Reflexão sobre a Morte
Porque se destruo a razão pra viver, é a morte a saída que resta, mais se a morte então é viver, então viver é uma eterna orquestra, acaba o inicio, quando começa o final, mais se a vida continua , é certo dizer que sou imortal? Se o fim da no inicio, o inicio é o final, se a morte é a vida, o que eu sou afinal? Onde é que termina? Onde que começa? Não sei se sou rei do xadrez, ou se dos reis sou a peça.
Relato neste poema, o nascimento da fera
A morte do corpo físico, em uma vontade de espera
Minha poetisa amada, já estava cansada daqui
Esperando só o momento, de Jesus mandá-la ir
Sua vida foi sofrida, vinda do sertão ameno
Chegou aqui nessa terra com seus seis filhos pequenos
Lutou, batalhou e cresceu
Sorriu, sofreu e morreu
Porque estava merecendo
Há quem diga que a morte é o fim de tudo que nasce
Há quem diga que a morte, é um buraco sem face
Mais a morte é o inicio do fim dessa historia
A morte é precipício, que leva para eterna gloria
Agora minha vó querida, está ao lado de deus
Sobre o manto de Maria, diante dos olhos teus
Agora está feliz, correndo na relva sagrada
Enquanto estamos aqui, sofrendo com a partida
De uma poetisa amada.
A morte um dia vai nos levar!
Da vida só recordações vão ficar por isso ame muito e sempre será lembrado.
Vida me deixe viver
Morte não me deixe morrer
Oceano não me afogue em seu mar
Chuva não deixe me molhar
Lágrima não me deixe chorar
Amor me deixe amar
Dor não me deixe sofrer
Lembrar e não me deixe esquecer
Se eu pudesse pedir algo agora, pediria uma morte bem lenta, capaz de sentir devagarinho cada dor. Um veneno de cor vulgar que mostrasse como a vida é gostosa de viver, mas tarde demais para quere- lá de volta.
Morte? Chega!
Bate e volta:
Bater as botas,
Abotoar o paletó
E bater com as dez.
Bater na mesma tecla?
Basta a morte da bezerra!
Todo mal tem um lado bom, deste todo, inclui-se a morte. O lado bom da morte é a ausência dos encontros com os demônios.