Reflexão para Pais

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Muitos pais passam maior parte do dia-a-dia, ensinando o filho a ser homem e a filha a ser mulher, eles não ensinam o filho e a filha a serem crianças, até uma determinada idade.

Como a economia de um país continental evoluiu, em apenas sete anos, da euforia de um cenário de crescimento bem acima da média das últimas décadas, com vigorosa geração de empregos formais e alguma redução das desigualdades, para uma das maiores crises de sua história?

⁠Descobri o meu país

Subi a montanha
e no seu topo os anjos me cercaram
e me engrinaldaram a fronte
com as flores do céu.
Asas zumbiam
em harmonias fragílimas
e vozes de arcanjos louvavam a paz.
Derramaram sobre meu corpo
sete bálsamos purificadores
e fizeram-me beber
ambrosia e mel.
Banharam-me no rio da música
e eu saí ingênua
como o canto de uma criança.
E depois surgiram novos anjos
e não havia noite
e não havia dia.
E a ambrosia e o néctar
deslizavam com fartura celestial.
E novas canções se entoaram
sempre em louvor a Deus.
E não havia noite
e não havia dia.
E aos poucos cresceu dentro de mim
o desespero
e eu busquei em vão os olhos celestiais.
Eles nada diziam
e cantavam a paz.
E aos poucos uma nostalgia
me enlanguesceu
e eu era o arco distendido
sem a flecha
e eu buscava o ar
sem respirar.
Um anjo me interrogou: mais néctar?
Eu gritei: quero cheiro da terra!
E o anjo me perdoou
E eu cansei de ser perdoada,
eu queria sofrer.
E não havia noite e não havia...
Quebrei minhas asas,
desci a montanha
e vivi na Terra!

Homens amavam
e cansavam do amor.
Homens bebiam sangue
e descobriam
que não desejavam brigar
Entoavam-se cânticos místicos
onde só havia a insatisfação.
E depois homens morriam
e todos sabiam que era o fim.
Nem a terra,
nem o céu!

Fechei-me num quarto,
inventei outro Deus,
outro céu, outra terra
e outros homens.

Clarice Lispector
Dom Casmurro, 25 out. 1941. In: Moser, Benjamin. A Newly Discovered Poem By Clarice Lispector. Revista de Literatura Brasileira, n. 36, p. 37-46, ano 20, 2007.

Nota: Esse é um dos dois únicos poemas que foram publicados em vida por Clarice Lispector. O outro poema publicado em vida pela autora é A mágoa.

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Este país não precisa de um rei que não se importa se o mundo virará cinzas ou não, mas de um rei que queira impedir isso.
(Jang Uk)

Alquimia das Almas (série)
2ª parte, episódio 10.

A felicidade dos filhos depende do sorriso de seus pais.

Num país onde os representantes do povo são corruptos, desviar os jovens do mau caminho é tarefa árdua.

São sempre assim os pais: quando as esperanças se projetam sobre um filho, o resto são sombras mal reparadas. Que vivam, e Deus os abençoe! Amém.

Mário de Andrade
ANDRADE, M., Amar, Verbo Intransitivo, 1927

Não se muda um país sem mudar o pensamento de um povo......

‎Antigamente, ser filho de pais separados era ser diferente, quase um anormal. Hoje isso muda. É tão normal que virou moda.

Vivemos em um pais onde: o pobre é ladrão, o rico é inocente, o politico é honesto, o bandido é bem cuidado, o salario é muito alto, a saúde é a melhor, os impostos são baixos. Agora você é muito trouxa se acreditar que isso tudo que eu te falei é verdade.

Quando todos os políticos aprenderem a amar sua pátria, lutarão assim para a mudança de um país.

⁠A última vez que vi meus pais
Dias de Neblina.

Era novembro de 1998, como fiquei assistindo TV até tarde, acabei dormindo na rede daquela vasta cozinha, estava frio naquela madrugada quando de repente senti um cobertor cair sobre mim, uma mão encaixando o cobertor no meu corpo, e muito mais que aquecer, aquelas mãos davam a certeza de cuidado, carinho e proteção.

Algumas horas depois ouvi o cantar do galo e a algazarra dos animais do sítio, e antes mesmo de amanhecer ouvi o barulho da grosa (objeto usado para ralar guaraná em bastão), enquanto o fogo do fogão a lenha era aceso aquecendo aquela manhã, as vacas já mugiam no curral, ouvi voz de meu pai chamando-as pelo nome para a ordenha, Morena, Jangada, Manteiga, Mimosa, Pretona, Pretinha, Rainha, Estrela…,enfim era cada nome de vaca que vinha da criatividade do meu pai, o mais interessante que ao ser chamada cada uma respondia com um mugido quando o seu nome era gritado, como se estivessem respondendo uma chamada.

Eu ainda deitado e sonolento, comecei a sentir o cheiro delicioso de bolo frito e chá, e os passos de minha mãe na cozinha que já estava preparando tudo pois horas depois já teríamos que ir embora, e ela não admitiria um filho sair de casa sem alimentar-se. Ao me levantar percebi que a manhã estava fria e que todo sítio estava coberto por uma neblina, aos poucos meus irmãos foram acordando e arrumando as malas, era visível no olhar de minha mãe a mistura de uma alegria e tristeza.Nesse momento meu pai já tinha terminado a ordenha e encheu algumas garrafas de leite e colocou em nossas malas, logo em seguida foi colocar o cavalo na charrete para nos levar até o ponto de ônibus que ficava na porteira de entrada do sítio.

- Benção mãe!
- Deus te abençoe, que Deus te guarde e te de muito juízo.
Minha mãe sempre aproveitava esse momento para dar uma alfinetada (risos).Subimos na charrete com meu pai enquanto minha mãe ficava na porta da cozinha nos vendo sair, nessas horas as suas lágrimas desciam como uma cachoeira, ela sempre chorava toda vez que tínhamos que ir embora, à medida que nos afastamos do sítio sua imagem na porta da cozinha embaçava até ao ponto que não era possível mais vê-la. No caminho até a porteira meu pai aproveitava para nos dar conselhos, lembro que nesse dia ele comentou que é tristeter tantos filhos e não ter ninguém tão perto sempre, mas que isso era preciso, pois estudar era necessário.

Ao chegar na porteira já podíamos ouvir o barulho do ônibus chegando e rapidamente nos despedíamos.Ele pegou a charrete e voltou para o sítio e nós ficamos na porteira observando ele se afastar em meio a neblina até no momento em que não era mais possível vê-lo, mas podia se ouvir uma canção antiga que ecoava do meio daquela neblina, minha mãe sempre dizia que ele só cantava aquelas músicas quando estava feliz.

O ônibus passou e viemos embora, essa foi a última vez que vi os meus pais.Já voltei no sítio várias vezes depois disso, e toda manhã com neblina sinto um desejo imenso de procurá-los em meio àquela neblina, mas não consigo ouvir os passos de minha mãe ou tão pouco a cantiga antiga do meu pai.

Ailson Nascimento
31/08/2014 as 03:30

O Gato Cheshire, em Alice no País das maravilhas. Em Lewis Caroll.


Alice ao se ver perdida no bosque, se encontra em uma encruzilhada com vários caminhos a sua volta. De imediato surge um gato preto, o gato Cheshire.

O gato surge em vários lugares próximo dela. Em momentos, mostrando sua calda, em outros metade de seu corpo, e em outro a sua face até se mostrar por completo.

O gato fala: Está perdida jovem criança?

E ela o indaga:

Para onde esse caminho vai dar?

Ele a responde: Depende, onde você deseja ir?

Ela indecisa, e enigmática, fala que para ela tanto faz. Pois, qualquer caminho serve.

E o gato diz: Ora, se qualquer caminho serve, não importa saber para onde o mesmo vai dar.


Daí tiramos, o seguinte:

Para tudo nessa vida, devemos ter um planejamento respeitando a lei temporal. Descobrindo o que se deseja, buscará o que almejas a cada dia e num futuro próximo ou a longo prazo. Por mais que suas escolhas seja. montadas sistematicamente, não saber o que se quer, é está despreparado em suas decisões.

Ao se saber onde deve ir, você ganhará mais força e poder de escolha. Uma potência para superar todos os obstáculos a virem surgir a sua frente. Saiba para onde vai, e provavelmente, jamais se perderá nas incertezas da vida.

INVERSO:

As vezes precisamos nos jogarmos na aleatoriedade da vida, não sabendo o que acontecerá independente do quanto aja planejamento, e se assim o fizer, perderá tempo planejando ao invés de viver e buscar se auto descobrir. Mas em certas ocasiões, o melhor é escolher, planejar e saber para onde vai, onde pisará e o que se deseja.

“Escola é uma droga! Eu quero que o meu mundo seja divertido. Sem regras, sem pais, sem nada. Como se ninguém pudesse me parar!”

Sou do tempo...

Que se beijava as mãos dos pais,
Avós, madrinha e padrinho pedindo a benção.
Sou do tempo...
Que tarefa dada era tarefa cumprida.
Sou do tempo...
Que acordava cedo para ir a igreja rezar.
Sou do tempo...
Que o lar era o local respeitoso e harmonioso.
Sou do tempo...
Que se rezava na ceia.
Sou do tempo...
Que se respeitava uma mesa farta,
Onde não existiam sobras, porque a comida era sagrada,
(a dedicação da mãe em prepará-la; não se podia jogar o amor fora e nem chamar de restos o alimento).
Sou do tempo...
Que se respeitava o ser humano, os idosos acima de tudo, que chamávamos de pessoas mais experientes.
Sou do tempo...
Das travessuras, das surras; isso não deixa ninguém revoltado, simplesmente era punido e pedia perdão.
Hoje o tempo meu ultrapassou e nem sei mais quem sou!

Pessoas que saem da prisão podem construir o país. O infortúnio é um teste à fidelidade. E aqueles que protestam contra injustiça são pessoas de verdadeiro mérito. Quando as portas da prisão são abertas, o real dragão voa.”
Ho Chi Minh

O grande problema deste país não é a proporção maior de pessoas de baixo poder aquisitivo, mas as de baixo poder de raciocínio. Interessa, contudo, ao poder – posto que se apresentam como maioria – que uma coisa esteja associada à outra.

A forma pela qual um filho ou filha trata seus pais, seus irmãos e seus avós, é uma boa análise para quem pretende se casar, pois a forma de tratamento e a forma de se expressar, vai dizer se a pessoa será um bom marido, ou uma boa esposa. Quem maltrata os da própria casa, revela o seu caráter não só para os da sua família, mas também para o seu futuro marido ou esposa.

Explore um belo país para esquecer que alguém partiu seu coração em um milhão de pedaços.

Um país sem acesso às várias formas de cultura é um país fadado a ser conservador.