Reflexão sobre a Morte

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A vida sem ciência é uma espécie de morte.

Nisto erramos: em ver a morte à nossa frente, como um acontecimento futuro, enquanto grande parte dela já ficou para trás. Cada hora do nosso passado pertence à morte.

O homem não tem poder sobre nada enquanto tem medo da morte. E quem não tem medo da morte possui tudo.

O segredo do amor é maior do que o segredo da morte.

O amor sem esperança não tem outro refúgio senão a morte.

Os homens esquecem mais rapidamente a morte do pai do que a perda do patrimônio.

Maquiavel
O príncipe. Petrópolis: Vozes do Bolso, 2015.

SONETO LXV
Se a morte predomina na bravura
Do bronze, pedra, terra e imenso mar,
Pode sobreviver a formosura,
Tendo da flor a força a devastar?
Como pode o aroma do verão
Deter o forte assédio destes dias,
Se portas de aço e duras rochas não
Podem vencer do Tempo a tirania?
Onde ocultar - meditação atroz -
O ouro que o Tempo quer em sua arca?
Que mão pode deter seu pé veloz,
Ou que beleza o Tempo não demarca?
Nenhuma! A menos que este meu amor
Em negra tinta guarde o seu fulgor.

A coragem conduz às estrelas, e o medo à morte.

Num certo momento da vida, não é a esperança a última a morrer, mas a morte é a última esperança.

O fim da esperança é o começo da morte.

A um homem bom não é possível que ocorra nenhum mal, nem em vida nem em morte.

Enquanto tiveres um desejo, terás uma razão para viver. A satisfação é a morte.

George Bernard Shaw
Overruled (1916).

[Inscrição para um portão de cemitério]
A morte não melhora ninguém...

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.

A morte é um sono sem sonhos.

Temam menos a morte e mais a vida insuficiente.

Bertolt Brecht
The Mother (1956).

[Morte]
O dia que chegar, chegou. Pode ser hoje ou daqui a 50 anos. A única coisa certa é que ela vai chegar.

A verdadeira filosofia nada mais é que o estudo da morte.

Acreditamos ficar tristes pela morte de uma pessoa, quando na verdade é apenas a morte que nos impressiona.

A dor é tão necessária como a morte.

Neste mundo nada pode ser dado como certo, à exceção da morte e dos impostos.

Benjamin Franklin

Nota: Apesar de ter empregado a expressão em uma carta datada de 1789, Franklin não a criou, apenas ajudou a popularizá-la. Ela já estava em circulação alguns anos antes.

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