Reflexão sobre a Morte

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O hábito é que me faz suportar a vida. Às vezes acordo com este grito: - A morte! A morte! - e debalde arredo o estúpido aguilhão. Choro sobre mim mesmo como sobre um sepulcro vazio. Oh! Como a vida pesa, como este único minuto com a morte pela eternidade pesa! Como a vida esplêndida é aborrecida e inútil! Não se passa nada, não se passa nada. Todos os dias dizemos as mesmas palavras, cumprimentamos com o mesmo sorriso e fazemos as mesmas mesuras. Petrificam-se os hábitos lentamente acumulados. O tempo mói: mói a ambição e o fel e torna as figuras grotescas.

No amor não há desastre maior do que a morte da imaginação.

Quando a morte é o termo de uma vida, a felicidade depressa é banida.

Estamos todos condenados à morte, mas com um tipo de adiamento indefinido.

A morte produz algo de agradável: as viúvas.

Todos os homens tremem ante a punição e todos os homens temem a morte; lembra-te que te assemelhas a eles, e portanto não mates nem contribuas para a matança.

A morte mostra ao homem aquilo que ele é.

Morte, a única das minhas aventuras que não comentarei....

Não ter temor da morte, é não temer-se ameaças.

O que é a história? É o trabalhar para elucidar progressivamente o mistério da morte e vencê-la um dia.

Boris Pasternak
Doutor Jivago

Todas as manhãs,
mercado dos animais.
A morte cheira a urina.

A morte anula sempre mais planos e projetos do que a vida executa.

Só há progresso, descoberta, na direção da morte.

Como o amor, como a morte, a verdade precisa dos véus da mentira.

Poucos se dão conta de que a sua morte coincidirá com o fim do universo.

O maior ladrão não é o que rouba por nada ter, mas o que tendo dá morte, para roubar mais.

A morte tem um sabor a terra. E a angústia, um sabor a fel.

Ora, o último inimigo a ser aniquilado é a morte.

Sou muito lógica, o que me permite enxergar os detalhes mais estranhos e perceber com clareza o que os outros ignoram.

– Depois de todo esse tempo?
– Sempre!