se ao menos a morte tivesse revistas
e gente na sala de espera
não estaríamos tão sós
tão vivos nessa ideia final
nesse desconforto.
Poríamos o nome na lista
quando estivéssemos prontos
sabendo que seria fácil desmarcar
marcar para outro dia
ou simplesmente
não comparecer.
Depois, ficaríamos com a dor,
com o terror
de passar sequer naquela rua
como ela à porta de casa.
Ela que morria tantas vezes
porque morria de medo de morrer.
. Os momentos em família
São eternos, a Morte para os
Vivos é um sentimento cruel
Mas para os que Morrem é o fim
Do sofrimento .
Jefferson_monteiro
O Senhor tem poder sobre as águas, sobre o céu e a terra... Sobre o vale das sombras e a morte. É Dele todo o poder e a glória! Tudo é sobre a Sua vontade, que seja feita conforme o seu desejo. Amém!
MORTE
A morte põe fim a uma vida,
para dar início a outra...
Nada carrega consigo!
Por vezes deixa ferida
Causa comoções
e muitas saudades!
Quando chegar sua hora
Vá em paz e busque
o céu que sempre sonhou.
MORTE
Falar em morte é muito difícil
Ela é concreta no mundo material
Mas abstrata para muitos no espiritual
Para ambas parece ser real.
Morte é renovação, uma lei natural
Começa um ciclo contando o final
Passagem curta e muito informal
Olha para a morte de forma teatral.
Não temos o poder da vida, isto é legal
Não ter o da morte é fenomenal
Uns acreditam que a morte é terminal
Outros acham que a alma é imortal.
Entenda que a morte como normal
Para ela não existe o inaceitável
Não entenda como circunstancial
É a morte! Pode ser ou não e ponto final.
NASCIMENTO E MORTE DE UM RIO
Águas das fontes cristalinas
Que entre pedras afloravam
Calma, puras e límpidas,
Que nossas sedes saciavam.
Pelo leito calmo e sereno
Traçados perfeitos faziam
Fascinante e majestoso
Seus caminhos percorriam.
Já adolescente de cenário raro
Entre as matas se comportavam
Ainda belo, sereno e límpido
Peixes e ribeirinhos alimentavam.
Espumas formadas pelo vento
Entre pedras e galhos circulavam
Suavemente percorre o seu leito
Educado, sempre pedia passagem.
Hoje o cenário não é o mesmo
Os cursos dos rios mudaram
Árvores arrancadas sob protesto
As destruições começavam.
Aguas impetuosas sem direção
Deixando para trás a destruição
Sonhos perdidos pela inundação
Um povo sofrido sem motivação.
Buscar culpados não é necessário
Esta façanha é do próprio homem
Provocando a morte das matas e do rio
Deixando para trás um imenso vazio.
Eu vi muita morte nessa vida (...), mas nada se compara à dor de perder um filho, porque dói muito.
Se eu perder muito tempo com a morte, eu perco tempo da minha vida. Uma hora ela chega e o que vai ficar é a essência de quem passou por aqui. Minhas palavras, minha presença, minha maneira de ser. Não quero que fiquem as maldades.
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Serão felizes para sempre
até que a morte os separe!
Morte ? do amor, da ternura, da lealdade, do respeito!
Morre somente o que tá vivo.
Se tá vivo, não deixe morrer
Cuide do seu amor!
Como? Alimentando, cuidando, dando amor!
Trate seu amor como uma joiarara!
E essa morte vai demorar,
Talvez dure para sempre!
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“O tempo não corre, tampouco permanece estanque; trata com açoite os que temem à morte e maltrata com desdém os que invejam aos amantes.”
"A cada nova manhã somos enviados à morte nesta selva de pedra em que vivemos.
Nem durante a noite estamos livres dela (morte).
Este é o destino ao qual estamos fadados.
Mas há muita vida neste percurso e somos agraciados com visões paradisíacas vez por outra.
O encanto e a beleza estão muitas vezes escondidos, assim como o ouro e o diamante inexplorados.
Existem pessoas encantadoras no nosso trajeto e da mesma forma as más (Estas não precisamos procurar muito)."
'Põe-me uma mesa, Senhor, na presença dos meus amigos (Só os verdadeiros) e nos fartaremos nela.'
POEMA À MORTE
Estava nascendo
Podia sentir a sua respiração!
Não sabia ainda se seria um poema alegre
Ou triste,
Mas já percebia que seria intenso
Faltava pouco, muito pouco
Apenas algumas palavras
Encontrar a rima ou o ritmo final
E dar alguns retoques
Ah desgraça sem graça!
Musas implicantes,
Senhoras da pirraça!
Quase nascendo,
O poema não encontrou a rima
Quebrou o pé de maneira infame
Antes de dar o primeiro passo
Olhou-me, triste,
Entre envergonhado,
E lamentoso
E foi puxado para o inferno
Das obras não realizadas
Enterrei-o de maneira singela,
Com honra
mas sem grandes funerais ...
E chorei pela sua alma
Durante toda uma semana
Às vezes, mesmo hoje,
Tão longe no espaço-tempo,
Posso ainda vê-lo à morte
Com a respiração ofegante
Diminuindo pouco a pouco
Coberto com o manto negro
Das palavras que apenas mancham papéis
Sem frequentar a boca das pessoas,
Ali está ele - entre as frias paredes da memória
soltando seu último suspiro
[publicado na Revista da Academia Lagartense de Letras, vol.1, nº7, 2021]